capítulo dois.

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Lourena Cardoso.

todos haviam saído de casa então decide fazer um tuor,quando estava descendo as escadas e fui ver algumas fotos na prateleira escuto uma voz grossa masculina.

- agora eu vou ter que cuidar de criança?- Latrell perguntou ironicamente.

- cara,como você é chato- falei subindo para o quarto.

- eu vou sair de casa,cê fica aí?- ele perguntou sério.

eu parei no meio da escada e olhei para trás.

- vou com você- sorri e fui trocar de roupa.

coloquei um short jeans,um top preto padrão e um moletom por cima,nos pés um tênis da Nike.

-vamos?- ele perguntou eu assenti e ele saiu para fora e eu segui.

- vamos para onde?- perguntei curiosa.

- você vai ver- ele disse olhando para frente.

obviamente fiquei com um pouco de receio,não sei oque deu na minha cabeça de seguir um desconhecido que morava na mesma casa que eu,mas talvez seja mais seguro do que ficar sozinha.

- não fala muito não tá?- ele falou baixo quando chegamos perto de uma casa onde haviam vários homens com a cabeça raspada.

"puta que pariu,que merda é que eu estou fazendo aqui." -pensei.

ele falou com todos ali e em seguida sentou,eu sentei do lado dele,com vários olhares sobre mim e assobios maliciosos.

- fala ai,latrell- um homem com uma cruz no pescoço fumando um cigarro veio em nossa direção- já trocoua Lya aquelagostosa?,em compensação essa ae é gostosinha-todos riram.

- fala tu,Oscar- ele se levantou até ele- enteada da minha tia,pô.

Ele me olhou dos pés a cabeça e sorriu de lado para mim e eu fiquei super desconfortável com tudo isso.

eu fique o tempo todo no celular sem mesmo ter a internet dali e então tomei coragem para pedir pra ir pra casa.
olhei para o lado e Latrell estava fumando um cigarro,não fiquei surpresa com isso.

- ai-toquei nele para ele olhar pra mim-eu vou pra casa.

- tu vai saber voltar?- ele perguntou soprando a fumaça para o outro lado olhando pra mim e eu assenti.

levantei e sai sem ter a mínima ideia de como voltar,não era tão longe mas era complicado,liguei meu celular e não vi nem se quer uma mensagem de minha mãe,ela não perguntou nem se eu tinha chegado bem,meu pai nem se quer falou comigo depois que eu cheguei,minha madrasta dá atenção que ela pode me dar já que ela é muito ocupada.
desliguei meu celular e sem perceber uma lágrima desceu pelo meu rosto ao lembrar de tudo que aconteceu em minha vida em 15 anos de vida,quando minha mãe era casada com meu pai aconteciam brigas todos os dias pois minha mãe era alcoólatra e foi assim minha infância toda.então minha mãe traiu meu pai com meu atual padrasto,meu pai cansado se mudou para freeridge e aqui encontrou sua mulher e eu o vi mais feliz que nunca,com 13 anos minha mãe se juntou com esse meu padrasto e aí juntaram dois alcoólatras e um usuário de drogas dentro de casa,sim além dele ser alcoólatra ele também é usuário.
ele nunca chegou a encostar em mim,mas quando eu brigava com minha mãe sobre ele ela chegava a me bater,meu padrasto brigava comigo e minha segurança era a porta de ferro do meu quatro,em uma dessas brigas onde os dois estavam sóbrios(oque era um milagre) meu padrasto quebrou a porta e falou que iria embora se eu não fosse embora,minha mãe chorou em seus pés para ficar mas não teve jeito. em seguida ela ligou para o meu pai,e ele me aceitou e assim minha mãe comprou a passagem reclamando que tinha tirado da bebida.

voltei para a minha nova realidade escutando uma voz familiar masculina falando e quando olhei para trás e vi Latrell eu limpei meu rosto rapidamente.

- me espera- ele falou vindo correndo até mim- tu anda rápido,garota.

- eu falei que conseguia voltar só- disse sem olhar para ele.

- cosngue? e porque tu tá indo em uma direção errada- ele riu e eu olhei pra ele sem graça- tu tava chorando?- ele perguntou.

- não né- revirei os olhos.

ele começou a guiar o caminho e em seguida acendeu um cigarro.

- quer?- ele me ofereceu.

- não- respondi seria.

- tu é estranha,sabia?

- se fosse pelo menos um que prestasse né?!- disse revirando os olhos- quantos anos tem?

- calma,estressadinha- ele riu- tenho 17,tenho minhas dúvidas sobre você.

- posso fazer nada- eu respondi.

- que ignorante- ele riu.

estávamos voltando em silêncio quando escutando tiros,ele correu e mandou eu correr também.
corremos até chegar em casa e quando entramos eu me encontrava em desespero.

- calma,maluca- ele respondeu- se acostuma por que é assim direto- ele falou apagando o cigarro.

ele subiu as escadas e entrou no quarto,eu fiquei ali na sala raciocinando oque tinha acontecido,um tempo depois eu subi pro meu quarto e dormi assistindo série.

...

Uma Volta Pelos Bairros de LA // OMB.Onde histórias criam vida. Descubra agora