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Gabi narrando

Ele me abraça, só que no momento só consigo pensar em chorar e todos os piores pensamentos me vêem na cabeça

Eu sou uma péssima filha, péssima amiga, péssima aluna, uma péssima pessoa...

E aonde eu paço causo confusão e problemas pras pessoas

Th- porque não me disse que tem crise de ansiedade?

Não consigo responder e nem quero falar nada com ele

Ele realmente me assustou

Nunca o vi assim tão bravo comigo

É uma droga ser adolescente

Quando eu era pequena eu torcia pra crescer e virar uma adolescente logo, pra ter mais liberdade, um namorado, e uma vida feliz e não ter que ficar obedecendo ordens da minha mãe

Mas hoje em dia eu me arrependo demais por querer acelerar o processo, q vida em que eu sonhava ter não é nada como eu imaginava

Tento me acalmar e regular a minha respiração, por mais que pareça impossível

Ninguém sabe que eu tenho crise de ansiedade só a Joyce, e mesmo assim sempre tentei mostrar que não tinha quando começa a crise. Até que um dia não deu pra segurar e acabei chorando dentro de sala de aula e ela me levou pro banheiro e ficamos conversando lá até eu me acalmar e poder voltar pra sala tranquila.

Aquela foi a primeira crise na frente de alguém, e eu agradeço que foi na frente dela, porque ela me ajudou muito.

E nesse momento percebo que eu só queria que ela estivesse comigo agora, me abraçando e tentando me acalmar... Não o Th que foi a causa da minha ansiedade.

Me levanto da cama e caminho até a porta.

Só que antes que eu chega nela o Th me chama

Th- ou espera

Paro ainda de costas pra ele

Th- desculpa -ele diz com um tom de voz meio arrependido de ter gritado comigo

Mas com certeza não de querer socar a cara do Jason

Gabi- fica longe do Jason -falo ainda de costas, quando termino de falar me viro pra ele e o olho no fundo do seus olhos- Se você fizer alguma coisa com ele eu nunca mais olho na sua cara -faço séria

Ele concorda cm a cabeça

Gabi- promete?

Th- prometo

Saio do quarto sem dizer mais sequer uma palavra

Passo na sala e vejo a menina sentada olhando na direção do quarto, parece assustada.

Caminho até a porta

X- moça...

Ela me chama e eu viro pra ela

X- você tá bem?

Gabi- eu tô sim, fica tranquila. Quando ele for embora, tranca a porta

Ela concorda com a cabeça e eu saio da casa

Vou caminhando pelo beco e enxugando o meu rosto

Chego no final do beco e já consigo avistar a quadra, quando geral me vê, saem da quadra rápido e vem falar comigo

Joyce- amiga!! O que aconteceu? Aonde você e o meu irmão foram? -ela diz apavorada

Gabi- eu tô bem, agente entrou em uma casinha mais adiante

Pesadelo- ele machucou você? -ele diz parece irritado

Gabi- não não, ele nem chegou a encostar a mão em mim

Jason- porque o teu braço ta marcado com a mão dele ?

Gabi- isso foi na hora que ele pegou no meu braço aqui na quadra

Pretin- mano se o seu pai ficar sabendo...

Gabi- não não, não é pra vocês contarem nada pro meu pai, ninguém.... Não é pra ninguém falar que teve uma discussão aqui

Por mais que eu esteja com muito medo do Th agora... Não quero que aconteça nada de mal com ele, e ele e o meu pai tem uma relação linda e eu não quero estragar isso

Jason- o cara tem um surto de raiva, o cara de pega pelo braço tão forte que deixou marcado, te leva pra uma casa.... E você não quer que o seu pai saiba? -ele diz sério

Gabi- ele não fez nada comigo, e também não vai fazer com você pode ter certeza

Bia-  o que aconteceu enquanto estavam só vocês?

Gi- provavelmente ele deve ter ficado bastante alterado

Gabi- ele ficou, gritou e tudo mas não encostou em mim

Sinto a vontade de chorar absurda, mas tento prender o máximo possível

Gabi- olha eu vou pra casa...

Pesadelo- eu levo você e a Joyce pra casa, e a Bia pode ir com o Cachorro

Gabi- tudo bem

Pretin- eu e a Giovanna também vamos pra casa, acho que não tem amis clima pra continuar aqui.

Abaixo a cabeça e fico olhando prós meus pés

Pesadelo- Jae

A Joyce me abraça e é um abraço apertado, quentinho e com muito amor. Era o que eu mais precisava.

Ela me conhece tão bem, amo ela demais

Agente fica abraçada até o Pesadelo levar agente até o carro dele.

Agente entra e ele começa a dirigir em direção a minha casa.

Pesadelo-- Gabi tem certeza que o Th não te machucou? Por tipo eu não vou contar nada pro seu pai, mas eu vou bater um lero com o Th -ele diz olhando pelo retrovisor

Gabi- não ele não fez nada não

Joyce- aí que vontade de meter o cacete naquele moleque -ela diz com raiva

Agente não demora muito e já chega em casa, ele para o carro na frente da casa e antes de sair eu chego mais pra frente ficando entre os dois bancos da frente

Gabi- por favor não contém nada do que rolou hoje lá na quadra

Pesadelo- relaxa, ninguém vai contar

Suspiro fundo aliviada e dou um beijo na bochecha de cada um, e saio do carro entrando em casa e vejo o carro deles indo embora.

Entro no meu quarto e me jogo na cama chorando mais uma vez

Odeio ser chorona nessas horas, mas parece que ajuda a suportar o peso dos meus problemas, já que eu não sou tão bem em me expressar e conversar.

Minha mãe já tentou me por em uma psicóloga quando mais nova, só que não passou da segunda sessão.

Não consigo me abrir pra pessoas que eu não tenho intimidade, e nem pra todas as pessoas que eu tenho intimidade

Acho que a pessoa que eu mais consigo me abrir é pra Joyce, e pro meu pai.

As meninas também, mas não consigo ser 100% aberta com elas, igual eu sou com a Joyce.

Depois de um tempo ali chorando eu consigo reter as lágrimas e ir pro banheiro tomar um banho calmo e depois cair na cama pra finalmente tentar ter uma noite de sono tranquila





Maratona 1

A Filha do Dono do MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora