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-- Nathan pov --

Vitor: - Isso não parece humano.

Nathan: - “não parece humano”?! P****, Vitor. Fumou maconha?

Vitor olhou para mim com ódio e eu dei um suspiro.

Nathan: - Sei lá. Isso ai não tem nada a ver.

Vitor: - Você tem algum problema de memória? Lembra que o Eduardo falou que uma das testemunhas disse que o suspeito não era humano?

Cerrei os dentes e apertei as mãos no volante. Estávamos indo de volta para a base.

Nathan: - Achei que tivéssemos descartado essa possibilidade.

Vitor deu de ombros. Seu celular tocou então ele o pegou do bolso o mais rápido que pode.

Vitor: - É a Megan.

Nathan: - Hm? De novo?

Megan Watson, para ser mais exato. Uma garota que é completamente apaixonada no Scott. Ele também gosta dela, só não consegue demonstrar.

Vitor: - É... Pelo visto ela quer jantar de novo.

Ele encarou alguns momentos a tela do celular e finalmente atendeu o telefone.

Megan: - Scott!

Vitor: - Olá...

O carro estava tão silencioso que era possivel ouvir a voz da garota do outro lado da linha.

Megan: - Você está livre hoje á noite?

...

Vitor: - Não tenho muita certeza... Estou trabalhando em um caso delicado e--

Eu arranco o celular da mão dele.

Nathan: - Opa, Megan! Beleza? Aqui é Nathan, amigo do Scott. Viu, eu vou dar uma conversinha aqui com ele, vou silenciar aqui rapidinho, tá?

Megan: - Ah, claro!

Silenciei a chamada e a garota fez o mesmo.

Vitor: - O que foi isso, Nathan?

Eu neguei com a cabeça.

Nathan: - Megan é uma gata, além de ser inteligente, engraçada e muito fiel. Mano, eu cuido dos suspeitos pra você: se esse for o problema, claro.

Vitor respirou fundo tenso.

Nathan: - Aliás, você precisa sair com alguém.

Vitor: - Tá! Eu vou no encontro.

Dei um sorriso e voltei á devolver o celular. Vitor voltou á conversar com ela:

Vitor: - Vou estár sim. Podemos sair, se quiser.

Ela deu uma risadinha no outro lado da linha.

Megan: - Ótimo! Isso é ótimo! Te vejo ás-

Vitor: - Sete. Que tal?

Megan: - Aham! Claro, pode ser. Tchau, Scott!

Vitor: - Até lá, Watson.

Ele desligou o celular com uma pontada de vergonha, perceptível no seu rosto.

Nathan: - Vocês se chamam pelo sobrenome?

Vitor: - Tá legal, senhor pegador! Como devo chama-la?

Eu mordi a parte inferior do lábio.

Nathan: - Hm... Veja como ela quer ser chamada. É ridículo chamar uma garota de algo que ela não quer! Isso é completamente desrespeitoso.

Vitor estreitou seus olhos por mim, os semicerrando.

Vitor: - Eu sei disso, okay?

Nathan: - Mas é isso, mano. Não tem mistério. Mulheres devem ser respeitadas.

Vitor: - Eu sei. Nathan.

Qualquer conselho sobre mulheres eles recorriam á mim. Eu fui o que mais teve relacionamentos por lá.

-- Y/n pov --

São oito da noite em ponto. Vitor saiu daqui á exatamente uma hora. Perguntei á Tyler o que estava havendo, mas ele disse que não fazia ideia.

Nathan: - Precisa de algo, senhorita?

Ele estava encostado na parede de braços cruzados. John foi explorar o local para ter mais alternativas para fugir.

Y/n: - Não, só estou sem sono. Aliás, é cedo.

Nathan: - Entendi.

Ele era intimidador de alguma forma. Cheio de tatuagens, grande e forte.

Y/n: - Onde está Vitor?

Nathan: - Hm? Não gosta da minha companhia?

Eu ri.

Y/n: - Às vezes penso que sua companhia é melhor do que a do Vitor.

Ele soltou um risinho e colocou as mãos atrás da cabeça.

Nathan: - É o jeitão dele, mesmo. Enfim, ele teve que sair, é meio pessoal, entende?

Concordei com a cabeça.

Y/n: - E o que acha sobre essa história? Sabe, de sermos os assassinos, você realmente acha que somos?

Ele me encarou fixamente nos olhos, sem olhar para outros lugares. Ele me encarou de verdade.

Nathan: - Não. Não acho. Vitor tá enlouquecendo com essa história e, sinceramente, está indo longe de mais.

Ele mordeu o canto inferior da boca meio nervoso.

Nathan: - Sinto que não deveria estár dizendo nada para você.

Eu semicerro os olhos, nervosa.

Y/n: - Eu não matei ninguém.

Nathan: - Acho que o assassino não se renderia, né?

Eu dei de ombros com indiferença e cruzei os braços.

Nathan: - Como dizem: “quem não conhece a história está condenado á repeti-la ”.

Suspirei. Isso é verdade, mas ele realmente acha que sou a assassina? Sei lá... Smith é confuso.

Y/n: - De onde você é, Smith?

Nathan cerrou os dentes.

Nathan: - Me chame do que quiser, menos pelo meu sobrenome.

Y/n: - Oh, okay... Nathan, de onde você é?

Ele mexeu a cabeça.

Nathan: - Louisiana.

Y/n: - Hm, ótimo lugar.

Ele concordou com a cabeça.

Senti algo pelando no meu ombro, e percebi que era a mão de Doe. Ele deu um sorriso reconfortante.

John: - A noite está linda.

Ele me oferece sua mão, e eu a agarro.

Y/n: - Já volto.

Eu aceno para Nathan que dá um sorriso.

Nos sentamos em uma cadeira bem afastada e fingimos olhar as estrelas.

Y/n: - Então...?

John: - É muito fácil sair daqui. Extremamente fácil. Vitor achou um lugar horrível para executar seus planos.

Ele riu e passou seu braço em volta de meus ombros.

John: - Nós vamos sair daqui amanhã.

꒷꒥꒷‧₊˚🔪 𝚂𝚃𝙰𝙻𝙺𝙴𝚁!! (John Doe) 🩸‧₊˚꒷꒥꒷Onde histórias criam vida. Descubra agora