24 de novembro de 2022
Primeiro jogo do Brasil e já estou ficando louca de tanta ansiedade, tenho buscado me acalmar de todos os jeitos mas nada colabora, a noite demora a chegar e as horas passam devagar. Me sento novamente no sofá da sala e dou um suspiro de frustração, indignada com a demora e sem querer me convencer de que realmente estava demorando muito.
- Se continuar respirando assim vai pegar todo o ar - disse meu pai.
Então levantei a cabeça e encontrei com os olhos, meus pais na bancada da cozinha me encarando com preocupação. Eles sabem bem como fico ansiosa com ocasiões importantes e que também não fico quieta, sorri para eles tentando tranquilizar de algum jeito.
- Eu não consigo aceitar como o tempo está passando tão devagar - disse e suspirei novamente.
- Por que não vai fazer algo pra se distrair? - minha mãe sugeriu.
- Tipo? - perguntei agora com a atenção presa a ela.
- Vai andar pela cidade, pode pegar o carro. Vai passear por aí. - minha mãe disse me olhando.
Ela se levantou e veio em minha direção, me puxou pelos ombros como se estivesse me expulsando da casa. Me rendi e logo fui em busca das chaves do carro e fui do jeito que estava mesmo. Comecei a dirigir pelos lugares e procurei algo que pudesse me distrair, até que achei um restaurante legal. Estacionei e tinha um tumulto grande do lado de fora, acho que está tendo algum evento. Desci do carro e entrei no restaurante, enquanto estava no balcão olhando as opções do cardápio tinha uma pessoa que não parava de me encarar, consegui ver pelo canto do olho.
Pedi um bubble e assim que me virei dei de cara com a mesma pessoa que estava me encarando quase agora, o olhei e era extremamente familiar, mas ainda estava agoniada então não pensando bem, não o olhei o suficiente e fui procurar uma cadeira, abaixei a cabeça e esperei meu número ser chamado.
Tinha levado na bolsa umas coisas para anotações e logo me aprontei a anotar algumas coisas da faculdade, depois de um tempo olhando aos arredores o cara ainda estava lá e dessa vez pude admira-ló melhor, esse cara é extremamente familiar mas não consigo me lembrar pois estou ansiosa com o jogo mais tarde.- número 19!
Ouvi o meu número ser chamado, deixei minhas coisas em cima da mesa que eu estava e fui em direção do balcão e o mesmo cara foi também. Dei uma travada mas mesmo sem entender eu continuei e cheguei até o balcão.
- Qual dos dois é o número 19? - perguntou a atendente.
- eu. - dissemos ao mesmo tempo e nos encaramos em seguida.
- não, eu que sou. - ele disse e me mostrou a notinha.
- eu acho que teve algum erro então - mostrei para ele que a minha notinha também tinha o número 19.
Nos encaramos e olhamos para a atendente que também nos encarava frustrada, ela estava sem entender tanto quanto nós dois. A atendente pediu para que esperássemos ali e me encostei no balcão, então encarei o mesmo que já estava me encarando novamente.
- Ansiosa pro jogo? - ele perguntou.
- Nem fale, vim aqui pra me distrair inclusive - disse o olhando.
- Ansiosa? - perguntou novamente.
- não tem como não ficar - respondi e sorrimos. - qual lugar pegou? - dessa vez eu perguntei.
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Antony: mensagem de conforto
Подростковая литератураLilian Santos é uma jovem adulta de apenas 20 anos com uma condição financeira muito boa, é segura de si e de alma humilde apesar de ser reconhecida pelo simples fato de ter uma beleza encantadora e seu bom humor contribui. Ela não sabia que sua vid...