Poor Guy - KazuScara

Cap 5.- Make It Happen.

 
Depois de passar a madrugada vendo artigos e vídeos no TubeTube, Scaramouche estava praticamente um especialistas em crianças.
A entrevista estava marcada às nove horas, não haviam muitos detalhes no e-mail, apenas que ele deveria ser extremamente pontual.

  O café da manhã do esquentadinho foi algumas torradas com um patê estranho que Kazuha fez.

Já faziam alguns dias que eles estavam vivendo juntos e tudo corria tranquilamente, Kazuha e Scaramouche passavam a maior parte do tempo trabalhando.

Assim que se arrumou para a entrevista, o enquentadinho recebeu uma mensagem em seu mais novo celular de última geração ultra mega pro max.

  Era de Thoma, dizendo que o novato deveria pegar algumas roupas na lavanderia depois do almoço, fazendo Scaramouche bufar de raiva.

  Ser staff de uma banda não deveria ajudar os membros com coisas da banda? Por que caralhos ele tinha que pegar cuecas na lavanderia, servir café e afins?

Se livrando desses pensamentos, ele saiu rapidamente em direção a sala reservada para a entrevista, o jovem estava um pouco ansioso, afinal, o CEO da empresa em pessoa faria a entrevista.

  Depois de poucos minutos no elevador, ele chegou ao andar correto, uma grande porta no final do corredor fazia seu coração tremer um pouco.

Três batidas.

Assim, um pedacinho de gente a abriu.

— Não tem pão velho.- A garotinha bateu a porta na cara de Scaramouche.

   Ele imediatamente quis dizer uma palavra muito feia, mas segurou cada palavrão em sua boca.

Segundos depois, ela abriu a porta novamente, deixando que Scaramouche entrasse.

— Eu vim para a entrevista.- Disse olhando em volta, mas apenas a garotinha estava lá.— Acho que errei a sala..

— Não! Aqui é o lugar certo, sente-se.- A dicção da garotinha assustou Scara, que se sentou lentamente.

— Então...

— Olha, você está aqui por que quer ser minha babá, então vamos direto ao ponto. Eu vou fazer algumas perguntas e você responde, simples né?

Essa definitivamente não era a conversa de uma criança de cinco anos.

— Por que quer ser minha babá?

— Porque seu pai paga muito bem.

A garotinha anotou em seu caderninho de unicórnio.

— Você já cuidou de uma criança antes?

— Não.

  Anotou novamente.

— Bom, por que eu deveria te contratar?

Scaramouche suspirou, isso só podia ser algum tipo de brincadeira.

— Primeiro, você precisa de uma babá. Segundo, eu sou um bom ouvinte e pelo visto você ama falar. Terceiro... não tem terceiro.

  Dessa vez, Nahida não anotou, inclusive, deixou seu caderninho de lado.

— Você parece ter uma vida bem chata, vamos fazer assim, me conta algumas coisas sobre você e eu vejo se vale a pena te contratar.

Revirando os olhos, Scaramouche pensou em coisas que pudesse falar para a nanica.

— Bom, eu sou órfão, odeio pessoas, gosto de ouvir música eletrônica estranha e comer comida fria, eu não terminei a faculdade e nem pretendo. Algo mais?