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Eu fiquei chocada e ela sabia que isso aconteceria, seu sorriso aumentou, enquanto me puxava para mais perto ainda.

—Deixei você sem palavras, Aurora?

Como se fosse uma resposta a puxei para um beijo, que rapidamente ela retribuiu, segurando meu cabelo com uma mão e meu rosto com a outra.

Fui aos poucos saindo de minha cadeira e subindo em seu colo, para diminuir qualquer distância que nossos corpos possuíam. Sinto sua mão sair de meu cabelo e percorrer meu corpo de cima a baixo, fazendo toda a trilha que sua mão fez arrepiar totalmente.

Soltei um leve gemido quando ela apertou minha cintura e me ajeitou em seu colo. Passando minhas mãos por seu cabelo, nuca e depois rosto, me afastei um pouco para ver sua cara.

—Você ainda é a pessoa mais irritante que eu conheço, Leonora.— ela sorri e me rouba um selinho.

—E você a mais teimosa, Aurora.

Ficamos mais um tempo nos olhando, quando finalmente lembramos que tínhamos coisas a fazer. Saí de seu colo, mesmo que com muito protesto das mãos de Lesso em meu quadril.

Ela se recompôs, tentando trazer a Lady Lesso, reitora da escola do mal, à tona mas parecia difícil e por incrível que pareça eu adorei vê-la assim.

—O que precisa de mim, Lady Lesso?

—Muitas coisas.— ela sorriu mordendo levemente o lábio inferior e eu quase cedi novamente.

—Sobre a escola, senhorita.

—Preciso que seja a minha Sempre de estimação para uma aula hoje.

— E como seria isso?

—Como você é perfeita tirando os outros do sério.— ela ri.— você irá tirar a paciência dos meus alunos e eles terão que testar até onde eles aguentam, por que nenhum vilão ataca antes de ter uma estratégia.

—Tudo bem, irei te ajudar. Já avisou a Dovey?

—Tinha sugerido à ela então presumo que ela já saiba.— ela ri.

Leonora olha o horário e vê que temos que ir logo para a sala de aula. Ela anda a minha frente e eu apenas a sigo em silêncio.

Assim que entramos na sala, vejo Cerise em um canto me olhando com um sorriso no rosto. Fico ao lado de Lesso o tempo todo, principalmente quando estava arrumando as coisas para o início da aula.

—Hoje vamos aprender a criar uma estratégia antes de atacar seu adversário. Trouxe a senhorita Aurora Lockes, ela terá a função de tirar vocês do sério para testar até onde vocês aguentam antes de ir pra cima.

—Com um rostinho lindo desse é difícil ficar bravo.— um menino loiro falou me fazendo revirar os olhos.

—Cale-se Charming.— Leonora falou e ele fechou a cara.

Começamos a tarefa e todos estavam indo muito bem, até que chegou a vez de Hester. Ela parou a minha frente e eu não pude deixar de sorrir, essa eu ia adorar irritar.

—Olha quem voltou para os arredores, vejamos se não é a arco-íris.

—E olha quem está a minha frente, se não é a aluninha medíocre da escola do mal. Ou eu deveria dizer do bem? Porque ela não faz mal nem a uma mosca.

—Se eu fosse você não ficaria tão tranquila aqui, loirinha, esse é o meu território. Você e a sua loba de estimação não vão aguentar muito aqui.

—Não fale da Cerise, Hester, eu posso ser de qualquer escola, mas se você mexer com alguma amiga minha eu te quebro.

—Mostrou as garras coelhinha?

—Eu não tenho medo de você Hester, sabe por que? Você só ameaça, mas eu nunca te vi realmente fazer.

—Duvida mesmo que eu não faço o que eu ameaço? É por que você não viu nada.

—Me mostre então, Ó grande Hester.— faço um movimento mais teatral.

E na mesma hora que fiz esse tal movimento, sinto um pouco do gosto e do cheiro de sangue. Ela havia me dado um soco. Mordo meu lábio inferior e dou um sorriso.

—Belo soco, mas acho que tem que ser mais forte da próxima vez.— ela vem pra cima de mim novamente, mas é parada na mesma hora.

—Pare! Você falhou no teste, senhorita Hester, saia da sala.

—Um soco de nada e eu tenho que sair de sala? Achei que estávamos na escola do mal.

—E vocês estão, mas acho que você não entendeu a aula, Estratégia antes do Ataque. Achei que a Lady Lesso tinha sido bastante clara com isso.— falei deixando Hester ainda mais irritada.

Ela avança em minha direção e eu só vejo sua mão vindo em direção a meu rosto, minha mão encontrando a minha bochecha que estava ardendo em seguida.

—SAIA AGORA DA SALA!— ouço a voz de Leonora ainda mais alta e forte.— todos os outros saiam também.

—Quer que eu fique, Lady Lesso?— Cerise pergunta.

—Não precisa, obrigada, senhorita Hood.

Todos saem e ficamos apenas eu e Lesso na sala, me sento em cima de uma das mesas dos alunos dela e a observo pegando uma pequena caixinha.

—Me desculpe por ter feito você passar por isso, achei que meus alunos não iam passar do limite.— eu sorrio para ela.

—Está tudo bem, provavelmente só ficarei com um roxo ou outro no rosto, mas nada demais.

—Ainda assim, sinto muito.— ela fala passando os dedos levemente por onde fui atingida.

Ela tira de dentro da caixa um lencinho limpo e com cuidado vai passando pelo sangue que escorria de meu nariz. Olho para Leonora que estava muito concentrada e fico admirando seu cuidado.

Eu passei de uma pessoa que não aguentava mais olhar para ela, a ser alguém que admirava seus traços. Estava louca, eu sabia, mas como não se render a esta mulher, ela tinha tudo que alguém poderia procurar. Leonora é alta, mesmo por trás daquela roupa dava para ver que seu corpo é excepcional, seus cabelos ruivos davam ainda mais destaque para seus olhos azuis.

E eram esses olhos que eu não conseguia parar de olhar, ela levantou um pouco a cabeça e me olhou, um sorriso pequeno surgiu em seus lábios iluminando seu rosto e principalmente seus olhos.

—Tá olhando o que, docinho?— meu estômago parecia um lar de milhares de borboletas.

—Olhando para você cuidando de mim.— ela sorri e volta a cuidar de meu machucado.

Não demora muito até ela melhorar a minha situação e se sentar na cadeira, me puxando para seu colo com cuidado. Lesso passa a mão carinhosamente por meu rosto, parando em meu pescoço.

Já eu seguro em suas bochechas, fazendo movimentos delicados em seus lábios com meu polegar. Puxo seu rosto com delicadeza até ficar há poucos centímetros do meu.

—Quem diria, Aurora Lockes querendo me beijar, depois de algumas longas semanas nem querendo olhar pro meu rosto, agora a loirinha está toda carinhosa comigo.— ela solta uma leve risada e eu a acompanho.

—Você é uma besta, Leonora.— roubo um selinho dela.

—Posso ser uma besta ou não, mas eu posso te beijar agora?

—Você deve me beijar agora.

E rapidamente seus lábios estão pressionados aos meus, com sua língua pedindo passagem e travando uma dança deliciosa em minha boca.

Suas mãos vão descendo perigosamente e lentamente até minha bunda, onde ela aperta com certa força, me fazendo soltar um baixo gemido contra seu lábio.

The time of good and evilOnde histórias criam vida. Descubra agora