Pensamentos de Sarada - Especial de Natal

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Olá, primeiramente Feliz natal.

Esse Capitulo é um especial que não altera na historia, eu fiz em pouco mais de uma hora, e foi apenas uma ideia que eu tive enquanto tomava chá. Talvez não seja tão boa mas não queria deixar a data passar. É isso. obrigada por ler.

Eu sempre achei muito estranho algumas comemorações, provavelmente a maior parte delas são costumes que ninguém sabe o motivo, um deles é a mania da minha mãe de sempre colocar o presente do papai em baixo da arvore, a Aiko tem o mesmo costume. Ele nunca esteve em casa para abri-los, e no fim pelo menos um deles fica guardado no armário.
A mamãe sempre chora, é realmente muito decepcionante.
Outra mania da mamãe é de ter uma cadeira a mais na mesa, acho que ela sempre espera ter visitas mas, você precisa estar em casa para receber alguém e ela sempre trabalha... Sempre. Aiko a mesma coisa, não que ela esteja sempre trabalhando, mas... É cruel dizer só que... a Aiko não tem muitos amigos, não dá idade dela pelo menos, e dos que tem ela geralmente não trás em casa.
Agora eu entendo, realmente entendo o motivo de sempre ter algo a mais, ao mesmo tempo que temos algo a menos. A mamãe e o papai tem um filho faltando, a Nii- Sama tem um irmão faltando, e eu sinto que tenho algo faltando em mim, com se sempre me faltasse um braço, mesmo que o esperado é ter só dois. Agora eu entendo.
Até me lembro de uma carta que escrevi um dia para o papai noel, eu pedia o que me faltava, na época eu achava que era o papai, mas não era.
Enquanto eu tiro as ultimas decorações de natal do porão, fico me perguntando se meu irmão gosta de natal tanto quanto eu, ou seja, nada. Ou como a Nii- sama, que...
- DINGLE BEL, DIGLE BEL, LALALALALA...
Ela entrou na sala usando um vestido verde, se não fosse as longas pernas de uma mulher com quase um e setenta de altura, ela seria facilmente confundida com um duende.
- Você sabe o resto da música? Já é a quinta vez só hoje que você canta só essa parte.
- Sei, mas é só essa parte que minha rádio mental toca. - Um abraço que me sufoca. - Feliz natal irmãzinha.
- Tá, tá, obrigada e igualmente, agora me solta. Por favor, tá me esmagando.
- Desculpe, você é muito fofinha.
Ela falou e saiu, me deixando com os óculos tortos.
- Olá querida, comprei um alcaçuz pra você, achei temático.
O tio Itachi... Ele era a peça que ninguém sabia que caberia na família, eu gosto dele mesmo que eu saiba o que ele fez e porquê. Fico me perguntando como foi pra ele passar essas comemorações sozinho.
- Obrigada. Feliz Natal.
Eu estico um dedo para pegar a bengalinha vermelha de alcaçuz, ele passa e bagunça meu cabelo. Com dificuldade eu coloco a caixa no chão. Cada um da família tem a tarefa de decorar uma parte da casa, a mamãe decorou a cozinha e a sala, Aiko os corredores e a área externa, como eu não gosto de natal, a mamãe me deixou com a lareira, pouca tarefa e coisas muito óbvias para colocar: Meias gigantes personalizadas e fitas, mesmo assim deixo pra ultima hora.
Cada meia tem um nome e algumas características de cada um, a do papai é preta esta intacta e tem o símbolo do clã. A da Aiko é rosa cheio de pelinhos e está um pouco gasta, a da mamãe é branca com flores de sakura bordados, a minha é clássica, vermelha e branca apenas com meu nome bordado. Não deixo de reparar que não temos uma para o tio Itachi, mas a do meu irmão esta dentro de uma caixa menor, nunca a tinha visto antes, até porque nunca decorei nada antes, eu a pego e vejo que é uma meia de bebê azul com listras brancas, e a coloco sem me preocupar de ter que explicar.
- Faltou a minha.
- Pode ficar com a minha, eu não gosto muito de qualquer forma.
- Gentileza sua, mas sua irmã fez uma pra mim, poderia colocar ?
É óbvio que ela se lembraria! Concordo e coloco a meia na lareira, estou pronta pra guardar tudo quando vejo um papel no fundo. Eu o pego, guardo no bolso e levo a caixa para o porão novamente.

Querido papai Noel,

Eu queria de presente um irmãozinho ou irmãzinha, me sinto muito só aqui. Os adultos estão sempre cheio de coisas pra fazer e nem sempre tem tempo. A tia Karin me falou que esse tipo de coisa se pede para a cegonha, mas não sei como falar com ela, então se não puder fazer isso, por favor mande essa carta pra cegonha, se você a conhecer, espero que conheça.
Eu acho que esse ano vai ser especialmente difícil você me encontrar, estou no esconderijo do meu sensei, ele é muito bom em esconder, por isso não brinco com ele, nunca o encontro, a ultima vez fiquei quase um dia todo procurando, acho que ele queria mesmo era não ser importunado, como fala o papai.
Bom, se não me encontrar, deixe meu presente com o Tio Naruto, ele eu sei que você conhece, e achar um dos seus clones é fácil.
Com amor, Aiko

Era uma cartinha da minha irmã, não imagino ela tão boba ao ponto de acreditar em cegonhas, papai Noel e coelhinhos da páscoa, mas pelo visto ela era pequena, bem pequena. Preso a essa cartinha tem outra, acho que foram as duas únicas cartas da minha irmã.

Papai Noel,

Eu já tenho idade pra saber que você não existe, na verdade no mesmo dia que escrevi a ultima carta descobri isso, graças ao Tio Suigetsu. Mas o Shino Sensei pediu que escrevêssemos e me fez prometer não contar pra ninguém que você não existe, então só estou fazendo o que me mandam.
Queria dizer que, mesmo não existindo você me deu meu presente, obrigada aliás. Mas eu deveria ter sido mais enfática em dizer que meu pedido não era somente ter um irmão, mas manter meu irmão comigo. Tsc isso é bem idiota, mas... Se você, mesmo não existindo, sabe dar presentes, me devolva meu irmão! Saber que ele pode estar em qualquer lugar do mundo, sozinho, com frio, com fome, ferido ou com medo, me deixa triste, me faz sentir impotente e egoísta.
Ps.: Se for pra devoler, devolva de verdade! mamãe não suportaria perder ele de novo.

- O jantar está pronto!
A fala da minha irmã me trás de volta para a realidade, eu dobro os papeis e guardo no bolso até conseguir guardar em outro lugar. O jantar segue normal, conversando e comemorando, praticamente toda a família está conosco, o Hokage e sua família inclusive. Tive problemas em me livrar do Boruto tempo suficiente para guardar a carta.
Logo os fogos começaram, era barulhento e eu só queria sair dali, então fiquei dentro de casa, na janela, um chocolate quente era minha companhia, eu me sentia sozinha como sempre, a falta de alguém, a diferença é que agora eu sei, essa saudade tem nome
- Feliz natal, meu irmão.

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