12: encontrando o caminho

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Após o ocorrido Carlos o jovem que sempre andava de moletom e sua barba muito bem feita e
reluzente estava completamente espantado, mas não era pelo fogo ou as estacas de gelo e sim
por, os três serem tão jovens e já conseguiram ir tão longe com seus poderes recém
descobertos, principalmente a Mari, que literalmente teria acabado de despertar.
Carlos: meu Deus, vocês são tão fortes assim, mas são tão novos.
Naomi: você não deve contar o viu a ninguém.
Carlos: Naomi, eu sei disso muito bem.
Jordan: você sabe?
Carlos: a verdade é que eu sempre gostei muito de ler livros, já li muitos aqui, mas um dia eu
me interessei por um livro.
Ele aponta para o livro de capa preta na estante que com as luzes acesas se notava que não
estava tão longe de onde estavam.
Carlos: eu o comecei todo animado, sua história me pegou completamente desprevenido. As
cartas que as pessoas recebiam e logo morriam, gostei demais do livro, mas quando cheguei
na pagina 195, o brilho, o brilho ofuscou minha visão e agora eu tenho isso.
Ele tira o seu livro de dentro do corpo como se estivesse ligado a ele, a capa de seu livro era
preta, com pequenos toques de vermelho, Naomi e os outros nem se quer conseguem imaginar
qual seria o elemento que Carlos era capaz de controlar.
Carlos: eu não consegui contar para ninguém sobre isso. Mas quando sua mãe desapareceu,
fiquei com medo do mesmo acontecer comigo.
Mari: então você aceitou o trabalho na biblioteca com a esperança de alguém vir atrás de um
livro.
Carlos: exatamente.
Jordan: deve ter sido apavorante a você.
O jovem rapaz se ajoelha e uma lagrima desce pelo seu rosto, mesmo que não esteja
demonstrando sentimento nenhum.
Carlos: eu fiquei com tanto medo, eu li as histórias que estavam escritas nesse maldito livro
sobre o que a realeza faz e vem fazendo, prendendo pessoas com estes dons.
Naomi não percebeu que ganhar esses dons seria algo tão doloroso a uma pessoa, para ela e
para os outros aquilo era algo extraordinário, um pequeno pavor se instala sobre seus corações
e um frio passa pelas suas espinhas. Mas isso não ia mudar o fato de que eles teriam que
encontrar a mãe de Naomi, eles teriam que fazer isso, juntos.
Jordan: Carlos, não se preocupe nós vamos encontrar pessoas que poderão nos proteger e
também destruir as pessoas ruins que tanto assolam nosso continente.
Jordan o abraça como se tivesse reencontrado um parente importante que não via a muito
tempo, ele não queria ver pessoas sofrerem.
Carlos por um momento, fica sem reação, não esperava tão ato do jovem menino. O abraço o
relaxou da cabeça aos pés, em quanto tempo não recebia um daqueles? Sua vida se resumia e
estudar, trabalhar e ler livros, o máximo que tinha como um amigo, era o pai de Naomi que
agora estava completamente devastado com a perda da esposa.
Ele retribui o abraço, segurando bem firme, estava precisando daquilo, alguém para
compartilhar o fardo de ter sido escolhido pela mana.
As meninas se aproximam e o abraçam também.
Naomi: vai ficar tudo bem, se ficarmos juntos.
Mari: só tem um problema agora. Para onde nós vamos?
Carlos enxugando as únicas duas lagrimas que caíram do seu rosto, agora diz confiante.
Carlos: eu sei exatamente para onde temos que ir.
Quando todos para e notam, a noite já tinha indo embora, a enorme bola de gás subia ao céu
lentamente, dizendo para todos que mais um dia se começava e mais uma pequena aventura
começava.
Carlos: temos que sair da cidade, temos que ir até Memória.
Mari: a cidade que construíram para homenagear os fundadores do continente?
Carlos: exatamente.
Naomi: mas como você sabe disso?
Carlos: está tudo livro. “para me encontrar venha até a cidade que se lembra de tudo”. Na
minha cabeça Memória foi a primeira coisa que veio.
Carlos: vamos ter que caminhar um dia até chegarmos a estação que leva diretamente para lá,
nossa pequena cidade é um pouco distante das coisas realmente futuristas.
Naomi nunca ligou para ver o seu continente, nascerá ali, num lugar tão distante das capitais
que nem se que sonhava em sair do conforto de estar com sua família, mas a situação mudou,
sua família havia sido roubada dela, foi descontruída graças a um rei egocêntrico querendo o
poder dos outros para ele.
Naomi: eu topo.
Ela responde sem pensar duas vezes.
Mari e Jordan: eu também.
Carlos: se vamos fazer isso, faremos juntos.
Carlos estende a mão e os outros o acompanham, todos estão com suas mãos juntos agora e
no 1, 2, 3, jogam suas mãos para o alto.
Todos: JUNTOS!!!

O Estranho DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora