Viés de dor.
Junto meus pedaços, meus cacos, meus vestígios de vida.
Rastejo em um lamacento meio de esperança;
Eu romano me perfuro com a lança.Caio e esbarro em esquinas e embriaguez de boemia;
Me estrago em desejos falsos de alegria.Onde vou eu não me vejo, não me sinto. E o que chego a sentir, é vazio, repulsa, raiva e tristeza.
Não me aloco nem na arte, faz parte da minha natureza achar tudo tão tarde.No fundo eu me conheço e não gosto,
No espelho eu me reprovo,
No mundo eu não me vejo,
No escuro eu me desejo,
Um sussurro soando quase como um beijo.O que será que eu deixo?