07| O QUE ESTÁ ACONTECENDO COMIGO?

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— Noah J

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— Noah J. Urrea

Estou sentado no sofá enquanto espero o Alex chegar, falando nisso ele está demorando muito pra quem só iria comprar algumas coisas no mercado que não é tão longe daqui, é melhor eu ligar para ele.

Na hora que eu pego o meu celular ouço a campainha tocar, abro a porta e fico em choque com a cena que vi.

Alex estava com o corpo todo machucado e Savannah o ajudando a andar.

Senti um aperto no coração ao ver Alex nesse estado.

— O que aconteceu? Alex quem fez isso com você? — Estava nítido o quanto eu estava preocupado.

— E por acaso você se importa? Não era você que me odiava? — Nesse momento ele me deixou sem resposta.

Eu realmente o odiava mas, vê-lo nesse estado... eu não sei explicar, eu realmente estava preocupado com ele.

— Mas é claro que eu me importo, agora responde, o que aconteceu? — Sav o leva até o sofá.

— Eu estava voltando do mercado quando uns caras começaram a falar umas coisas e eu respondi, aí um deles me deu soco e eu revidei só que não deu pra me defender quando os outros dois garotos vieram pra cima de mim, acho que eles só não me mataram por que a Savannah chegou.

— Muito obrigado Savannah, mesmo, não quero nem imaginar o que teria acontecido se você não tivesse chegado. — Eu digo olhando para Savannah.

— Não foi nada, bem, é melhor eu ir, o Josh deve estar preocupado. — Diz se levantando é saindo. — Tchau meninos.

— Tchau Sav. — Ela abre a porta saindo logo em seguida. — Eu vou pegar o kit de primeiros socorros pra cuidar desses machucados. — Digo indo até o armário da cozinha. — Por que fizeram isso com você? — Digo voltando para a sala enquanto olho para Alex.

— Não é óbvio? É por que eu sou gay. — aquelas palavras doeram no fundo da minha alma, principalmente por ele ter dito isso como se fosse uma coisa normal

— Por que você fala isso assim? Como se isso fosse algo comum? — Pergunto olhando no fundo dos olhos dele.

— Por que é. — Ele sussurrou com os olhos marejados, doeu tanto vê-lo assim, mas tanto, ele não merece isso. — Chega em um momento que a gente tem que aprender a lidar com esse tipo de coisa.

— Ninguém deveria passar pelo que você passou hoje. — Começo a limpar os machucados no seu rosto. — Eles poderiam ter te matado.

— Era isso que eles queriam fazer, e só não fizeram por que a Savannah chegou antes. — Diz deixando uma lágrima escapar e eu a limpo logo em seguida. — São em momentos assim que dá uma vontade de voltar pro armário sabe? — Aquilo tocou em mim de um jeito.

— Você não pode fazer isso. — Digo olhando no fundo dos olhos. — A dor de não poder ser quem você realmente é, as vezes é tão grande quanto a de não ser aceito. — Talvez eu tenha dito mais do que devia.

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