II. Ninguém consegue enganar-nos melhor que nós mesmos.

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N/A: Só para ficar claro, porque eu acho (espero) que ninguém vai reclamar disso, mas o tempo dessa fic é psicológico. Na hora de avaliar os acontecimentos, não levem muito em consideração o tempo cronológico — de horas, dias e etc.

O que marca o tempo são os conflitos internos dos personagens, esse é meu foco.

Tendo isso em mente, espero que vocês naveguem adequadamente nas águas dessas emoções reprimidas de forma a compreender que o amor, mesmo "simples", é bem complexo para quem o sente.

Não é uma narrativa cheia de altos e baixos, com plots extraordinários e coisas do tipo. Escrevi essa em particular pensando em compartilhar minha visão real sobre emoções e sensações; a raiz psicológica de fenômeno corriqueiros como o amor, o ciúme, a decepção, a resignação...

Hahaha ALIÁS ~

Hoje é meu aniversário, mas no final quem ganha presente são vocês ✨🤗

Espero que gostem da Danielle! Quem não gostar, favor, não falar nada. Sujeito a paulada!

Sem mais papo furado, vamos lá!

O pomo de adão de Vegas subiu e desceu quando ele engoliu em seco

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O pomo de adão de Vegas subiu e desceu quando ele engoliu em seco.

— Isso. Podemos começar amanhã?

Sua voz soou estranhamente doce, tão estrangeira que seus ouvidos não reconheceram o tom como pertencente a si mesmo. Kinn o olhou sem expressão na ocasião, as pupilas dilatando novamente como quando ele o viu parado naquele mesmo lugar da calçada horas atrás. Era a mesma faísca do reencontro renascendo, crepitando, fagulhas crescendo até se tornarem labaredas incontroláveis.

Vegas foi até ali porque queria dar um fim aquela relação bizarra entre eles. Porém, assim que seus olhares se encontraram, todo e qualquer pensamento lógico se esfumou e foi substituído pela carência líquida de ter aquele homem em seus braços.

Quando se encararam de novo, íris escuras de sentimentos não-ditos e lábios apertados de ânsias nebulosas, viu seus pensamentos sendo arrancados de sua mente em um rompante. Com a cabeça vazia, o coração agitado e com um instinto quase primitivo de prosseguir, Vegas ficou na ponta dos pés e o beijou, recebendo a língua alheia entre os lábios com um ressonar baixinho do fundo da garganta. Feliz e confortável.

Errado.

Beijar Kinn sempre tinha o mesmo gosto de sempre: de errado, de tentação, de segredo.

Por isso foi até a casa dele. Porque queria se desvencilhar desses sentimentos conflitantes, desse paradoxo emocional que cutucava todos os botões errados de seu subconsciente. Quando estavam separados, Vegas tinha o valor e a determinação de falar e fazer o que queria, desenhar uma linha entre eles como Tratado de Tordesilhas. A guerra fria que batalhavam, medindo forças para saber quem cederia primeiro: o falante inglês de desejos perversos e impulsividade premente ou o homem estrangeiro de postura relaxada, pensamentos ocultos e caráter pulcro?

Secrets (KinnVegas)Onde histórias criam vida. Descubra agora