47| Tudo que minha alma tem a oferecer

1.7K 100 52
                                    

~Sara~

— Esses dias eu vi um muito lindo em uma loja, mas não tenho certeza ainda.

— O vestido da formatura é muito importante pra você não é? 

— Mais ou menos, se eu sair de lá com meu diploma eu já estou satisfeita — falei fazendo ele soltar um sorriso singelo 

E no final das contas o Felipe me convenceu, estou em seu colo com minhas pernas em sua volta. E avia feito um coque em meu cabelo, a ultima coisa que eu queria era lavar ele a essa hora da noite.

— Eu pensei em um vestido não muito longo mas que passa-se dos meus joelhos, não pode ser tomara-que-caia porque eu odeio, queria que ele tivesse uma... FELIPE! — o repreendi assim que eu percebi que enquanto falava ele aos poucos tirava minha calcinha.

E eu na maior inocência...

— O que foi? Não tem ninguém em casa amor — sem perceber acabei não o respondendo, o que fez ele fazer outra pergunta — Tá com vergonha?

Nem eu sabia o que tinha, era estranho, nunca havia me sentido assim.

— É meio estranho sabe? Aqui é a casa da sua mãe, diretora do colégio, eu sinto que tô desrespeitando ela.

Não estou me entendendo, normalmente eu largo o foda-se pra tudo, e agora eu tô preocupada em não desrespeitar a diretora, acho que estou passando muito tempo com o Felipe. 

 — Se minha mãe te ouvisse falar isso entregaria teu diploma agora — disse, me fazendo soltar uma risada sincera.

Isso seria ótimo, minhas notas não estão muito boas, pelo visto bimestre que vem vou precisar ser puxa saco de alguns professores para conseguir passar.

— Se você quiser ficar assim só conversando de boa a gente fica então. 

— Não gosta? — perguntei

— Claro que eu gosto, se pudesse passava o dia inteiro te ouvindo falar.

— Que bom porque eu sou tagarela — falei zoando

— Eu sei disso. 

Mas o que... Vocês leram o que eu ouvi?

— Tá me chamando de tagarela? 

— Mas foi você que disse.

— Tá, mas não era pra concordar.

— Mas eu gosto de você assim tagarela. Acho que a gente passou tanto tempo longe um do outro e sem se falar que agora, a melhor coisa pra mim é ter você assim por perto tendo uma conversa normal, sem discussões.

— Você é tão fofo comigo, na  maioria das vezes eu não sei como retribuir.

— Não precisa retribuir, eu não faço coisas pra alguém esperando algo em troca. E se algum dia você quiser me dar esse carinho todo quero que seja natural, e não algo que queira retribuir.

— É que eu não sou muito carinhosa, fico pensando se isso te incomoda.

— Não me incomoda, te pedi em namoro sabendo disso. Ou vai dizer que não se lembra das patadas que me deu?

— Pô, não tem como esquecer, foram tantas, você é um guerreiro.

Aquela época eu realmente não tinha papas na língua, era coice para todo lado. Acredito que eu melhorei daqueles tempos pra cá, pelo menos um pouco.

— Eu sempre consigo o que eu quero.

— Olha só que convencido, não posso dar corda para você que já fica se achando.

Colégio InternoOnde histórias criam vida. Descubra agora