Uma Assassina...

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Abri os olhos, e senti uma dor enorme de cabeça. notei que minhas mãos estavam amarradas com uma corda. E me desesperei. E no momento me lembrei de todas as coisas erradas que eu fiz na vida.

-A garotinha acordou...-Disse um cara mascarado. Estava todo de preto, literalmente.

-Quem é você e o que eu tô fazendo aqui?-eu perguntei desesperada.

-Acalme-se. Não vou te matar...-ele falou, e eu senti um alívio-Não agora.

-Pode me explicar o que esta acontecendo?-eu perguntei, e vi ele indo em direção a uma caixa de ferramentas que havia em cima da mesa. E tirou de lá uma faca. E meu coração estremeceu.

-Quer dizer então, que você está com medo? Serio isso?-ele deu uma risadinha, ainda vindo ao meu encontro e ajoelhando-se na minha frente-Eu sei o que você fez...acredite. não sei se esse é o apelido que te deram nem sei o porque. Mas eu sei. Na época você era uma garotinha...porém, sabia o que queria.

-E-eu não sei o que você está falando!-ele riu.

-Tudo bem. Isso não é um assunto que eu deva falar com você. Mas sim ele.

De repente ele saiu do local, e fechou a porta. Eu me desesperei. Droga. O que eu iria fazer? Porque na verdade aquela "caixa de ferramentas" que estava em cima da mesa, não era na verdade uma caixa "de ferramentas". Lá tinham coisas. Instrumentos de tortura.

Eu ouvi um barulho na maçaneta da porta. E fechei os olhos, não querendo ver aquele homem outra vez. Mas quando eu abri os olhos, não era exatamente aquele homem. Era pior.

Era uma figura. Distrativa, e comprida o bastante para me ultrapassar ,e me esticar como um chiclete.

Sua pele era pálidamente branca, e ele tinha alguns braços enormes, quase arrastando ao chão. Seu rosto era...espera...ele não tinha rosto. Era assustador. E parecia mais um daqueles filmes de terror em que ele confina a garota, para depois tortura-la e logo depois assassiná-la.

-Mas o que diabos é você?-eu sussurrei para mim mesma, mas parece que ele ouviu. Achei que nem falar algo ele falaria, pois ele não tinha boca, e era meio óbvio isso.

-Ora, quem eu encontro aqui...Se não é Catherina..-o som saiu, mesmo sem ele ter boca, e com ele saiu uma risadinha também.

-É Catherine...-eu falei automaticamente, mas me arrependi. Ele foi em direção a caixa de ferramentas soltando uma risada assustadora, e eu prendi o fôlego quando ele tirou uma faquinha, menor ainda de lá.

Ele veio em direção a mim, lentamente, parando em minha frente, e se abaixando, já que eu estava sentada no chão frio, e com as mãos amarradas.

-Ah, garotinha...quando eu te vi naquela noite você era tão menor...eu me lembro muito bem...-ele disse passando a faca em meu pescoço, mas eu não sentia nenhuma dor. Pois ele apenas alisava ela. Mas eu ficava apreensiva, porque a qualquer momento, ele poderia afundar ela nas minhas juntas.-Você estava com um vestido de cetim, cinza escuro.. E uma capa, para se proteger do frio e da chuva cinzas, naturalmente tampando sua cabeça. afinal, você tinha o que? Onze anos?

Ele riu.

-Cala a boca, seu idiota!-eu falei, com raiva.

-Mas que menina má. E além de tudo, se comporta mal. Vai ficar sem as refeições que vocês humanos precisam. E para completar...-ele arrastou a faca, partindo da minha sombracelha até a minha bochecha, em linha reta, deixando um corta lá. Que provavelmente a essa hora estaria saindo sangue.-Vai ganhar uma marquinha, para aprender a nunca mais me desrespeitar.

Anatomia do Mal: Como um assassino aprendeu a AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora