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001

— Crianças, esse aqui é o Hiroki, o mais novo coleguinha de vocês! Eu espero que todos o tratem bem, ok? — Sunoo dizia sorridente no lugar de Hiroki, já que o garotinho estava tímido e não queria se apresentar na frente de todos. —

Após a fala de Sunoo, Hiroki foi em direção ao tatame que tinha vários números espelhados e se sentou próximo a parede.

— Bom, hoje eu trouxe algumas massinhas para vocês. Será dividido um grupo de quatro crianças para um potinho de massinhas, pode ser? — Ele perguntou para as crianças, se preocupava com as decisões delas, mas logo abriu outro sorriso quando viu que todas as crianças concordaram. —

Todos os grupos estavam praticamente feitos, e Sunoo ficou até feliz que um outro menininho chamou Hiroki para se juntar ao seu grupo. Após todos os grupos formados, Sunoo deu um potinho com várias massinhas pra cada grupo. Todas as crianças já estavam brincando com as massinhas. Sunoo avaliava o comportamento das crianças, para saber se estavam bem ou precisavam de ajuda.

Até que ele avista uma menininha — Lee Min-soo — aparentava estar quase chorando, então Sunoo foi até ela.

— Meu bem, o que aconteceu? — Ele perguntava calmamente para a pequena garotinha em sua frente. —

— A So-hee não quer dividir a massinha rosa comigo, tio Sunnie! — Ela falava com algumas lágrimas em seu rosto. —

— Hee, por que não quer dividir a massinha com a Soo? — e mais uma vez, Sunoo perguntou, mas não para Min-soo, e sim para So-hee. —

— Porque é a última rosa, tio Sunnie! — a menina o respondeu. —

— Você me emprestar a massinha rapidinho? — Ele a perguntou, novamente. —

A garotinha apenas assentiu e entregou a massinha para Sunoo, que a repartiu no meio e deu uma metade para cada uma das meninas.

— Prontinho! Agora não precisam mais brigar!

A garotinha que estava chorando, abriu um sorriso e abraçou Sunoo.

— obrigada, tio Sunnie!

— De nada, meu bem! Qualquer coisa, chamem o tio Sunnie, ok? — as quatro garotinhas ali assentiram e continuaram a brincar. —

Sunoo se levantou e sentou em sua cadeira novamente. Quando se sentou, seus olhos focaram em Hiroki, vendo a criança sorrir com seus colegas. O sorriso de Hiroki realmente o lembrava Riki, e isso doía em Sunoo. Era difícil aceitar que a pessoa que você amou lhe largou e voltou após tanto tempo.

Sunoo olhou para o relógio que estava na parede da sala e viu que era oito e quinze, perto do horário da aula de música. Eles tem apenas quatro anos, mas já tem a mente avançada. Não tinha tantas coisas difíceis nessa aula, apenas algumas músicas infantis e algumas crianças tocando uma flauta ou uma gaita na frente dos colegas.

— Crianças, vamos guardar as massinhas? Já está perto da aula de música! — ele ouviu algumas crianças reclamando, mas elas guardaram as massinhas no potinho e entregaram para Sunoo —

Ele deixou os potinhos com massinha dentro do armário e avistou Jay, o professor de música abrindo a porta da sala e entrando nela.

— Olá, crianças! Tio Jay tem novas músicas pra mostrar a vocês! — O Park falou com um sorriso no rosto, arrancando outros sorrisos também. —

As crianças formaram uma fila, que de um lado tinha as meninas e do outro os meninos. Enquanto eles iam embora, Sunoo fazia um sinal de tchau com as mãos para as crianças. Depois que elas já estavam fora da sala, ele separou alguns desenhos de bichinhos, personagens e objetos com carinhas. Junto com os desenhos, pegou uma caixa enorme cheia de lápis de cor e giz de cera.

Enquanto Sunoo arrumava os materiais, Riki o observava, pensando como seria se não tivesse obedecido aquela pessoa. Será que ele, Sunoo e Hiroki estariam bem? Eles iriam conseguir ser uma família feliz como planejado? Se passava muitas coisas na cabeça do garoto, que foi tirado de seus pensamentos quando Sunoo o olhou.

Sunoo percebeu que ele estava o encarando, e o encarou de volta. Depois de todos esses anos, por que ele voltou do nada? Por que ele sumiu? Por que ele quis sumir com seu possível filho? Também se passava muitas perguntas na cabecinha de Sunoo. 

O mais baixo observou Riki ir embora, sem olhar pra trás. Ele estava diferente, não parecia o antigo Riki. Ele não tinha mais os cabelos tingidos de loiro, agora eram pretos. Sunoo não era mais alto que ele, Riki estava mais alto. Sunoo sentia falta do antigo Riki, mas não podia o ter de volta.

Sunoo pensava em momentos que teve com Riki.

" — Sunoo hyung, eu te amo! — Riki dizia enquanto me abraçava por trás —

— Eu também te amo, saeng! Mas você me desconcentra, eu vou queimar a comida! — Eu dizia enquanto mexia os ovos. —

— Não tem problema, hyung! A gente pede uma pizza, que tal? — Ele sugeriu ainda me abraçando. —

— Mas Niki, eu tô com vontade de comer de comer ovos! — Eu o respondi. —

— Aish, ok! Contando que você e nosso bebê fiquem bem... — Niki disse e deixou um beijo no meu pescoço. — "

Sunoo tinha seus olhos cheios d'água. Ele não entendia por que ele decidiu sumir. O Riki de antigamente estava tão feliz por ter finalmente uma família com Sunoo, por que sumiu? Alguém o forçou a fugir com meu possível filho? Será que meu filho ainda está vivo?

— Sunoo? — Ele ouviu a voz de Yunjin, então se virou pra ela. —

— Ah, oi Yun! — disse passando seus dedos em seus olhos e abriu um sorriso fraco. —

— Eu trouxe aquele óculos que você pediu no dia que fomos na loja... — Ela dizia com uma cara desconfiada enquanto olhava para o meu rosto. —

— Obrigada, Yun! Te devo uma!  — falou e pegou o a pequena sacola que estava o óculos. —

Sunoo abriu a sacola e pegou a caixinha que tinha o óculos e a abriu. Ele colocou e olhou na tela de seu celular.

— Jin, o que você achou. — dizia enquanto fazia umas posses. —

— ficou lindo, amigo! Se eu não namorasse a Kazuha, eu te pegava! — ela dizia sorrindo —

Eu ri da fala dela. Yunjin faz parte do trio composto por mim e Sana. Nós três vamos a todo lugar juntos, não importa se for pra ir na esquina, estamos juntos. Elas são meio fora do normal, mas são legais. Eu vi as crianças se aproximarem e entrarem na sala rindo.

Quando todas já estavam sentadas, entreguei os desenhos e coloquei a caixa de lápis no centro do tatame. E vamos continuar ao trabalho!