20. Amor

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Eu já havia voltado e retornado para a Inglaterra, as meninas haviam decidido fazer um piquenique no quintal de casa e a casa escolhida foi a casa da Eduarda já que ela foi a primeira a dar a sugestão, sem contar que o quintal era maior então dava pra fazer algumas coisas. Os meninos teriam a noite deles mas eles levariam as crianças já que nós aproveitaríamos a noite só nossa, meu irmão não estava comigo então não tinha preocupações, após a viagem ele retornou para Grécia que é o lugar onde minha mãe está no momento e pretende ficar por lá e não retornar para o Brasil nem tão cedo.

Eu estava na casa de Antony que insistiu para que eu ficasse com ele e dispensasse a ideia de ir para um hotel, depois de lutar muito perdi a guerra e me rendi, faz apenas um dia que estou aqui e eu não sabia o qual mimada seria, quem vê toda aquela marra nem imagina o homem doce que está quase chorando com a cabeça em meu peito.

- Mas você veio pra cá pra ficar comigo! - Antony choramingou com as mãos em minha cintura.

- Antony eu só vou sair pra me divertir - eu disse.

- Mas e eu? - Perguntou.

- Você vai sair com os garotos - expliquei simples.

- Nãoo! - ele falou quase chorando.

Eu ri daquela cena, tão manso que nem parecia o mesmo que quando entrava em campo espantava os adversários, ficamos nessa por mais um tempo até que minha mãe me ligou. Ela já sabia sobre mim e o Antony, meu pai não ou pelo menos não sabia da minha boca, fazia um tempo que nós não conversávamos já que quando ligava e ligo ele não está mas provavelmente minha mãe já deve ter dado a notícia para ele.
Quando eu disse a ela sobre mim e o Antony deixei claro que não havia nada entre a gente além de estarmos nos conhecendo e aproveitando a vida, vivendo momentos. Minha mãe não acha certo se envolver com pessoas sem ter um relacionamento e eu concordo com ela, apesar de beijar algumas pessoas em festas às vezes eu sabia e não gostava de pegar um e outro aqui e ali, raramente faço isso mas com o Antony. Bem, o Antony realmente me deixa louca, é como se eu não soubesse o que fazer, ele me vicia e eu pareço uma boba por ele sendo que pessoalmente sempre me passo de durona.
Na real eu já me machuquei antes e por mais que diga que estou boba por ele eu não assumiria isso tão cedo, ao contrário de mim Antony sempre deixa claro e me mima bastante. Gosto do que temos e é claro que eu teria algo a mais, mas eu prefiro aproveitar o momento e ver no que vai dar.

- "Oi mãe, como está?" - Falei.

- "Oi filha e esse bebêzão aí?" - ela perguntou sorrindo.

- "Oi sogra!" - Antony disse e eu dei um tapa leve em sua cabeça.

- "Nem pediu em namoro e já tá assim?" - minha mãe perguntou.

- "Eu já pedi mas ela não aceita" - ele reclamou.

- "Você nunca pediu sério" - eu soltei e ele me olhou surpreso.

- "Venha aqui pra nós comermos um dia, eu cozinho bem" - minha mãe disse.

- "Deve ser uma delícia, sua filha cozinha muito bem também, como dizem, tal mãe tal filha" - ele brincou.

Não era a primeira vez que minha mãe e o Antony conversavam, eles se falavam até quando eu não estava perto, minha mãe gosta bastante dele principalmente por ele saber o momento certo de agir e ser uma boa pessoa. Depois de desligar, eu e ele ficamos deitados ali por bastante tempo apenas curtindo um ao outro, até que a Isabella me ligou nos tirando do transe que estávamos e então Antony atendeu.

- "O que foi?" - ele disse.

- "Já vi que atrapalhei" - ela disse.

- "Atrapalhou nada não" - eu falei.

Antony: mensagem de confortoOnde histórias criam vida. Descubra agora