Storybrooke, Maine
A cidade estava livre de vilões, maldições e ameaças. Desde a primeira maldição — antes de ser quebrada por Emma —, que as ruas de Storybrooke não vinham tendo uma tranquilidade quanto agora tinham.
Os cidadãos de Storybrooke podiam finalmente preocupar-se apenas com o Natal. Essa festividade era muito apreciada por todos, acreditavam que era uma época onde a bondade se fazia presente e o melhor das pessoas se fazia visível.
As fadas decoravam a cidade com luzes pisca pisca e um aglomerado de gente construía a árvore de Natal. Esta era imensa e gigante, levou dias até estar completamente decorada, mas no fim, ficou lindo.
As famílias começaram a se juntar e a comprar presentes para colocar embaixo da árvore, escolhiam as melhores receitas de sobremesas e faziam doações.
Era realmente uma época em que se esqueciam do mal que tinha acontecido no passado e davam segundas oportunidades.
Contudo, havia uma pessoa que passaria o Natal sozinha: Regina.
A prefeita era ainda vista como a rainha Má e apesar de ter o Henry, o seu filho tinha sido convidado a passar o Natal com a sua mãe biológica e os seus avós. Não agradava nada ao mais novo ver a sua mãe, a mulher que tinha cuidado dele desde bebé, passar a época natalina sozinha. Ele sentia que a população estava sendo muito injusta com a sua mãe. E estava certo.
Regina já tinha comprovado várias vezes que estava diferente. Combateu contra os vilões que invadiram Storybrooke, salvou a cidade e os cidadãos centenas de vezes... mas parecia insuficiente. As únicas pessoas que acreditavam que ela tinha mudado eram o seu filho e a salvadora.
Desde o início que Emma acreditava na prefeita. O seu superpoder não mentia e as palavras sinceras de Regina fizeram-na acreditar em si. Swan não gostava de como a prefeita era tratada pelos cidadãos, repetia a si mesma diariamente que era capaz de fazer qualquer coisa para mudar isso. Mudar a forma como eles a viam.
Antes da maldição ser quebrada, a salvadora sentia uma irritação em relação a Regina, mas quando se permitiu conhecê-la, conhecer os motivos que a levaram a ser quem é, percebeu que ela não tinha tido culpa de tudo. Que embora tivesse escolhido a vingança, ela não podia ser a única culpada. Regina só se defendia de tudo o que ia sendo feito contra ela.
Emma sentia um carinho especial pela rainha. Esse carinho vinha do início, um pouco antes da maldição ser quebrada. Ela sabia que tudo o que ela tinha feito fora para proteger Henry e ela estava disposta a fazer tudo, mesmo que nem sempre fosse certo.
Regina também não podia negar que sentia um carinho — e uma certa atração — pela xerife. A loira que antes era intrometida, era agora a única amiga que ela tinha, a única pessoa com quem podia contar naquela cidade. Regina não tinha como agradecer a Emma por todas as vezes que a defendeu, estaria em dívida com ela para sempre.
Contudo, nem mesmo isso a permitia de não ficar sozinha no Natal. Enquanto na casa de Mary Margaret, a família "Charming" enfeitava a casa e preparava as sobremesas para o grande dia, na mansão de Regina, a morena limitava-se a fazer uma tarte de maçã. Estava sozinha e não sentia motivação para celebrar aqueles dias natalinos.
– Hey, garoto, está tudo bem? — Emma perguntou, percebendo o semblante tristonho do seu filho
– Eu não queria deixar a mãe Regina sozinha. Amanhã é a ceia de Natal e é tão injusto ela ficar só.
– Henry, já pedimos para não se falar sobre Regina — Mary relembrou.
Mary era de todas a que mais sentia raiva pela prefeita. Sentia raiva por tudo o que Regina lhe tinha feito e não suportava ver pessoas sentindo pena dela.
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Christmas Romance
RomanceA época natalina chega a Storybrooke. Finalmente , após um clima tenso e agitado, os cidadãos podem desfrutar de um Natal tranquilo. Contudo, Regina está sozinha. De modo a não deixar isso acontecer, Emma e Henry fazem-lhe uma surpresa.