CAPÍTULO #7

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Noah McLean

A noite de Natal na casa da minha mãe era sempre um evento. Ela reunia as pessoas que amava, deixava a grande árvore de Natal repleta de presentes embaixo, e o vermelho era obrigatório nas vestimentas. Fazia tempo que não passava o Natal com minha família, e hoje descobri que minha família ainda mantinha contato com a família de Christian, e eles vinham na véspera de Natal para ajudar nos preparativos.

Descobri que era Christian o confeiteiro oficial da família e que seria ele que faria os docinhos e biscoitos temáticos.

Após trocar a roupa – já que a mancha do sueter não saiu nem com reza –, desço para a cozinha, atraído pelo cheiro delicioso e caseiro que há muito eu não sentia. Eu tinha preguiça de cozinhar, então quando vivia com… (o ser desprezível que não merece ser mencionado), eu comprava comida pronta ou congelada na maioria das vezes.

Paro na porta, surpreso com o que vejo.

Christian que estava na cozinha, pelo pouco que notei além dele, fazendo cookies de Natal. Ele sorria constantemente enquanto ajeitava tudo bonitinho na forma para assar. Cantarolava baixinho, e ainda estava devidamente caracterizado. Usava uma calça pijama branca, com estampas de papai Noel e o gorro do Noel continuava na cabeça.

Mamãe gostava de decorar a casa inteira, então nem a cozinha escapou dos enfeites de Natal. Quando cheguei aqui, eu me sentia enjoado a cada cômodo que eu entrava, mas observando Christian ali, tão à vontade, sorridente… e lindo, tudo parecia realmente perfeito.

— Posso comer um, titio? — Só então percebo a presença da minha irmã na cozinha, grudada como sombra em Christian, não tirando os olhos dos cookies recém feitos.

Christian sorriu, a erguendo nos braços como se ela fosse papel, pegando um biscoitinho e o assoprando, provavelmente porque estava quente ainda.

— Pode, mas será nosso segredo — Sussurrou, em um tom divertido. Clair riu cúmplice e concordou, dando uma mordida generosa no doce e enchendo Christian de elogios, bajulando ele para conseguir mais.

— Devo denunciar vocês por estarem comendo escondido sem mim? — Falo, resolvendo sair do meu esconderijo, chamando a atenção dos dois. Clair arregalou os olhos, como a culpada pega no flagra que era. E Christian apenas sorriu, daquele jeito sedutor e que me aquecia inevitavelmente.

— Se eu te der um, pode guardar segredo? — Christian entrou na brincadeira e eu me aproximei, sorrindo.

— Posso pensar no seu caso… — Insinuo e ele me encara, passando alguns segundos em silêncio, como se tentasse desvendar meu olhar em sua direção. Por fim, ele soltou um suspiro, pondo Clair no chão.

— Vai brincar lá fora, princesa, enquanto eu termino os doces — Christian pediu e Clair concordou prontamente assim que ganhou mais um cookie, correndo como se estivesse competindo numa maratona, saindo da cozinha. — Venha cá — Christian praticamente ordenou, me deixando curioso e confuso.

— Para quê? Vai me pegar nos braços e me oferecer biscoitos confeitados também? — Provoco, e seu olhar flamejante em minha direção quase me fez achar isso. Então apenas calei minha boca e dei a volta na bancada, me aproximando dele.

Tomo um susto quando ele me agarra pela cintura, me erguendo e me colocando sentado sobre a bancada, ficando entre minhas pernas.

— Christian! Ficou maluco?! Qualquer um pode entrar aqui! — Exclamo, baixo, tentando afastá-lo. Ele alcançou um dos biscoitos e o levou até minha boca, me fazendo engolir em seco. Tento pegar, mas ele afasta a mão rapidamente, me lançando um olhar repreensor, deixando claro que teria que ser do jeito dele.

Suspiro em desistência, abrindo a boca, deixando ele pôr o biscoito entre meus lábios. Mas para a minha surpresa, ele logo se juntou mais a mim, mordendo o restante que ficou fora da minha boca, unindo nossos lábios em seguida, em um beijo doce, com sabor de chocolate, me deixando aquecido, sem raciocinar.

— Christian… — Sussurro, com o pequeno intervalo de tempo que consegui no beijo, mas ele logo me beijou novamente, abraçando minha cintura e não deixando de notar o volume crescendo em sua calça. Por ser branca e fina, era impossível esconder. Além de que ele não usava camisa.

— Eu estou louco para te ter, Noah… Não consigo esperar mais… — Sussurrou, enfiando suas mãos por dentro da minha camisa, enquanto seus lábios desciam para minha orelha, chupando o lóbulo, me arrancando um gemido involuntário.

Céus, eu não vou aguentar…!

Em toda a minha vida, nunca havia me sentido assim, tão quente, tão desesperado por prazer, por querer ser agarrado. Nem mesmo com Leon me senti assim. Mas agora, com Christian, meu corpo parece querer entrar em combustão a cada vez que ele me toca.

Não precisa esperar…

Quando a Mágica Acontece - Conto Especial de Natal Onde histórias criam vida. Descubra agora