- eu acho ele fofo.- pronunciou Anastásia depois de longos minutos analisando a criança que dormia tranquilamente na sua cama.
- e você gosta de crianças? - perguntou desconfiada Maura, que agora se levantava pra alongar as pernas.
- não tenho nada contra. - suspirou vendo que maura discretamente se aproximava daquela pirâmide que o garoto levava na mão.
- o que acha que é isso? - a pergunta foi direcionada para Anastásia mesmo que achasse que fosse pra si mesma.
- não faço ideia, mas não devia ficar bisbilhotando os brinquedos de uma criança. - ela batia de leve sua cabeça na cômoda tentado associar o que vinha acontecendo ultimamente.
Seus dedos rodavam incansavelmente o anel que possui no dedo, era um tipo de costume, sempre fazia isso quando pensava demais, resolveu não pensa muito sobre como conseguiu esse anel ou quem lhe deu.
- Eyk virá aqui logo querendo sabe dele. - Maura estava pensativa enquanto olhava o casaco do menino.
- quem é Eyk? - perguntou Anastásia.
- o capitão.
- ah ele, não gosto dele. - desdenhou Anastásia relembrando das más interações.
seus olhos caminharam por Maura analisando ela.
- mas aparentemente você gosta. - Maura a encarou um pouco cética, Ana com frequência analisava as pessoas como se pudesse decifrar cada detalhe de sua personalidade apenas pelo jeito que segura uma xicara, isso sempre a deixou perplexa quanto a irmã.
- não, está errada. - contestou a irmã.
- o julgamento é a habilidade dos sábios e o defeito dos ignorantes, lhe garanto que não sou burra. - sorriu Anastásia.
- sei, é você que anda se escondendo pelos cantos com homens, a proposito quem era aquele com você ontem. - tentou tirar os olhos julgadores da irmã virando a pergunta pra ela.
- Olek? Nada demais, ele estava lá, era conveniente no momento. - respondeu desinteressada.
Anastásia se levantou limpando a parte traseira da roupa, estava sentada no chão esse tempo todos.
- eu vou dar uma caminhada, fica de olho nele. - mandou Anastásia para a irmã antes de abrir a porta e sair por ela.
**********
Anastásia quase voltou o caminho quando viu Eyk vindo em sua direção.
- Anastásia. - ele quase gritou seu nome impendido ela de fugir.
- sim é o meu nome. - respondeu cínica quando virou-se pra ele.
- eu estava te procurando. - respondeu um pouco cansado.
- eu vejo. - percebeu seu constante ato de repudio e mudou o tom ficando mais séria. - o que aconteceu?
- o menino falou? - perguntou.
- ele estava dormindo quando eu sair, Maura estava com ele, recomendo perguntar a ela. - ela ia passando por ele para voltar ao quarto quando o mesmo segurou seu braço.
- por que trancaram ele? nós vasculhamos o navio e não tinha ninguém, então quem enviou a mensagem e trancou ele? - o homem compartilhava suas duvidas com Anastásia isso a fez apreciar sua interação.
- são perguntas que eu também gostaria de saber, avisarei se ele disser alguma coisa. - ele ainda não tinha soltado seu braço quando voltou a questionar.
- no Prometheus, você passou. - ele pareceu refletir por breves segundos antes continuar. - por alguma situação estranha?
- como assim estranha? - essa pergunta era familiar já tinha feito essa mesma pergunta para Maura, mas não diria isso a ele, mesmo que estivesse curiosa sobre que situação seria essa.
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1899: Kerberos ( Daniel Solace )
Science FictionO ano era 1899, e Anastasia Franklin, junto de sua irmã Maura, embarcaram em Kerberos, um navio que tinha como destino Nova York. As duas estavam atrás do irmão que enviou uma carta com passagens para embarcar no Kerberos, meses depois de ter desap...