Capítulo 278

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Dois meses depois

Coringa

Desde o dia em que falei pra Mari não vir me vê, a gente não se falou mais, ela não me atende, não responde mensagem

Acho que ela falou prós pivetes não me falarem nada dela, porque se eu pergunto dela pra eles, cortam o assunto ou só dizem que ela tá bem ou trabalhando

Todo dia eu converso com os meus filhos, por ligação ou por mensagem

As vezes eu escuto a voz da morena, dar um alívio saber que ela tá bem, tô com saudade de todo mundo, mas principalmente dela

A tia Sara vem me visitar toda semana, ela tá com ranço da morena, se tocar no nome da Mari começa a xingar ela, a tia tá culpando a Mari por eu tá preso

Ela diz que a Mari não sabe fazer nada direito, não presta nem pra soltar o marido dela

Eu só peço pra ela não ficar falando mal da Mari, eu já tentei explicar o que aconteceu e ela não entende

Hoje é dia que eu tenho que ir lá na psicóloga, a Bruna, ela é mó chata, fica querendo saber como eu tô, querendo que eu fale sobre a minha família

Teve um dia que ela me fez tanta pergunta, eu já tava de saco cheio, aí perguntei o que ela queria, disse que queria saber dos meus filhos e da minha esposa

Eu disse que não falava da minha mulher, aí falei do Léo

Soares:Bora Coringa

Abriu a sela e sair, me levaram lá pra sala da Bruna, o guarda saiu e ela ficou me olhando sorrindo

Coringa:Qual foi?
Bruna:Eu tenho uma coisa pra te mostrar

Fiquei só olhando, ela pegou a bolsa e tirou uma foto, duas crianças

Bruna: Não te parece familiar?
Coringa: Não
Bruna:Ah vai, se esforça um pouquinho
Coringa:Fala logo o que é que tu quer

Bruna: Não acredito que não lembra
Coringa:Por que eu deveria lembrar?
Bruna:Por que não se esquece do primeiro amor
Coringa:An?

Bruna:A gente estudou juntos, namorávamos, te achava tão familiar, agora sei o porque
Coringa:Hum

Bruna: Você lembra desse dia?

Empurrou a foto pra perto de mim, fiquei olhando, foi no dia que teve o aniversário de um muleque da minha sala

As tias foram tirar fotos, puxei logo a menina pra tirar a foto comigo

Coringa: Você falou que o primeiro amor não se esquece né
Bruna: Não da pra esquecer
Coringa: Você tem razão, eu penso na minha mulher todo dia

Ela deu um sorriso forçado e guardou a foto colocou os braços em cima da mesa e ficou me olhando

Bruna:Sente muita falta dela?
Coringa:Pra caralho
Bruna:E como está sendo a distância?

Fiquei encarando ela

Bruna:Pelo que sei só tem uma senhora vindo te visitar, talvez a sua amada não sinta o mesmo, ou os sentimentos não são tão fortes ao ponto de vir lhe visitar

Coringa:Eu já te falei, não fala da minha mulher

Bruna:Ela é realmente muito importante pra você, toda vez que falo dela você me olha com esse olhar, como se fosse me matar

Coringa:Fala da minha mulher que quando você chegar em casa, o teu filho e o corno do teu marido vão tá pendurados no teto com o sangue deles pingando sobre a mesa

No Alemão - Segunda temporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora