Tenho medo, pânico, disso;
Olhos pesados e doloridos de lágrimas implorando por saída;
Mas as impeço.
Não aconteceu,
nem vai acontecer.É um medo bobo.
O pior cenário,
em um universo irreal,
de sua mais odiosa versão
e da minha mais diminuta."É um medo bobo"
Repito a mim mesmo, afim
de me apaziguar.
Sei que não faria, nem fará
algo tão agressivo
contra meu ser.Mas assusta saber que
eu estaria disposto
a me diminuir para caber, apenas
para que fique
enquanto da boca pra fora
declamaria
de porta em porta
a importância de se amar e se impor.Mesmo que você use
das mais belas palavras
para deixar claro
que me calar e moldar
não faria você ficar.
Você está aqui, por vontade própria
e quer continuar.
Permaneço apavorado.Uma voz chata,
encômoda e intrusiva
insiste em dizer que devo me negar,
iválidar a mim
para que seja merecido amar.Uma voz chata, que me impulsiona
a escrever
o que devo te dizer,
quando estiver aqui em carne viva
para dos meus medos lhe por à par.Mas sou covarde.
Covarde sem justificativas plausíveis.
Covarde demais para simplesmente
me reafirmar.
Covarde demais para ter certeza
que sou visível para você.Pois posso aceitar a cegueira de todos
ao meu respeito.
Mas não sou capaz de aguentar
que você não me enxergue.
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Textos E Insônia
RandomTextos escritos à insônia e inspiração sem lógica. Os poemas - em sua maioria - são de versos brancos, sem rima, alá modernismo, pois seguem meu fluxo de pensamento. (Não tem nenhuma frequência correta ou foco, minha criatividade, memória e agenda n...