Mistério no Jardim

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Já pegando todo tipo de equipamento de proteção sai do apartamento, chamei o Ray, estava tudo pronto para o plano.
Ray- Foi bom te conhecer.
Tiler- Eu não vou morrer não idiota!
Desci as escadas com um calafrio por todo o meu corpo, olhei para cima na sacada, Ray estava observando como se fosse um documentário acontecendo na frente dele.
Tiler se aproxima do arbusto de ontem, ele estava diferente, parecia que alguém tinha cortado.
Tiler- Por enquanto ta tudo de boa.
Ray- Vai lá, confio em você!
Fui me aproximando do arbusto esperando que algo pulasse na minha cara, pisei na grama e nada aconteceu então continuei entrando na floresta. Parecia que todo aquele mato tinha sido cortado para formar uma trilha, um caminho para mim.
Então adentrando naquela floresta Tiler vê que o caminho estava marcado com algumas flores vermelhas o levando para mais fundo na floresta.
* crack *
Tiler- Por favor não me mata!
Tiler se abaixa até ficar em posição fetal no chão, ele fica paralisado por alguns minutos até que sente o mesmo cheiro que sentiu antes. Tiler abriu os olhos e viu uma figura desaparecer no meio do mato alto, mas com um papel no chão.
Bilhete- NAU VO TI MATA
Fiquei muito confuso com esse bilhete, não estava entendendo o que essa pessoa queria que eu fizesse.
Tiler se levanta e segue o resto do caminho das flores e acaba chegando em um belo jardim, com um banco, um lago, algumas árvores bonitas e um outro bilhete em cima do banco.
Bilhete- GOTEI DI VUCE PUR ISSO DEXO VUCE INTRA AQI 
Eu realmente não to entendendo nada, então essa pessoa não me matou e me deixou entrar nesse jardim só porque me achou legal, eu nem vi quem escreveu a carta.
Tiler- Jardim bonito!
Escutei alguns barulho no mato, talvez ela ou ele deve estar me observando.
Tiler- Vem aqui, quero te ver.
???- Eu não sai, você estranho.
Tiler conseguia ouvir a voz masculina profunda que ecoava pela floresta que o deixava intrigado pela aparência do homem da floresta.
Será que ele preparou todo esse jardim, porque haviam relatos de coisas sendo roubadas. Mas eu só estou na região fazem 3 dias... será que ele tava me seguindo por todo meu trajeto até aqui.
Tiler- Você me olha a quanto tempo?
???- Muito dias.
Tiler- Você já me viu várias vezes mas eu não te vi nenhuma.
Pensei que já que ele ficou me vendo por muitos dias talvez ele confie um pouco em mim pelo menos.
O mato começou a mecher e Tiler ficou animado pois estava conseguindo ver um par de orelhas se levantando, mas logo desceram ao mato novamente bem rápido.
???- Você ser esperto, mas não engana eu!
Droga pensei que já iria conseguir vê-lo, mas pelas orelhas é um lobinho, que coisa fofa talvez ele até nem seja um selvagem, consigo imaginar ele bem fofinho nos meus pensamentos.
Tiler- Você pode me falar seu nome?
Tauros- O que é ser nome? Nome... família chama Tauros. E... seu... nome?
Tiler- Eu sou o Tiler, você pode confiar em mim?
Tauros- Você embora! Família vindo.
Eu escutava as folhas e galhos a distância sendo quebrados, realmente a família dele estava chegando, corri com a maior velocidade que conseguia.
Tauros- Você amanhã!
Tiler voltou com toda velocidade para onde o Ray o esperava encima da sacada.
Ray- O que aconteceu lá dentro?
Tiler- Espera eu eu subir para a gente conversar direito.
Parece que o Tauros é um pouco mais consciente das coisas, imagino ele preocupado comigo mesmo eu quase tendo realmente morrido lá.
Ray- Encontrou alguma coisa?
Tiler- Então...
E Tiler passou horas explicando para seu amigo tudo o que tinha descoberto enquanto estava na floresta, até que foi interrompido pelo robô do governo
Robô- Detectamos pelas câmeras de segurança que invadiu um terreno dos excluídos, compareça na prefeitura para mais informações.
Tiler- Ai fudeu!
45 minutos depois...
Chegando na prefeitura todos aqueles olharem pareciam falar comigo, me julgando pelas minhas escolhas.
Guarda- Que tipo de problema os híbridos fizeram dessa vez?
Tiler- Eu preciso entrar, com licença!
Guarda- Um pouco mais de respeito monstro, qualquer coisa que você falar pode ser motivo de eliminação!
O guarda bravo abre caminho para Tiler, que dentro da prefeitura as coisas não eram as melhores para ele.
???- N° 4263 me siga por favor.
