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-- maraisa que fotos são essas? Você está trabalhando disfarçada novamente? E olha o tamanho dessa saia eu imagino ate onde foi que você usou esse disfarce.

Ele falava com o tom de voz alterado.

--Eu sou uma detetive, sempre trabalho disfarçada, então não venha gritar comigo que você sabe que eu odeio quem gritar comigo.

--Eu não vou discutir mais sobre isso, agora vamos.

Ela se martirizou pois não tinha bloqueado as fotos como sempre fazia, ela acabou de trocar-se e saíram em direção da praia, o dia foi tranquilo com exceção que no final da tarde eles estavam voltando para o carro quando um moleque coloca uma faca na cintura dela e anuncia um assalto.

--Aê tia passa o celular, e você mané fica na sua se não quiser que eu mate essa gostosa.

Ela olhou de lado e viu que não passava de um moleque com uma faca de cozinha, ela olhou para o esposo que fez um não com a cabeça e ela deu um sorriso de lado e com apenas um bote dominou o menino fazendo ele soltar a faca

-- Danilo pega minha algema dentro da mochila lá no carro.

--Você é maluca, poderia ter se machucado, não acredito que toda vez tem que dá uma de mulher maravilha e querer salvar o mundo.

-- Danilo para de falar e vai buscar as malditas algemas ou vou ter que usar de violência com esse moleque fazendo com que ele apague e eu mesma vá pegar, dai se você vier me encher a paciência porque sou muito violenta, eu vou mandar você comer merda.

Ele saiu pisando firme e falando desaforos, ele realmente odiava o emprego dela, não só o emprego e como bom historiador e filosofo ele não suportava todas as instituições militares e qualquer tipo de polícia.

--Toma aqui antes que você mate o garoto, que só está nessa situação por causa dos governantes de merda que escolhemos. - Ele jogou a mochila dela no chão.

--Está bem, agora abri o bolso pequeno da frente.

Ele assim fez, ela o algemou e já estava com vontade de dar umas tapas no moleque pois ele ficava pedindo para ela o soltar.

--Pronto rapazinho vamos ali no posto policial para eles te levarem para DPCA (departamento de polícia da criança e adolescente).

--Vou ficar esperando no carro.

Seu marido falou dando as costas, logo ela entregou o menino para dois militares que agradeceram pois a muito tempo queriam pegar o menino, assim que ela voltou para o carro o seu marido começou a criticar desde de Pedro Álvares Cabral até a o vereador da cidade, ela já acostumada com isso desenvolveu como se fosse um dispositivo de "mudo" em sua cabeça, e fingia que estava escutando tudo o que ele estava dizendo, mas não prestava menor atenção, assim que chegaram em casa o seu parceiro liga.

--Oi Bruno?

--O Perez já sai amanhã e ainda essa semana a nova delegada chega

--Delegada? É uma mulher?

--Isso mesmo, não perguntei o nome dela, mas só sei que ela vem transferida do interior.

--Nossa não pensei que seria tão rápido.

--Também, não onde você está?

--Em casa acabei de chegar estava na praia, tentando distrair um pouco.

-- Então vá descansar que eu estou fazendo o mesmo depois da noite que tive.

--Amanhã quero detalhes, boa noite para você.

Despediram-se e ela desligou o telefone, ela colocou uma roupa bastante confortável e se jogou na cama pois adorava dormir, logo pegou no sono e só acordou no outro dia.

Restarte/MalilaOnde histórias criam vida. Descubra agora