46| Mas agora eu tenho você

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~Sara~

— Tá sentindo esse cheiro de queimado? — perguntou Matheus

— Não — respondi — gente vocês estão sentindo cheiro de queimado?

— Porra, tá com muito cheiro de queimado — falou Sofia arregalando os olhos

Todos levantamos rapidamente e fomos correndo em direção a cozinha

Estava saindo muita fumaça do forno, Sofia rapidamente desligou ele.

— Porque o forno tá no 250 graus? eu tinha deixado ele no 180 — perguntou

Todo mundo ficou em silêncio, até Kate começar a falar.

— Fui eu, é que 250 é meu número favorito — disse, fazendo todos nós olharmos indignados pra ela

— Desculpa gente, eu não sabia que ali era pra escolher os graus — completou Kate

Sofia pegou uma luva e abriu o forno fazendo sair um tufo de fumaça e o cheiro de queimado aumentar

— Caralho Matheus, o bolo tá mais preto que o cu do teu pai — brinquei

— Como tu sabe que o cu do meu pai é preto?

— O cu do teu pai é preto? — perguntei

— Sei lá, nunca nem vi — respondeu

— Deixem de brincadeiras idiotas e venham me ajudar aqui — disse Sofia colocando o bolo em cima da bancada

Me aproximei do bolo sentindo aquele cheiro horrível de queimado

— Te pago vinte reais se você comer um pedaço — falei pro Felipe

— Não, muito pouco — respondeu

— Se você oferecer outra coisa ele como o bolo inteiro, até as migalhas que caírem — disse Matheus

Eu sabia bem o que era essa outra coisa.

— Matheus! — o repreendi

— É verdade — sussurrou Felipe me fazendo olhar indignada pra ele.

Como se não bastasse o Matheus agora tem o Felipe entrando na onda dele.

[...]

— A gente sabe que vocês estão nos expulsando pra poder transar, não precisam ficar disfarçando — disse Kate

— É, tá escrito na cara de vocês — completou Sofia

Elas nem pra ter cuidado com as palavras

Eu devo estar vermelha pique Donald Trump

— Sara ficou até tímida, nem parece que é encapetada — disse Matheus

— Cala a boca, filho da puta — falei brincando

— Como você sabe que a minha mãe é puta?

— Sua mãe é puta? — perguntei surpresa

— Não

— Caralho Matheus que chatice, tchau, vai embora, anda — falei empurrando ele

Eu me irritava muito com isso, não importa quantas vezes ele fizesse eu sempre caia.

[...]

— Tá tudo bem? — perguntou Felipe enquanto me fazia um cafuné

— Tá sim, porque?  — ô questiono

— Você tá meio quieta — respondeu

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