Apartamentos 345 e 346 (Twice ot9)

Pombos, sequestradores e muito desespero

Eram 05:38 da manhã e Jihyo já estava de pé, já que precisava estar em sua faculdade antes das 7. A coreana entrou pra uma faculdade de psicologia, e estava, sinceramente, muito animada para seu primeiro dia. Jihyo adora tudo que tenha a ver com psicologia, ela adora descobrir sobre os mistérios da mente humana e também fica muito feliz em saber que esse conhecimento pode ajudar as pessoas. Um dos seus passatempos favoritos é assistir séries ou filmes com personagens tristes e depressivos, porque ela gosta de os analisar psicologicamente para que se um dia ela conhecer alguém parecido com esses personagens, ela saiba a origem de seus problemas e consiga ajudá-los. Ela também gosta muito de ajudar pessoas em questões psicológicas. A coreana nunca teve nenhum tipo de apoio em relação à isso, por isso ela quer evitar que o mesmo aconteça com outras pessoas.

Depois de ter feito comida e acordado sua irmã, que vai para a faculdade apenas à tarde, Jihyo deu um beijinho de despedida na cabeça de Jeongyeon e saiu do apartamente, deixando uma coreana de cabelo curto e franjinha completamente sonolenta na mesa da cozinha comendo uma torrada.

Assim que ela saiu do apartamento, deu de cara com uma certa japonesa que tem cabelos ruivos e um sorriso encantador.

- Ah, bom dia, Jihyo!! Como você tá? Dormiu bem? A sua irmã tá melhor do ataque ninja?

- Bom dia, Sana! Eu tô bem sim, Jeongyeon também. E a pancada não foi tão forte, eu que fiz todo um drama mesmo. - Disse ela, sorrindo envergonhada.

- Ah, sim. Que bom que ela tá bem, se não tivesse eu já tava preparada pra dar um belo de um puxão de orelha na otária da Mina. Sabe como é né, irmã mais nova, sempre mais atentada. - Disse ela, mesmo sendo só 1 ano mais velha que a loira.

Jihyo apenas riu do jeito que Sana se referiu à Mina e olhou em seu celular para ver se não estava atrasada. 06:43. Considerando o caminho do prédio até a faculdade, ela com certeza não chegaria à tempo andando.

- Droga... - Sussurrou a coreana, guardando o celular instantes depois. Sana perguntou o que aconteceu pra ela ter mudado de humor tão rapidamente e Jihyo respondeu que se atrasaria para a faculdade.

- Se quiser eu posso te levar na minha moto. Quer dizer, a gente meio que se conheceu ontem à noite e faz sentido você não aceitar, mas eu juro que não sou nenhuma sequestradora, viu? Você até sabe onde é a minha casa, qualquer coisa é só a polícia invadir e descobrir o meu esconderijo secreto. Não que eu tenha um. - Falou Sana, ficando nervosa só de pensar em Jihyo não aceitar por a achar suspeita. "Para de falar, boca estúpida", pensou.

Jihyo, que estava tentando entender o raciocínio da japonesa, apenas riu e disse que aceitava ir com ela.

- E eu não acho que você me sequestraria, normalmente sequestradores são bem óbvios de serem detectados, por causa de sua linguagem corporal suspeita e sua aparência acabada que indica que a maioria tem vício em drogas e bebida. Basicamente, eles são feios e assustadores, e você é bonita demais pra isso. - Disse ela, sorrindo de lado enquanto coloca as mãos nos bolsos de sua calça. - Bora, acredito que você vai pra algum ligar também, já que saiu de casa. Nenhuma de nós pode se atrasar. - Falou a coreana, começando a andar lentamente, esperando Sana ir junto.

A japonesa demorou alguns segundos para seguir Jihyo, já que estava paralisada tentando descobrir se aquilo havia sido um flerte, um elogio sem segundas intenções ou Jihyo apenas era aquelas pessoas que vêem casos criminais e analisam as pessoas pra saberem se elas são ou não psicopatas. Sana fez uma nota mental de perguntar sobre isso para Nayeon, sua melhor amiga desde o fundamental que é a melhor conselheira amorosa que ela já conheceu.

No caminho para a faculdade, Sana quase atropelou um pombo, Jihyo teve uma crise de riso pelo gritinho que a japonesa deu e quando estavam paradas no farol, com a coreana ainda tendo uma crise de riso, uma criança dentro de um carro olhou pra elas e falou "olha mamãe, que moto legal" e foi repreendido por sua mãe, que disse "não olhe, filho. Elas parecem malucas."