How To Be A Family | Wolfstar (Sirius Bottom)

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Sirius podia ser muito territorial com sua família. E, bem, às vezes ele realmente era.

Hazzy tinha apenas dois meses e até então só conhecia seus pais. Nesse período, Sirius queria garantir que apenas seu cheiro e o de Remus   estariam no filhote, e como o alfa também era muito territorial, amava a ideia de poder acostumar o bebê com seu cheiro antes de ele precisar ter contato com outras pessoas.

O aroma de Sirius era composto por morango marcante, e um toque suave de baunilha que lhe acompanharia até que ele parasse de amamentar  Harry. O aroma de Remus era composto por hortelã e gengibre. A combinação dos dois cheiros estava em todo o apartamento, mas eles  liberavam feromônios mais leves para não incomodarem o pequeno filhote,  que ainda não podia sentir aromas muito fortes.

O filhote ômega tinha um cheiro ainda muito fraco de baunilha, mas não era definitivo. Da mesma forma que podia permanecer com esse aroma docinho e suave, podia mudar para algo mais parecido com os aromas de seus pais, ou algo único que ele iria desenvolver ao crescer. Sirius torcia pelo cheirinho de baunilha, já que estava apaixonado pelo aroma suave.

Quando amanhece na casa dos Lupin — a nova geração dos Lupin —, o alfa é o primeiro a se levantar, deixando um beijo suave na bochecha de seu ômega, que ressonava cansado na cama. O filhote, que estava dormindo por um tempo em seu berço no quarto do casal, ainda estava dormindo tranquilamente, provavelmente muito cansado por ter passado a noite chorando.

Remus faz suas higienes matinais e vai para a cozinha preparar o café da manhã, cantarolando uma música baixinho. Nesses primeiros meses do bebê, ele e Sirius estavam afastados do trabalho, para não correrem o risco de trazer  outros cheiros para dentro de casa, já que isso poderia fazer mal para Harry. Somente saíam quando era necessário, para fazer compras, colocar o lixo para fora ou tomar um pouco de ar fresco, mas  sempre procuravam se aromatizar antes de entrarem em casa, afastando qualquer  cheiro que pudesse ter impregnado neles no caminho.

Por isso, o alfa se sentia meio "desocupado" e procurava sempre se manter fazendo alguma coisa. Não abria mão do preparo do café da manhã, amando poder servir sua família logo ao amanhecer. Seus instintos fazem com que ele queira estar sempre fazendo tudo que Sirius e Harry precisam, desde coisas bobas a coisas extremamente importantes.

O alfa coloca água para ferver e começa a procurar pelas coisas que vai precisar, abrindo e fechando armários tão silenciosamente que parecia não haver ninguém na cozinha. Ele tinha movimentos suaves na cozinha, gostava de preparar diferentes receitas, era como uma terapia para ele, se aventurar cozinhando coisas que nunca havia feito era como desbravar um caminho nunca percorrido por ele, e preparar as receitas que mais amava, sabendo-as decoradas na mente, era simplesmente gratificante.

Ele prepara o que sabe que Sirius gosta: chá Yorkshire, panquecas com chantilly, torradas, frutas cortadas em quadradinhos e suco de maracujá para começar bem o dia. Preparou para si um café, torradas com geleia e panquecas sem cobertura, porque ele não gostava de cobertura.

Enquanto termina de colocar a mesa, o alfa ouve resmungos vindos do quarto, reconhecendo imediatamente ser seu filhote. Ele rapidamente ajeita o carrinho de bebê na cozinha, ao lado da mesa, e então corre para o quarto, encontrando o filhote se remexendo no berço, seus bracinhos para cima se balançando, seus lábios tremendo, prestes a chorar.

Remus o pegou no colo prontamente, saindo do quarto com ele, para que não acordasse Sirius. Pelo cheiro, era hora de trocar a fralda. O alfa o levou para o quarto ao lado, que já estava pronto para o bebê, que só dormia no quarto do casal por sua segurança nos primeiros meses.