Duas da tarde deveria ser algo estimulante para Kim Dahyun, porém, não era simplesmente pelo fato de voltar para a sua própria casa, onde todos de Santa Mônica achavam que a morena tinha uma vida perfeita. Naquele dia seu pai resolveu pagar um Uber para buscá-la no colégio, e isso chamava ainda mais a atenção das pessoas em cima de si.
Não demorou muito para a mesma chegar em casa, emburrada há minutos antes mas forçando um breve sorriso e agradecendo ao motorista do aplicativo pela ótima corrida. Ela suspirou fundo e destrancou com a chave a porta de sua casa olhando diretamente para seus pais.
— Boa tarde, minha querida. Como foi seu dia? — perguntou sua mãe, Sohee, depositando um beijinho na testa de Kim.
— Acho que foi tudo bem, na medida do possível! — a morena mentiu.
— Boa tarde e benção, minha preciosa! — o pai citou e a menina assim deu à benção ao mesmo, e claro, não esquecera de sua mãe.
— Continua sendo o destaque como sempre não é, Dahyun? — Sohee perguntou novamente.
— Sempre, mãe. — seu pai, Kyungsoo, observou o semblante aflito da garota, mas preferiu não dizer nada.
— Olha, minha preciosa, você sabe que a sua reputação naquele colégio de freiras é muito importante para nós, não é? — o mais velho se aproximou da filha.
— Sei, não é algo que eu não deveria saber, não é mesmo? — Dahyun respondeu coçando a nuca.
— Nunca seja vulnerável, Deus talvez não teria misericórdia de você se pisasse na bola! — o homem acrescentou assustando um pouco Kim, que no momento engoliu em seco.
Mas logo o homem se recompôs de uma expressão séria para um sorriso fechado.
— Como está Seungmin? — o homem perguntou para quebrar o gelo.
— Ele está ótimo, sempre focado em seus projetos, um homem de fé... — a morena comentou pegando uma maçã que estava na fruteira em cima da mesa.
— Que bom, ficaria triste se estivesse acontecendo algo ruim com meu genro! — Sohee exclamou.
— Agora se nos dá licença, querida, preciso conversar à sós com a sua mãe, ok? Aproveite para recitar e treinar o hino do coral de amanhã. — citou Kyungsoo.
Sendo assim, Dahyun entendera o recado, no entanto, ela temia um pouco a sua coragem e resolveu escutar a conversa de seus pais.
— Mas você não entende, Sohee? O dízimo da igreja pode não ser o suficiente para resolver esses problemas financeiros! — Kyungsoo disse exaltado.
— É claro que entendo a atual situação, porém, você não pode simplesmente jogar tudo a perder por conta do dízimo, temos de priorizar nossa família e pôr Deus em primeiro lugar sempre. — respondeu Sohee em um tom de voz mais alto ainda.
— Agora não podemos deixar Dahyun fazer algo ruim que já está quase estragando, nossa reputação está dependendo dela... — o pai de Kim acrescentou com a voz menos alterada.
Dahyun ao escutar todas aquelas palavras começou a chorar desesperadamente, fora para seu quarto e não quis sair de lá pôr nada. "Eu sou só mais uma pecinha do tabuleiro deles? O que eles pensam que são para achar o que é melhor pra mim? Como se eu fosse uma bonequinha de porcelana para eles me moldarem como bem entendem!" a morena pensou. Ela já tinha problemas familiares e que agora se juntaram com as ameaças a acabarem com a sua reputação. Kim sabia que deveria lidar com tudo isso com sabedoria, mesmo sabendo que no fim as expectativas em si mesma sempre estariam altas, e no fim das contas, a cobrança pessoal seria a mesma.
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Holy Reputation (Dahmo)
FanfictionDahyun é uma das melhores alunas do colégio de freiras. Suas notas e seu comportamentos são excelentes. Mas será que continuaria assim depois que recebesse ameaças anônimas de Hirai Momo, uma líder de torcida, para acabar com a sua reputação? O que...