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Tic tac, tic tac, tic tac, tic tac, tic tac, tic tac, tic tac, tic tac, tic tac, tic tac, tic tac, tic tac, tic tac, tic tac, tic tac, tic tac, tic tac, tic tac, tic tac, tic tac, tic tac, tic tac, tic tac, tic tac, tic tac, tic tac, tic tac, tic tac, tic tac,tic tac.
- Senhorita Mabel?
Tic tac, tic tac, tic tac, tic tac, tic tac, tic tac, tic tac, tic tac, tic tac, tic tac, tic tac, tic tac, tic tac, tic tac, tic tac, tic tac, tic tac, tic tac, tic tac, tic tac.
O ponteiro maior fica sobre o menor.
Agora o relógio está a marcar 07:35 da manhã.
Tic tac, tic tac, tic tac-
- Senhorita Barker? - escuto uma voz desconhecida me chamar.
Sinto uma mão pousar sobre o meu ombro esquerdo, me dando arrepios até a nuca.
- Srta. Mabel, a Senhora Lewis já chegou.
Encaro Bryant ao meu lado que está com uma expressão de preocupação. Seus olhos castanhos claros não estavam mais com o seu brilho habitual, mas a sua vestimenta, como sempre, está impecável com seu terno negro assim como os seus cabelos.
Ah, pobre homem...
- Bom dia, Sra. Barker.
A voz desconhecida chama a minha atenção novamente, e encontro a dona desta voz em minha frente. É uma mulher. Uma mulher extremamente elegante, que pode deixar outras mulheres com inveja de sua beleza, assim como eu. Seu vestido da cor violeta é tão chamativo quanto os seus cabelos ruivos, que ajudam seus olhos verdes a destacarem em seu rosto pálido.
A olho sem ter vontade de lhe responder. Como sempre.
- Irei deixar vocês duas a sós, com licença.
Sigo Bryant com olhar enquanto ele caminha até a saída do meu quarto, e depois volto a encarar o relógio de ponteiro preso na parede branca.
- Então. - começa a mulher sentada em uma poltrona próxima a minha cama, que é onde fico sentada a maior parte do tempo. - Vi que o seu nome do meio é nome de uma planta também, assim como o meu. - sorriu com os seus dentes amarelados. - Isso não é incrível?
Não respondo, e ela continua a falar: - O meu é Wisteria¹. Eu acho muito lindo esse nome assim como a flor, mesmo ela sendo tóxica. É interessante como uma planta pode ser tão bonita, mas pode ser tão perigosa.
Sim. Assinto. Isso é interessante, mas também é assustador.
Encaro os olhos esverdeados da mulher sorridente com curiosidade.
- A senhorita gosta de flores?
Será que Wisteria pode ser livre como as rosas?
"Nem todas as plantas podem livrar-se de suas maldições. Tipo as que são tóxicas ou as que não devem ser tocadas, elas irão morrer, mas mesmo estando mortas, ainda continuam tendo as suas maldições, e elas ainda podem te matar. Mas as rosas são diferentes, Mabel, elas só serão libertas quando elas morrerem sem os seus espinhos, assim não irá poder machucar ninguém quando a tocar. A morte é a sua salvação".
Lembro-me de suas palavras.
- Você não pode ser livre. - sussurro.
Lewis me encara com cenho franzido. - Como assim?
- Plantas que são tóxicas nunca são libertadas, mesmo estando mortas.
- Oh, bem... isso é triste. - me encarou confusa, provavelmente me achando louca - o que muitos suspeitam, e eu também. - Mas quem te falou isso?
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Blood Daisy
RomanceMabel sempre fora curiosa em qualquer assunto que passava pelos seus ouvidos, a dando várias consequências de suas más decisões que a curiosidade lhe dera, e uma delas é sobre Airon Bredeen. Um homem que sempre estivera ao seu lado observando e admi...