A Neozelandesa

A Cantora

Jisoo pov

Jogada no sofá do meu apartamento, ouvia minhas amigas encherem meu saco por ter tido um caso de uma noite com uma desconhecida.

- Jisoo?! - Levanto a cabeça. - Está me ouvindo? - Faço que sim e descanso novamente. - Por que raios você não se preserva?! Faz duas semanas!!!

- Que culpa eu tenho Jen, se eu não consegui resistir àquele sotaque?! - Passo a mão no rosto.

- Bem feito pra você! Olha só, você ficou UMA noite com ela e já se apegou?! - Lisa concordou com a cabeça histericamente.

- Não eu não me apeguei! - Mudo de posição e fico de costas para elas.

- Então me explica por que você vive suspirando e pesquisando "Cantora Neozelandesa" no Google??

- Ei... tá bom eu me apeguei... nem o nome dela eu sei... não pude perguntar. - Me sento. - Só sei que tem um beijo bom, e canta reggaeton... - Sorrio ao lembrar detalhes.

- Boba apaixonada, Meu Deus! - Lisa ri e se encosta na poltrona.

- Nem comece! - Lanço um olhar para a mesma.

- Ao contrário de Jennie, eu entendo você! - Lisa diz e pude ver o olhar fuminante que Jennie lançou pra sua namorada. - Mas assim... eu quero saber a história! Você só contou coisas fúteis até agora! - Ela cruza as pernas e Jendeukie pareceu curiosa também.

Repassei a história rapidamente na mente antes de decidir se conto ou não. O olhar curioso das duas foi o incentivo pra abrir o jogo. Jennie mantinha sua postura de bandida, mas dava pra ver a ansiedade em seu rosto, enquanto Lisa balançava as pernas a ponto de me mandar começar logo.

- Tá bom, tá bom! Só... se ajeitem confortavelmente! - As duas rapidamente trocam de posição quase que imediatamente.

(...)

- Ainda está aqui Nayeon? - Pergunto a minha secretária, que ainda estava em seu posto, mesmo depois do horário de saída.

- Sim! Gosto de fechar o sistema apenas quando a senhorita sai! Nunca se sabe quando um imprevisto pode aparecer! - Ela me responde simplista se levantando.

- Agradeço a Deus por ter escolhido colocar seu currículo na minha empresa! - Digo tocando em seu ombro. - Pode ir agora! - Ela faz reverência e eu lhe dou um sorriso antes de me retirar.

Me despeço de alguns dos meus funcionários e pego a chave do meu Porsche com o manobrista. Assim que liguei o carro, deixei o ar do cansaço sair. Cuidar de uma empresa inteira não é tarefa fácil. Graças aos céus, hoje é sexta-feira e eu vou ter dois dias de folga. Hoje tive mais de três reuniões com possíveis colaboradores pra fazer alianças e isso me desgastou demais. Voltar pra casa e beber vinho tinto até não aguentar mais é uma boa pedida, mas faço isso com tanta frequência que já até enjoei. Balancei a cabeça pra espantar pensamentos negativos e avanço estacionamento afora.

Liguei o som e tracei um caminho diferente até minha casa. Talvez mudar o caminho me espaireça. O caminho era mais longo, então me renderia bastante tempo pra organizar a cabeça. Parei no sinal vermelho. Olhei ao redor e vi um outdoor do American Bar. Um bar que eu frequentei antes do meu pai passar a empresa pra mim. Esfreguei o queixo com o dedo indicador, tentando pensar sobre o assunto. Conhecia o dono, então não seria uma má ideia dar uma passadinha por lá. Esperei o sinal abrir e fiz a volta no carro, indo até o local.

