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Flora

Talvez estivéssemos indo rápido demais. Era a terceira vez que eu trocava de roupa, por mais que fosse apenas um piquenique, era muito importante para mim.

Faz algumas semanas que nós conhecemos, a gente vem conversando bastante, temos mais coisas em comum do que imaginávamos, a presença dele é incrível.

O que mais me dá medo, com certeza, é a mídia, as vezes as pessoas não tem noção do quando elas machucam os outros, por simplesmente estar ao lado de alguém.

Ontem João me chamou para ir fazer um piquenique no parque em que costumávamos andar as vezes quando ele me chamava para almoçar no meu intervalo.

Finalmente eu decidi minha roupa, era um vestido rosa bebê com algumas flores rosa mais escuro, indo até o meio da coxa.

Fiz uma maquiagem básica da básica, e prendi minha franja, que não é tão franja, (é apenas parte do cabelo da frente que vive caindo no meu rosto) com uma piranha branca. 

Eu estava levando uma eco bag que eu comprei em uma feirinha em um dos meus primeiros dias aqui em Madrid, quando decidi explorar a cidade. Pelo que João disse, ele teria tudo pronto, e eu não precisaria levar nenhuma comida, mas mesmo assim resolvi fazer um brigadeiro, já que eu acho que ele nunca comeu, e um dos meus vinhos favoritos.

Chegando no parque, Félix me mandou sua localização, já que o parque era grande e ele não iria conseguir me encontrar no inicio. Ele estava em um espaço perto do lago que havia lá, bem grade inclusive. Havia um toalha xadrez, branca e vermelha, estendida pela grama, tinha um prato de morangos cobertos com chocolate, uma jarra de suco, um prato de salgadinhos e mais algumas guloseimas.

Assim que ele me avistou, abriu um sorriso e veio em minha direção, e me deu um abraço apertado.

— Você esta linda — Comentou e eu dei um leve sorriso envergonhado.

— Obrigada, você também, — Ele usava uma bermuda branca e uma blusa cor cáqui.

—Vem, senta. — Falou me guiando até a toalha.

O céu estava rosado, era mais ou menos 17:00 da tarde, e o sol estava começando a se por. A tarde se passou tranquilamente, andamos de pedalinho pelo lado, que foi uma luta, já que quem estava fazendo mais esforço era ele.

Agora estamos indo até um carrinho que vende sorvete de casquinha, o meu favorito.

— Vai querer do que? — Ele disse pegando a sua carteira.

— Eu vou querer de algodão doce, mas pode deixar que eu pago! — Protestei, o que era verdade, ele estava fazendo muito por mim.

Depos de uma breve "discussão" ele acabou cedendo. Eu peguei um de algodão doce e ele de chocolate

Ele se inclinou e deu uma lambida no meu sorvete, que deixou uma mancha acima do seu lábio superior, como um bigode de leite.

Mordi o lábio para não rir.

— O que é tão engraçado? — Perguntou fingindo estar ofendido.

— Nada — Disse rindo, estão estendi o braço para frente, com um guardanapo na mão, na intenção de limpar seu lábio.

Então suas mãos rodearam minha cintura, e depois de tirar o sorvete que havia, ele afrouxa o braço e sua respiração se altera. Ele recua e a mão que envolvia minha cintura sobe pelo meu braço. A outra, gentilmente, permanece no meu quadril. Um arrepio percorre meu corpo e prendo a respiração, mas meu coração soluça. Ele segura minha bochecha com uma mão e aproxima o rosto.

— Posso?

E sem responder, selo nossos lábios, o que foi uma surpresa para ele.
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Finalmente postei um cap KKKKKK não sei se eu gostei ou fez muito sentido, mas eu estou com um pouco de bloqueio, espero que gostem 🙌🏻! E obgd pelos comentários ❤️
Palavras: 621

𝐀𝐋𝐋 𝐎𝐅 𝐌𝐄 || João FélixOnde histórias criam vida. Descubra agora