Show me your love • Son Heungmin

7.

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“Luiza”

Fazia mais de uma hora que eu tinha acordado. Durante esse tempo acordei Son, tomamos banho, fomos para o saguão do hotel e tomamos café. Agora, a gente já estava novamente no quarto, eu sentava na cama enquanto mexia em meu notebook e Son estava sentado em meu lado.

— O quê é isso que você está fazendo?

— Planilha. Já era pra eu ter terminado isso, mas não tive tempo. Então estou terminando agora.

Senti uma de suas mãos irem até minha cabeça, fazendo carinho em meus cabelos e fechei os olhos aproveitando aquele cafuné, mas logo meu momento de relaxamento foi interrompido quando a porta do quarto foi aberta, revelando Carol com uma cara péssima, porém, ela ainda parecia animada e logo atrás dela, Richarlison.

— Puta que pariu, que ressaca do caralho —Comentou se sentando na cama, com um pequeno sorriso em seus lábios.

— Estamos namorando —Richarlison soltou, sem mais nem menos e eu fiz uma careta confusa, processando a notícia repentina.

— Sério? Parabéns. Achei que com essa sua cara feia você nunca fosse desencalhar —Pude ouvir a voz de Sonny atrás de mim, que ria um pouco –muito– alto pela brincadeira.

— Isso é inveja porquê eu sou lindo, né? Nem nascendo de novo você teria um charme igual o meu —Foi a vez de Richie devolver, com um sorrisinho no canto de seus lábios— Mas, e ai? Quando vocês dois vão começar a namorar?

Nos encaramos em silêncio. Eu não sabia o quê responder e parecia que Heungmin estava na mesma.

— Para de ser curioso —Repreendeu Carol, dando um tapa que pareceu não ter sido muito forte em seu companheiro.

— Na verdade, eu estava pensando nisso há pouco tempo —O mais velho entre nós revelou, fazendo com que eu desviasse o olhar por vergonha— Vamos sair hoje, que tal? Mas acho que só posso depois das dez da noite—Falou baixo, para que só nós dois pudéssemos escutar. Apesar de eu ter tido a leve sensação de que as outras duas pessoas no cômodo também ouviram.

— Pode ser —Concordei sorrindo.

Infelizmente, os dois não puderam ficar mais tempo alí com a gente e logo tiveram que ir embora. Mas eu não podia deixar de me sentir ansiosa. O quê ele quis dizer com "estava pensando nisso há pouco tempo" e "vamos sair hoje"?. Será que ele realmente vai me pedir em namoro mesmo?

Acho que fiquei o dia todo pensando naquilo, mas felizmente as horas passaram de forma tão rápida que eu nem notei e logo já era de noite. Ainda estava um pouco cedo demais para eu me arrumar, então terminei de digitar a notícia que eu estava escrevendo, sobre como o futebol pode influenciar na vida das pessoas e rapidamente lancei no site da empresa junto com o link da entrevista que eu havia feito.

Meu trabalho aqui estava concluído. Minha ficha caiu. Dentro de alguns dias eu teria que voltar para o Brasil. Eu estaria longe de Londres, longe da Inglaterra, e o pior de tudo. Longe de Son.

Fui tomar banho ainda com esses pensamentos rondando minha mente, e passei um longo tempo dentro do chuveiro. Nem vi a hora passar.
Coloquei roupas quentes e confortáveis me sentando na cama, onde lia a mensagem que havia recebido de um tal coreano aí.

“Me encontra nesse lugar aqui"

Observei o mapa da localização que ele tinha me enviado, e saí do hotel pegando o primeiro táxi que vi pela frente.
Assim que cheguei ao meu destino e desci no carro, me deparei com um parque grande e muito bonito também. Ele era coberto de árvores e arbustos, mesas de piquenique e tinha até um laguinho ali. Mas estava vazio. Completamente vazio.

Foi quando de repente, vi Son saindo de trás de uma das árvores caminhando até mim e abri um sorriso quando ele parou em minha frente.

— Você ganhou um ticket vip para uma noite de piquenique especial com Son Heungmin —Disse enquanto me entregava um pedacinho de papel, com um desenho simulando um ingresso de verdade— Vai aceitar?

— Sim —Respondi, sorrindo.

Então o ouvi soltar um riso e entrelaçar nossos dedos, me guiando para um lugar mais afastado de onde a gente estava, onde de longe consegui enxergar uma árvore muito grande com várias luzes pisca-pisca entre suas folhas e logo abaixo, no chão, uma toalha com vários snacks e guloseimas.

— Você fez tudo isso sozinho? —Perguntei admirando o lugar.

— Sim. Você gostou?

— Eu adorei! Vem —Puxei ele para se sentar ao meu lado e observei tudo o que tinha em cima da toalha, logo pegando um morango que estava ali e o levei até a sua boca, onde ele mordeu um pedaço da fruta.

— Come você também —Ele disse fazendo o mesmo que eu há segundos atrás. Comi o morango e sorri olhando para o maior logo me aproximei de seus lábios, roubando um selinho seu.

Ficamos um tempo daquela forma, apenas dando comida um na boca do outro até que nos cansamos e nos deitamos no chão, observando o céu escuro com alguns pontos reluzentes.

— A lua não está linda hoje? —Comentei.

— Demais —Percebi que ele estava me encarando, então virei meu rosto em sua direção.

— O que foi?

— Queria saber como vamos definir nossa relação.

— Como assim?

— Ah, sei lá. Essa coisa de agir como namorados, mas não namorar não é pra mim.

— O que você quer dizer com isso? —Perguntei me sentando.

— Você quer namorar comigo? Se não, tudo bem, ainda está muito cedo então vou entender caso não queira.

— Não é isso —Sorri— Eu quero. Quero muito namorar com você. Mas, como vamos lidar com a distância?

Dessa vez foi ele quem se sentou.

— Você não tá entendendo o quão louco eu estou por você, não é? Se for preciso eu pego um barco e atravesso todos os mares, oceanos ou seja lá o que for, só pra estar com você.

Ele levou suas mãos até meu rosto, depositando beijos por todo o local enquanto eu ria pelas cócegas que sua barba fazia. Quando ele olhou para mim, pude ver o brilho em seus olhos que fez com que eu sentisse algo estranho na barriga. Mas aquela não era a primeira que eu sentia aquilo, pra falar a verdade, todas as vezes em que eu estava com ele essa sensação me invadia. E eu quero sentir isso pelo resto da minha vida, desde que seja quando eu estiver com ele, e apenas ele.

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