Havia uma cidade na Coréia cercada de podridão, com o submundo consumindo cada esquina e beco. Com a polícia comprada, mais suja do que os esgotos e políticos engordando com propinas e prostitutas, máfias e gangues tinham o real poder, mas apesar de...
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Fora do limiteda cidade.
- 00:45 -
A chuva caia de forma violenta. Com raios e trovões, trazendo a aquela cidade mais uma de suas noites frias e solitárias. Porém o som das gotas batendo fortemente nas janelas traziam um conforto para quem estava protegido em seus lares.
A única luz do cômodo vinha do pequeno abajur em um dos lados da cama de casal, apenas para auxiliar na leitura. O alfa usava óculos, lendo seu livro concentrado, enquanto seu ômega dormia tranquilamente a seu lado e este soltou um resmungo enquanto trocava de posição.
O alfa sorriu levemente com seus olhos transbordando um carinho enquanto observava o marido afundar o rosto no travesseiro e sem se conter levou sua mão até os fios castanhos, deixando um afago ali, rindo ao ver que o ômega pareceu relaxar ainda mais ao seus toques. E logo voltou a sua leitura.
Virou a página ajeitando o óculos que insistia em escorregar para ponta de seu nariz, até que um barulho, especificamente, de vidro sendo quebrado soou no andar de baixo da casa o deixando em alerta.
O ômega adormecido abriu os olhos, despertando imediatamente, graças a seu sono leve.
— Amor?
O ômega se sentou rapidamente, coçando os olhos - espantando todo resquício de sono - olhando para o alfa em confusão.
— Veio do andar de baixo - o alfa o respondeu tirando os óculos.
— Merda - O ômega tirou as cobertas de seu corpo, pegando a arma que deixava escondida abaixo de seu travesseiro. — Me espera aqui.
— Tenha cuidado - o alfa sussurrou saindo da cama.
O ômega saiu do quarto armado caminhando pelo corredor com cautela. Olhou para trás vendo seu alfa parado na porta do quarto. Levou o indicador até o lábios, pedindo para que o mesmo ficasse em silêncio, e assim ele o fez.
Voltou a caminhar até chegar no topo das escadas. Desceu degrau por degrau em posição de alerta, apontando a arma, verificando cada ângulo antes de descer todos os degraus. Passando por um corredor ao lado das escadas viu a janela dos fundos quebrada. Rastros de passos molhados e gotas espalhadas pelo corredor vinham da janela e todo o seu rastro, o levavam em direção à sala.
Assim que entrou no cômodo apontou sua arma a figura desconhecida jogada em uma poltrona perto de uma janela. A sala estava totalmente escura e somente a silhueta de um corpo grande era visível pelas luzes que vinham de fora da rua - como um assombração no meio da noite - um bicho-papão.
