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-- Eu tenho que ir. - Ela falou abrindo a porta do carro sem olhar para a loira.

-- maraisa espera, desculpa...

Não teve tempo para concluir pois a outra fechou a porta do carro e abriu o portão da sua casa.

-- maraisa te liguei pois vi esse carro parado ai na frente, fiquei com medo que fosse alguém te esperando sei lá.

--Não só peguei uma carona com a nova delegada.

Mal olhando para cara do marido, colocou a arma e o distintivo na gaveta de sempre e partiu para o banheiro em meio as perguntas do seu marido.

-- Por que você veio de carona? Onde está seu carro?

-- Está na delegacia, eu e o Bruno saímos para conversar um pouco e acabei bebendo umas doses, nada que me impossibilitasse de dirigir, mas o Bruno insistiu para eu não dirigir então como a delegada mora na orla aqui perto me deu carona.

- O que houve ? Você só bebe quando alguma coisa te está te incomodando ou quando está estressada.

-- Esses assassinatos que estão tirando minha paciência.

-- Os dos gays? - Ela confirmou com a cabeça ja entrando no banho. -- Ja tem algum suspeito?

-- Ainda não, mas vou prender esse desgraçado.

-- Que pena, mas ele tem alguma coisa com os viados antes de matar, não concordo com a morte de ninguém, mas esses viado ficam tudo por ai fazendo coisa errada da nisso.

Nesse exato momento ela apertou o sabonete com tal força que ele dividiu-se em dois.

-- Você está maluco, que espécie de ser humano é você? Acha certo acabar com a vida de uma pessoa apenas por não ser igual a você? -Ela ficou revoltada.

-- Não estou dizendo isso, eu só acho uma pouca vergonha, e você sabe o quanto Deus puni esses pecadores.

-- Só se for o seu Deus, que o Deus que eu creio é um Deus de amor e não um Deus que puni, e humilha seus filhos

-- Por que tanta revolta? O que deu em você?

-- Por que foi eu que fui na casa de cada mãe dessas pessoas que foram brutalmente assassinadas por um criminoso, cada mãe que está chorando a morte do filho e da filha, cada família que nesse momento está chorando por perder um ente que ama.

Ela gritava com ele já fora do chuveiro.

-- Calma só estamos conversando, não precisa me engolir.

-- Sabe de uma coisa vai dormir que ainda vou trabalhar.

Ela se enrolou na toalha, pegou uma calcinha e um blusão vestiu e foi par o segundo quarto onde ficava um escritório e biblioteca. Ele nada falou, foi deitar e ela não parava de pensar no beijo nunca sentiu nada parecido, e se o Bruno estivesse certo? Será que ela teria coragem de fazer algo mesmo? Ela aproveitou o tempo em frente ao computador e abriu o seu Facebook e viu que o Bruno tinha adicionado a Marília, logo ela entrou no perfil dela, viu algumas fotos, sempre só, não continha informação nenhuma sobre sua vida, também com a profissão que tinha não poderia arriscar, ela abriu uma foto do seu perfil e ficou admirando como a loira é linda

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O/A assassino está debaixo do nariz de vcs

° ADAPTAÇÃO

Restarte/MalilaOnde histórias criam vida. Descubra agora