Aquela empresa era incrível, e ficava bem no centro da cidade. O único problema era o trânsito horroroso que eu inventava para ir e voltar. Em dias de chuva, eu demorava quase três horas e meia para chegar em casa.
Meu trabalho era criar alguns projetos para empresas relacionadas a meio ambiente. Era fantástico!
Meus pais estavam orgulhosos de mim, e eu estava muito feliz com o meu emprego. Passei a ajudar meus pais com as despezas da casa, mas percebi que precisava do meu espaço. Eu queria privacidade, mas minha mãe estava sempre entrando no meu quarto, que aliás, eu dividia com a Sofia, e isso era horrível! Ela entrava e saía, e eu não conseguia me concentrar nos meus projetos.
Sem pensar muito, entrei em um site para procurar algumas casas e apartamentos para alugar. Já faziam seis meses que eu estava trabalhando, e já tinha minhas economias.
Decidi falar com meus pais sobre isso, e eles me apoiaram muito. Me apoiaram tanto, que comecei a achar que me queriam fora de casa o mais rápido possível. Meu pai me deixou ficar com o carro, e dei pulos de alegria, combinamos de visitar alguns imóveis para decidir com qual eu ficaria.
No dia seguinte, depois do trabalho, me encontrei com minha mãe e minha irmã, para visitarmos alguns imóveis no centro da cidade, onde eu estava decidida a morar. Estava decidida até ver o preço de um apartamento no centro de São Paulo.
No dia seguinte, encontrei o anúncio de um apartamento que parecia ser perfeito pra mim, e era. Marquei o corretor e o proprietário. Descobri que o apartamento pertencia à falecida filha de um advogado. Devido a essa informação, fiquei um pouco indecisa em fechar negócio, mas não queria mais perder tempo. E outra, é bobagem ficar com medo de gente morta.
