~Sara~
— Esses dias eu vi um muito lindo em uma loja, mas não tenho certeza ainda.
— O vestido da formatura é muito importante pra você não é?
— Mais ou menos, se eu sair de lá com meu diploma eu já estou satisfeita — falei fazendo ele soltar um sorriso singelo
E no final das contas o Felipe me convenceu, estou em seu colo com minhas pernas em sua volta. E avia feito um coque em meu cabelo, a ultima coisa que eu queria era lavar ele a essa hora da noite.
— Eu pensei em um vestido não muito longo mas que passa-se dos meus joelhos, não pode ser tomara-que-caia porque eu odeio, queria que ele tivesse uma... FELIPE! — o repreendi assim que eu percebi que enquanto falava ele aos poucos tirava minha calcinha.
E eu na maior inocência...
— O que foi? Não tem ninguém em casa amor — sem perceber acabei não o respondendo, o que fez ele fazer outra pergunta — Tá com vergonha?
Nem eu sabia o que tinha, era estranho, nunca havia me sentido assim.
— É meio estranho sabe? Aqui é a casa da sua mãe, diretora do colégio, eu sinto que tô desrespeitando ela.
Não estou me entendendo, normalmente eu largo o foda-se pra tudo, e agora eu tô preocupada em não desrespeitar a diretora, acho que estou passando muito tempo com o Felipe.
— Se minha mãe te ouvisse falar isso entregaria teu diploma agora — disse, me fazendo soltar uma risada sincera.
Isso seria ótimo, minhas notas não estão muito boas, pelo visto bimestre que vem vou precisar ser puxa saco de alguns professores para conseguir passar.
— Se você quiser ficar assim só conversando de boa a gente fica então.
— Não gosta? — perguntei
— Claro que eu gosto, se pudesse passava o dia inteiro te ouvindo falar.
— Que bom porque eu sou tagarela — falei zoando
— Eu sei disso.
Mas o que... Vocês leram o que eu ouvi?
— Tá me chamando de tagarela?
— Mas foi você que disse.
— Tá, mas não era pra concordar.
— Mas eu gosto de você assim tagarela. Acho que a gente passou tanto tempo longe um do outro e sem se falar que agora, a melhor coisa pra mim é ter você assim por perto tendo uma conversa normal, sem discussões.
— Você é tão fofo comigo, na maioria das vezes eu não sei como retribuir.
— Não precisa retribuir, eu não faço coisas pra alguém esperando algo em troca. E se algum dia você quiser me dar esse carinho todo quero que seja natural, e não algo que queira retribuir.
— É que eu não sou muito carinhosa, fico pensando se isso te incomoda.
— Não me incomoda, te pedi em namoro sabendo disso. Ou vai dizer que não se lembra das patadas que me deu?
— Pô, não tem como esquecer, foram tantas, você é um guerreiro.
Aquela época eu realmente não tinha papas na língua, era coice para todo lado. Acredito que eu melhorei daqueles tempos pra cá, pelo menos um pouco.
— Eu sempre consigo o que eu quero.
— Olha só que convencido, não posso dar corda para você que já fica se achando.
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Colégio Interno
RomansaSara, uma garota que foi expulsa de três escolas diferentes, e como consequência seus pais decidiram colocá-la em um colégio interno, e como é de se esperar Sara odeia a ideia, bom, pelo menos odiou durante alguns dias... (é isso seus lindos, espero...