Prólogo

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   Embora aquela fosse uma guerra que estivesse assolando em especial a Grã-Bretanha, Eloise Delacroix já ouvia falar sobre Voldemort desde sua entrada em Beauxbatons

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   Embora aquela fosse uma guerra que estivesse assolando em especial a Grã-Bretanha, Eloise Delacroix já ouvia falar sobre Voldemort desde sua entrada em Beauxbatons. Afinal, a guerra havia levantado o pior do Mundo Bruxo, incluindo certos ideais eugenistas quanto ao que seria um “verdadeiro bruxo”.

   Bom, Eloise estava longe de ser uma “verdadeira bruxa”, pelo menos segundo o ponto de vista dos seguidores de Voldemort.

   Seu pai era um nascido-trouxa, e nem mesmo sua mãe, de quem herdara os dons mágicos, era classificada como uma “sangue puro” já que era uma meia-giganta, fazendo da moça Delacroix uma das criaturas mais híbridas existentes.

   E ela não poderia se importar menos.
   Sim, ela era visivelmente mais alta que os demais, não viera de nenhuma linhagem ancestral unicamente bruxa, mas verdade seja dita: Ela queria mais era que Voldemort e seus seguidores se fodessem!

   Não foi à toa que sua passagem por Beauxbatons fora reconhecida por duas coisas: seu espírito destemido e vingativo.

   Destemido pela maneira como passou a se colocar em relação aos demais, determinada em provar a todos o seu pertencimento naquele mundo por meio de vitórias. No Clube de Duelos, ninguém era capaz de derrotá-la; nas aulas, suas observações eram impecáveis; e nas avaliações não havia uma única alma de sua turma que fosse capaz de tirar notas maiores que ela.

   E quanto ao seu espírito vingativo, bom, vez ou outra um aluno se sentia confortável em expressar suas opiniões quanto a “pureza de sangue”, e Eloise tratava de lhe dar uma “advertência amistosa”, o que a fazia frequentemente parar na direção para prestar satisfações à Madame Maxime. Não que isso a desencorajasse a continuar dando uma dura naqueles que acreditasse merecerem sua ira.

   Mas seu espírito não se limitava a ser grandioso apenas no Mundo Bruxo, afinal era muito mais do que isto.

   Após formar-se no colégio, fora atrás de cursar Letras em Sorbonne — uma renomada universidade na França trouxa — onde mais uma vez fizera questão de não deixar nenhum comentário pejorativo a abalar. E quando novamente se vira livre para aproveitar de mais esta formatura, Madame Maxime a contatara para que retornasse a Beauxbatons, desta vez como Professora de Defesa Contra as Artes das Trevas.

   Simplesmente fora impossível dizer não.

   Felizmente, após uma década desde a queda de Voldemort, as coisas pareceram se amansar dentro do colégio — e fora uma ou outra exceção — seus alunos pareciam bastante satisfeitos com a professora que tinham, que apesar de bastante severa, era admirada por sua performance invejável com a magia.

   Mas agora os Comensais da Morte estavam de volta.

   Como se não tivesse sido terrível o suficiente terem presenciado aquele ataque terrorista no meio do Torneio Mundial de Quadribol — que “nem tão” ironicamente havia sido sediado na Inglaterra — Eloise ainda tivera de ver seus alunos correndo riscos ao viajarem para Hogwarts afim de participarem do Torneio Tribruxo. Já estava farta do Reino Unido, e mal haviam chegado nele.

   E ainda havia aquele narigudo presunçoso trajado em capa preta, e que embora não parecesse passar dos trinta e pouco, tinha o espírito de uma velha amargurada. Severus Snape...Nunca vira uma pessoa combinar tanto com o próprio nome, mas ali estava ele para lhe contestar e testar a sua paciência.

   Para a infelicidade de Madame Delacroix, aquele certamente seria um longo ano letivo.

Madame Delacroix - O Diamante de BeauxbatonsOnde histórias criam vida. Descubra agora