16. Retorno

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21 de dezembro de 2022

Hoje seria o primeiro jogo do Antony depois da eliminação na copa do mundo, ele insistiu para que eu fosse ver ele no jogo e eu não via motivos para não ir. Depois da festa uns dois dias após ele voltou para Inglaterra, desde então nos falamos apenas pelo celular por chamada de vídeo ou mensagem.
Eu me organizei para poder vir para a Inglaterra ver o jogo de hoje, agora eram 4:00 horas da madrugada e eu havia acabado de chegar em Stretford, Inglaterra. Assim que desci do jatinho fui até o aeroporto e fiquei no restaurante 24 horas que havia antes da entrada, me sentei com as malas ao lado e comecei a checar o lugar que ficaria e o carro que aluguei para ver se estava tudo certo.
Quando estava tudo acertado pedi um Uber e quando estava perto recebi uma ligação da minha mãe que ainda viajava, não no Qatar, agora meus pais estavam na Grécia já que queriam passar as festas por lá. Diferente dos meus pais, eu não sabia onde passaria as comemorações, estava solta por aí apenas vivendo e indo pra onde dava.

- "Oi minha filha" - ela falou animada enquanto cozinhava.

- "Bença mãe, o que está fazendo de bom?" - perguntei sorrindo.

- "Lasanha, como foi a viagem?" - ela perguntou.

- "Bem tranquila, estou indo pra casa que aluguei agora" - eu disse e ela concordou.

- "Levou roupa de frio?" - ela perguntou e eu concordei.

- "Sim, inclusive já estou com roupa de frio apesar de saber que pela manhã não será muito" - eu disse.

- "Tá certo, seu irmão está com saudades!" - ela falou parando de cozinhar me olhando.

- "Eu já nem lembrava dele" - eu disse rindo e ela me olhou reprovando o que eu disse - "Estou brincando, calma" - me defendi.

- "Fique bem aí, todos nós estamos com saudades" - ela disse e eu concordei com a cabeça.

- "Manda um beijo pro meu pai e dá um abraço no meu irmão" - eu disse.

- "Ele acabou de chegar aqui" - ela falou e abaixou a câmera.

- "Lili!" - ele disse animado assim que me viu.

- "Oi meu amor, tudo bem?" - perguntei animada.

- "Tô bem" - ele disse me olhando.

- "Vai querer o que de presente?" - falei me referindo ao natal que já estava próximo.

- "Kinder Ovo!" - ele disse animado quase gritando e eu sorri.

O doce não era tão bom assim, só era caro. Continuamos conversando mais um pouco e depois desligamos o celular, de acordo com a minha mãe lá na Grécia estava um clima agradável enquanto aqui não está tão frio quanto me falaram, na verdade só um pouco mas tenho que relevar que são 4:00 horas da manhã. Com mais um pouco eu cheguei na casa que eu ficaria por esses poucos dias já que eu voltaria rápido por conta do natal, apesar de ainda não saber onde vou passar.
Paguei o Uber e assim que desci com pouco tempo uma mulher branca de baixa estatura e cabelos pretos curto veio até mim sorrindo e de cara me deu um abraço, sem saber quem era eu a abracei e depois ela me explicou que era a dona da casa do condomínio e que iria me mostrar como era a casa por dentro e algumas condições que ela tinha. Apenas concordei com tudo o que ela disse, eu já tinha uma ideia que como era a casa já que antes de alugar obviamente eu olhei fotos de como era o espaço, era o famoso pequeno e agradável.
Nunca fui apegada a casas grandes ou coisas parecidas e aqui eu tinha tudo o que precisava e era extremamente aconchegante e limpo, uma sala de estar, uma cozinha, uma sala de jantar, três quartos sendo dois suítes e uma área de lazer e contando assim já aparenta ser grande demais apenas para mim. Mas era o único lugar que eu tinha achado agradável e próximo do estádio o que me pouparia tempo dirigindo demais até chegar lá, depois de um bom tempo conversando com a dona da casa que agora descobri que se chamava Amanda, uma pessoa muito agradável por sinal, agora estávamos falando sobre os lugares próximos daqui que me serviriam.

Antony: mensagem de confortoOnde histórias criam vida. Descubra agora