Capítulo 28

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Ao anoitecer, Alec decidiu que finalmente iria adentrar o castelo.

Ele averiguou ao arredor, dessa vez, pousando com seu dragão dentro da muralha.

Precisava de uma nova tática, por sorte, ele tinha um raciocínio rápido. Todavia, seu plano não tinha garantia.

Era uma espada de dois gumes.

— Meu rei, eu apresento Alec Targaryen, da casa Targaryen e o primogênito de Rhaenyra Targaryen, a rainha do Sete Reinos. Herdeiro do trono de ferro, e o primeiro a voltar de um exílio na adolescência e possuir laços com mais de um dragão! — exclamou o cavaleiro, deixando-o entrar.

Alecsander apertou os punhos, vendo que não estava sozinho. Aemond também estava presente, junto com outras três mulheres e um homem, além do Rei, é claro.

— Rainha ou Rei? — zombou o homem sentado ao trono. — Eis a questão.

— Eu estou aqui em busca de aliança, majestade... — jogou no ar, tentando saber a casa do homem.

— Lord Hakon Rivers, sou o novo rei do Extremo Norte — respondeu com autoridade.

— Lorde Rivers, o Extremo Norte é um povo livre. Não pode simplesmente seguir suas regras e criar uma nova casa — rebateu o cacheado, as mãos para trás e a postura firme.

— Quem disse que não? Sua mamãe, garoto? — zombou, inclinando-se. — Achei que estivesse aqui para formar uma aliança, não para me dar aulas de como devo tratar meu povo. Eu tenho o total direito de estar aqui, a profecia me escolheu.

Profecia? — pensou Alec, uma sobrancelha erguido.

— Sim, perdoe-me — respondeu o Strong, tentando ao máximo se conter para não jogar sua adaga bem no meio da testa do homem. — O Extremo Norte é de grande importância para os Targaryen.

— De qual lado Targaryen estamos falando? Dos verdes ou dos pretos? — fez a piada, ninguém riu. Mas Hakon não se importou, rindo sozinho. — Me traga o pergaminho.

O cavaleiro pegou o pergaminho de suas mãos, levando até o Rivers. E enquanto o homem se ocupava em ler a mensagem, Alec olhou para Aemond.

Esse que havia um sorrisinho estampado em seu rosto, sua atenção focada diretamente no mais novo.

Nada mais importava.

— Ora, seu bastardo de merda! — o rei jogou o pergaminho no chão. — Quem a vadia da sua mãe acha que é para me ameaçar? Dizendo que se eu não servi-la como rainha, ela retiraria minha coroa!

Alec se segurou para não o xingar de voltar, suas mãos apertando atrás das costas.

Ele prometeu não lutar.

— Estou aqui como mensageiro, meu rei. Não como um guerreiro — rebateu. — Posso te agraciar com alguma proposta?

— Talvez, com qual das minhas filhas irá casar? — apontou para o seu lado. — O príncipe Aemond já se decidiu com qual ficará.

A garganta do garoto fechou, seus olhos deixando uma pequena emoção vacilar. Apenas Aemond notou, ele sempre notava.

O cacheado piscou, uma, duas e três. Seu coração acelerado e vontade repentina de gritar.

Não sabia o que, mas algo dentro de si estava partindo.

Aemond iria se casar?

Alec fechou o rosto, fazendo qualquer sentimento ir embora. Ele se sentia traído, mas o platinado não era dele.

Nunca foi.

— Eu me casarei com você, se desejar, vossa majestade — saiu mais rápido que seus pensamentos.

𝐁𝐋𝐎𝐎𝐃 𝐍𝐈𝐆𝐇𝐓𝐌𝐀𝐑𝐄 ✦ ʜᴏᴜsᴇ ᴏғ ᴛʜᴇ ᴅʀᴀɢᴏɴOnde histórias criam vida. Descubra agora