Quando estacionei o carro, vi que a fachada havia mudado e estava mais chamativa e sofisticada do que antes. As luzes brilhavam em um conjunto de azul e vermelho, dando um ar bem nova yorkino ao local. Ao entrar, já notei a grande diferença. Ele havia expandido o bar e estava mais espaçoso. As luzes eram fracas e alaranjadas. Havia um palco no final e uma garota loira cantando, enquanto tocava violão. Me maravilhei com sua voz. Ela certamente não era daqui, tinha um sotaque tão diferente e sexy. As madeixas loiras realçavam a beleza do seu rosto que parecia feito de porcelana. Havia bastante gente acomodada e assistindo o show. Sorri ao ver Jimim no balcão. Virei amiga do barman no primeiro dia e vivíamos conversando sobre besteiras.

- Jimim-shii!! - O chamei sentando no balcão e ele virou rapidamente com um sorriso enorme no rosto.

- Grande Sooya!! - Ele praticamente voa em minha direção. - Quanto tempo, gata! Onde esteve?

- Acho que deve saber que assumi o cargo na empresa! - Ele concorda. - Está sendo muito corrido pra mim, então não tenho tido tempo pra vir aqui! - Ocultei o fato de ter esquecido a existência do estabelecimento.

- Vai querer o de sempre? - Jimim pergunta já pegando a taça e eu confirmo com um sorriso, voltando a atenção ao palco, ou melhor, a cantora. Ela tocava o violão tão graciosamente que minha atenção prendia apenas nela. - Interessada?

- Hm? Que? Não! - Ele ri.

- Nem vem, o jeito que você olhou pra ela foi indescritível! - Ele arrasta a taça até mim.

- Quem é ela?

- Não prestei muita atenção aos adereços porque estava atendendo um monte de clientes, mas sei que é Neozelandesa e está tentando investir na carreira musical! - Ele põe os cotovelos no balcão. - Sei de mais coisas, porém você não está interessada...

- Suponhamos que eu esteja... - Ele sorriu de lado. - Esquece! Não estou interessada mesmo! - Dou de ombros e me viro de costas pra Jimim, ficando de frente pro palco.

- Ela chegou hoje cedo...Ouvi dizer que ela veio direto da Nova Zelândia exclusivamente aqui pro bar, e que o Sr. Dong-hae conhece a família dela, por isso, contratou-a e pagou as despesas, pra ela ganhar conhecimento e coisas assim! - Ele comentava enquanto secava algumas taças e as colocava em seus devidos lugares.

- Hmm... - Bebo um gole do coquetel enquanto observava os movimentos da garota. Ela largou o violão no canto e fez um sinal pro sonoplasta, que soltou um Playback.

- Não acredito que ela vai cantar reggaeton!! - Jimim dá um pulo e se apoia no balcão pra assistir.

Observei a plateia ir a loucura quando ela começou a cantar. A garota loira das bochechas rosadas gesticulava no ritmo da música e tudo parecia tão natural que é como se ela tivesse nascido para aquilo. Sorri ao ver a mesma ficar com vergonha dos elogios que recebia os montes dos expectadores.

- Merda! - Falei entredentes quando derramei coquetel na minha roupa sem querer. - É o que dar não prestar atenção no que realmente importa... - Reclamo comigo mesma e lanço uma última olhada ao palco e vi a mesma olhando em minha direção sorrindo. Por cinco segundos jurei que fosse pra mim, mas logo vi um rapaz atrás de mim acenar para a mesma. - Humpf!

- O que foi?!

- Chega! Não aguento ficar suja por muito tempo! Olha isso!! - Aponto pra minha camisa social branca suja de azul.

- Amiga, isso sai! - Ele ri. - Mas enfim, volte, viu? Ela vai ficar aqui por um tempo! - Jimim pisca pra mim.

- Tchau, Jimim! Até depois! - Ele acena e eu pego minha bolsa, me retirando do local. - Que droga! - Digo dando partida em meu carro, voltando pra casa.

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Meu Deus... tá surgindo tanta coisa na minha cabeça que eu não sei o que fazer KKKKKK

Agora vou fazer duas histórias ao mesmo tempo, porque sim!

Ainda tô pensando no roteiro da outra, então vai custar um tiquinho, mas sai KeKe

Um beijo e tchauu