Tiler segue o recepcionista que o leva para uma sala desconhecida e sem identificação nas placas. Lá dentro havia uma mulher vestida de cientista.
Cientista- Olá N° 4263, fiquei sabendo que você entrou na floresta dos selvagens e aparentemente voltou com vida.
Tiler- E isso é ruim?
Cientista- Isso é esplêndido! O que descobriu sobre eles?
Tiler- E porque eu deveria te contar.
Um dos guardas atrás dela se aproxima segurando um fuzil.
Cientista- Não precisamos da sua boa vontade, podemos arrancar a informação a força! Pode começar a falar Tigreãozinho...
Tiler- Eles sabem se comunicar... não perfeitamente mas sabem formar frases.
Cientista- Você falou com um deles!?
Tiler- Também sabem escrever.
Tiler pega os bilhetes de seu bolso e mostra para a cientista.
Tiler- Um deles só não me matou porque pelo visto gostou de mim. Mas quando os outros estavam vindo ele me alertou para ir embora.
Cientista- Interessante... não tem mais nenhuma informação?
Tiler- Foi tudo que vi.
A mulher de jaleco branco se levanta e deixa Tiler ir embora por enquanto mas que continuaria o observando pela ciência.
(Quebra de Tempo)
Tiler chega em sua casa acabado por ter andado até o centro da cidade e voltar depois de também passar por aquele interrogatório. Ray quando o vê fica muito feliz.
Ray- Achei que tivessem te matado!
Tiler- Só me fizeram algumas perguntas.
Ray estende a mão mostrando um envelope amarelo.
Ray- Tava na sua porta. É o seu pagamento da equipe de construção.
Tiler- Que bom! Eu tava precisando comprar umas coisas.
Ray- Quer dar uma passada no meu apartamento, eu já fui no seu mas você não foi no meu.
Tiler- Pode ser uma daquelas festas do pijama.
Ray- Adorei a idéia!
Tiler entra em seu apartamento para buscar o pijama e o travesseiro para deixar na casa do Ray.
Tiler- Te vejo de noite preciso fazer uma coisa.
Tiler corre descendo as escadas como um louco e indo em direção do jardim para avisar Tauros.
Tiler- Tauros? Tauros...
Tauros- Eu vir rápido! Quer o que?
Como eu ia dizer para ele de uma maneira que ele iria me entender logo de cara.
Tiler- Pessoas ruins... anh... vindo até família... eee... proteger família das pessoas ruins! Isso!
Tauros- Família em perigo?
Tiler- Pessoa de roupa branca ruim, proteger família dela.
Tauros- Eu proteger família!
Tauros sai correndo para o meio do mato deixando Tiler sozinho no jardim, Tiler fica se perguntando se fez a coisa certa enquanto volta para casa.
Pelo menos se eles fossem atrás do Tauros ele já está preparado, mas e se eles forem com armas, vou ficar de olho para nada acontecer.
Ray- Eu chamei um amigo meu para fazer a festa junto com a gente.
Tiler- Essas orelhas...espera ai... Gusta?!
Gusta- Oopa! Não sabia que você também morava aqui cara. Tudo bom?
Ray- Agora que eu lembrei, vocês dois trabalham na equipe de construção! Bom já se conhecem então não preciso apresentar ninguém.
Os três amigos se juntam dentro da casa de Ray, e aproveitam a noite até onde o toque de recolher os permitia ficar com a luzes ligadas. Mas Ray pega uma lanterna e ficam conversando até mais tarde
04:52 da manhã...
Tiler se levanta escutando barulhos de várias pessoas entrando no mato então ele sai correndo para tentar impedir.
Tiler- O que estão fazendo?!
Cientista- Não chegue perto! Nós só queremos ampliar nossa pesquisa sobre os selvagens.
Vejo o mato se mexendo sutilmente, a família do Tauros estava alí preparada para o ataque.
Tiler- Não vou te impedir, pode seguir sua pesquisa...
Cientista- Se você impedisse iriamos te eliminar.
A cientista segue junto com seus dois atiradores para dentro do mato, procurando pelos selvagens e vi duas orelinhas abanando para mim.
Tiler- Deixo eles com vocês!
Me afastei deles e fui para a sacada assistir como aquilo terminaria.
5 minutos depois...
Tiler assiste rindo enquanto vê aqueles três fugindo da floresta cheios de arranhões pelo corpo.
Tauros- Eu protegi família!
Tiler- Boa Tauros!
Ele parece que está confiando um pouco mais em mim depois de tudo, ele colocou sua mão para fora dos arbustos para me dar tchau, seu pelo era preto como a noite e ele tinha almofadinhas na palma e nas pontas dos dedos, mas aquelas garras, realmente fariam um estrago bem grande.
Tiler- Te vejo mais tarde Tauros!

Meu namorado LobisomemOnde histórias criam vida. Descubra agora