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Lz

Ajeito meu paletó com uma mão segurando o celular no ouvido com a outra escutando teti por teti do que estava rolando no morro

Passo a mão rosto vendo o magrinho me olhar com a curiosidade nítida em saber oque era

Depois que o Yago foi preso, ajeitei o Caveirinha de frente, mas ele não tá sabendo comandar o morro, no início quis por o Caleb, mas ele não quis largar a vida de trabalhador pra voltar pro tráfico, e bom, não julgo a vida e dele

Pelo visto, vou ter que voltar pro Rio, não estava nos meus planos ir pra lá por tão cedo, mas o morro e uma responsabilidade imensa e eu só desisto dele quando eu morrer

Comecei com mercado de vendas ilegais e exportações de drogas é armamento, abri um mercado financeiro corrupto com o Malcoln, nunca ganhei tanto dinheiro em toda minha vida

Acho que nunca foi segredo pra ninguém a minha ambição por dinheiro e crescimento no ramo do crime, estou no ápice da minha vida financeira, até uma ilha eu tenho, comprado com dinheiro vivo

Ajudo imigrantes em todo mundo a entrar nos países ilegalmente através de navios cobro 26 mil dolares por cada imigrante, acima de 5 anos já paga

Nunca deu errado, o Malcoln quer me dar Vinte e oito bilhões de dolares pelos meus transportes pra ele começar a trabalhar nesse ramo, eu decidi vender de papel passado, já queria sair disso a um tempo

Desligo o telefone olhando pro magrinho

Magrinho: conta pra nós ai viado qual foi

Lz: viado e minha pica, vamos ter que voltar pro rio pô

Magrinho: graças a Deus, finalmente você vai tomar um sol, tá branco igual papel, parece até que tá anêmico

Lz: e você deveria ficar na sombra, só não no escuro porque se não ninguém te ver, seu linguarudo

Magrinho: isso e racismo amado?

Lz: não, jamais, eu gosto de um cu preto

Magrinho: sai dai Lorenzo, viadagem do caralho

Lz: manda ajeitarem o Avião particular, quero sair daqui antes das 4 da tarde

Magrinho: jaé chefia_fala saindo de perto de mim_

Lz// bom dia maitê
Lz// contrata alguém pra faxinar meu barraco, quero tudo limpo antes das quatro

Maitê// vai vim?
Maitê// trás uma lembrancinha pra mim
Maitê// uma bolsa da prada por favor

Lz// vou pensar

Desligo o celular pegando meu carro pra comprar uma lembrancinha pra Maitê e pra minha mãe

Escolhi uma bolsa pras duas, comprei um colar pra Elena, que não quer me ver nem pintado de ouro mas a mina fortaleceu ajundando minha mãe a cuidar do meu pivete, os bagulho caro do caralho se fuder mané

Ajeito o relógio que a Maya me deu no pulso entrando de novo no carro

Assim que estaciono o magrinho vem gritando de lá pra cá

Sai da favela mais a favela não sai do corpo

Magrinho: o avião vai sair as 3:00 Lz

Desço do carro entrando na minha casa e sendo seguido por ele

Lz: jaé Parceiro, comprei Starbucks pra nós quer?

Magrinho: sempre_ fala tomando a sacola e saindo correndo_

Filho da puta viu

Destino CruzadoOnde histórias criam vida. Descubra agora