Capitulo 5

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POV BIBI

Passou duas semanas desde que a Maria Eduarda me beijou, não que isso fosse tão importante pra mim porque nada se igualava ao que eu sentia por Kayan, só que ela parecia diferente e mais quieta.

Falava um oi timidamente de longe e não se aproximava como antes parecia sempre estar analisando os estudantes no pátio

— Você e a Duda? Nunca mais ficaram ?

A voz de Fael me despertou

— Não

— Bianca é uma santa, destinada a um príncipe encantado
Arthur fez uma piada que riram exceto eu

— Se soubesse que você ia ficar só uma vez tinha pedido a gata em namoro

— Você só se esquece que pra isso ela tem que querer

Respondi com tanta firmeza que acho que até fiz careta

— Olha só Bibi não é querendo defender ninguém — Arthur levantou os braços antes de terminar — Mas se você não quer ela, logo ela vai querer alguém

Não tinha parado pra pensar nisso

— Desejo boa sorte, não á ela mas a pessoa que ela escolher será um sortudo

— E pode ser eu
Fael piscou

— Ou eu
Bruno se manifestou pela primeira vez Na história

— Pelo amor de Deus! — Arthur gritou — Esse grupo não nasceu pra namorar

— Eu só namoro com uma pessoa específica

— Kayan
Falaram juntos e sorri feito boba

Fomos interrompidos por uma gritaria que se iniciou no corredor, não era frequente ter brigas mas quando tinha era bem feio

Saímos em direção a quadra, vi a Maria Eduarda estática e confusa olhando aquilo e fiz a primeira coisa que me veio à cabeça. Fui até ela e peguei sua mão levando junto com a gente, os meninos olharam confusos e fiz uma cara alertando para que ficassem quietos.

— Meu Deus minha mãe tinha razão

— Sobre?

— Sobre essas brigas de grupos. Que coisa feia!

— Isso acaba muito mal, É preciso cuidado

— Vocês participam disso?

Fiquei seria

— Não acredito Bianca

— Só quando mexem com a gente, por isso saímos de lá

— Isso é perigoso

— O portão tá travado, não dá pra sair agora
Fael disse, olhei para todos os lados e lembrei de
Um lugar tranquilo, guiei a Duda e os meninos vinheram em seguida

Sentamos em baixo de uma árvore e ela olhava pro horizonte, parecia bem nervosa

— Como sua mãe sabe sobre as brigas?

— A diretora ligou avisando

— Acho que sua mãe é a única pessoa que sabe
Arthur riu da própria conclusão

— Qual motivo das brigas?

— Ah sempre são motivos diferentes mas algumas vezes é por desentendimentos dos membros as vezes por besteiras

— E o Kayan?

— Kayan é elite — enquanto Bruno falava eu sorri lembrando — ninguém mexe com ele

Duda me olhava de um jeito curioso

— Ele é filho de um secretário de estado
Expliquei

— Hum entendi

— Ele é perfeito

— Menos Bianca
Arthur me repreendeu sério

— Não existe pessoa perfeita
A Duda falou e riu

— Como assim não existe? Olha pra você Eduarda ! — Fael parecia ver algo sublime — Você é linda, simpática, gentil e mil outros adjetivos! Você é perfeita

A olhei por um longo tempo e era inegável o quanto ela era linda

— Beleza não quer dizer nada!
Ela disse sem jeito — Se eu fosse perfeita conseguiria tudo que eu quero

— Use suas armas
Sugeri

— Talvez minhas armas são armas erradas

— Refletivo

— como sabe quais as armas certas?
Arthur perguntou curioso

— Sei porque as minhas não funcionam e a dos outros sim

— Está falando de alguma coisa específica?

— Sim, desculpa.

— Tudo bem Duda — Fael estava quase abraçando ela mas algo fez ele desistir

— Bom, o portão abriu e eu vou nessa. Obrigada pelo cuidado Bianca

Ela se aproximou e beijou meu rosto saindo em seguida dali

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