— então podem ter a certeza de que os funcionários da minha empresa entrevistarão todos os que estiverem inscritos na faculda.. — seu olhar para em mim e ele se cala por uns minutos. Sinto meu corpo arrepiar dos pés à cabeça, conforme ele me mede, mesmo de longe. — é.. como eu ia dizendo..— ele sorri e desvia o olhar para outro lugar qualquer. — qualquer aluno já inscritos na faculdade poderá se inscrever em uma vaga, no programa de estágio da minha empresa.
Por hoje é só isso, obrigado!.O empresário dá um passo para trás e todos batem palmas, só então percebo que a tal palestra acabou. E eu nem se quer tive a oportunidade de ser expulsa.
Minutos depois ele se retira, a professora nos informa que podemos sair para o intervalo. Pego meu livro na bolsa e me levanto indo para o intervalo.Compro uma coca cola e um croissant e me sento de baixo da árvore, abro meu livro e começo ler ele.
— com licença. — uma voz masculina me interrompe
— porra, Bukowski. Nunca foi tão difícil ler seu livro em! — falo comigo mesma e ergo o olhar, me impressionando ao ver o magnata de mais cedo, parado na minha frente sorrindo.
— não se acha muito novinha para ler Bukowski? — ele se senta ao meu lado, mesmo sem permissão.
— não, eu não acho. — sou sincera e ele sorri.
— é nova aluna, não é? Não me recordo de ter visto olhos tão lindos como o seu, da última vez que estive aqui. — sorrio sem graça e sinto meu rosto queimar
— sou sim, me chamo Gabriella.
— prazer em te conhecer Gabriella, eu sou o Daniel. — ele me estende a mão e eu a aperto, sinto sua mão suada, ele estava nervoso.
— o prazer é meu, senhor Daniel.
— que isso, pra você é só Daniel. — ele me olha nos olhos, me deixando um pouco sem graça. — preciso ir, passei só pra dar um oi.
— espera, Daniel. — falo no automático, não tinha nada para dizer, não sei nem por que o chamei, mas chamei.
Ele ainda não havia se levantado, então, apenas torna me olhar e sorri.— oii?
— é.. — tento pensar em algo rápido. — falou sério referente ao programa de estágio?
— sim. — ele sorri. Ele gosta muito de sorrir, que extrovertido.. — o que pensa em estudar?
— medicina, como meus país. — morro de orgulho deles e amo essa profissão
— poxa, uma pena minha empresa não ser um hospital. — sorrimos.
— meu pai é dono de uma rede de hospitais aqui na cidade, mas eu interesse é trabalhar como médica do trabalho
— temos essa vaga em aberto lá na empresa.
— sério? — sorrio. Isso tudo que falei sobre ser médica era verdade, fico feliz em saber que dão essa oportunidade para alunos assim que ingressam na faculdade.
— sim, o que acha de fazer um teste?
— que? — arqueio a sobrancelha — eu ainda estou no ensino médio. — digo o óbvio e dou risada. — quem sabe daqui uns dois anos
— você me parece ser esforçada, poderia começar de agora, seria na parte administrativa, é claro. Mas já conheceria à rotina dos médicos.
— caralho. — digo abobalhada enquanto sorrio. — me desculpa — tapo minha boca com o livro e me desculpo pelo palavrão que havia soltado.
— isso que dá ser leitora do Bukowski, levou o "pratique o quê ler" muito a sério. — ele faz aspas com a mão e sorri. — vou indo, Gabi. Pense no que te falei. Se tiver interesse me liga. — ele tira um cartão de contato do bolso interno do paletó e me entrega, depois disso ele se levanta. — tchau. — ele sorri uma última vez antes de partir
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Em minhas mãos
RomanceGabriella Bittencourt Whisher, filha da doce Júlia e do Matt. É uma jovem que apesar de audaciosa, é muito inocente. Gabby ainda não foi apresentada como a futura dona do morro, sua mãe não a deixa se envolver com assunto ou pessoas de lá de cima, p...