The Black Hole ○○○

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Nollu

Eu e Stolas estávamos caminhando lado a lado pelos corredores até os aposentos do mesmo, o lugar era grande então isso nos rendia uma boa caminhada. O silêncio era predominante mas não me importei com isso, a ausência de barulho era confortável para mim. Mas notei que Stolas não sentia o mesmo...

Não puxa assunto...
Não puxa assunto...
Não puxa assunto...

Stolas: Ei...

Aaaaaaah😢

Stolas: Nollu não é? - Pergunta sorridente. - Mas é Nollu do que?

Nollu: Nollu Hellmet, Alteza. - Respondo educadamente.

Stolas: Ora poupe as formalidades, me chame apenas de Stolas - Pede a coruja azulada. - Bem, não me lembro de nenhuma família goetia com esse sobrenome. A qual anel você pertence mesmo?

Chegamos em uma porta e ele logo a abre, revelando seu quarto. Era uma bela estrutura, digna de um príncipe goetico, mas por hora não perco muito tempo para admirar.

Nollu: Do orgulho, e eu não venho de uma família nobre. - Digo simplesmente. - Por isso não conhece meu nome.

Adentramos os aposentos, ou melhor, Stolas entra. Eu me detenho ao batente olhando uma planta carnívora, não pude resistir a fazer um cafuné nela.

Stolas me olha sorridente, e percebo que perdi minha postura pra uma planta. Tiro minha mão dela e volto a pose de guarda costas, sentindo um pouco de vergonha.

Stolas: Gostou delas? - Ele pergunta entortando levemente a cabeça para o lado, como um animal curioso. - Fique a vontade para acaricia-las, só tome cuidado para não arrancarem seu braço. - Ele dá um risinho e vai em direção a uma estante bem grande de livros.

Minha atenção saiu da planta e foi para a estante em questão de segundos. Me aproximo das longas prateleiras parando ao lado da coruja, enquanto as portas são fechadas por um diabrete que estava do lado de fora quando chegamos.

Stolas: Não é de uma família nobre, tem certeza disso? - Pergunta o mais baixo, e confirmo acenando com a cabeça - Isso é intrigante, conte-me mais sobre.

Ele caminha e se senta num sofá no canto perto da porta, dando tapinhas na almofada indicando para que eu me sente também. Caminho até ele me aconchegando ao seu lado, era tão macio que senti meus músculos relaxarem.

Nollu: É uma história confusa até pra mim, tenho poucas informações. - A coruja se reclina para frente mostrando interesse em ouvir, mesmo que não seja muito. - Não vai desistir tão cedo não é? Certo... - Respiro fundo e me preparo pra contar o pouco que sei sobre mim mesmo.

Minha mente viaja até as poucas memórias que tenho, onde me contam coisas sobre meu nascimento ou minha condição, e então as organizo na mente para contar à coruja.

Nollu: Eu sou um tipo de híbrido entre uma hellhound e um goetia, puxei toda a aparência do meu pai. Não o conheço, mas também não fui abandonado, ele só não sabe que eu nasci. - Digo expressando poico sentimento.

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