𝐀𝐋𝐋 𝐎𝐅 𝐌𝐄 || João Félix

015

Flora

O que esse menino fez comigo? Eu literalmente penso nele 24hrs por dia, sem brincadeira.
Ele me mandou mensagem hoje, sábado de manhã, me chamando para sair, e eu estou nesse exato momento prestes a mandar um

"Oi João, desculpa a demora, eu aceito o seu convite" o que estaria mais para um "Oi João, eu sei que eu te ignorei todos esses dias, mas eu estou com saudades, então sim, eu aceito seu convite"

Eu sou uma tonta mesmo, mas o que eu posso fazer??
Respirei fundo e apertei o botão de enviar, o que por segundos eu não acreditei.

Já estava feito, foi tão simples.
Eu me distrai, saindo de todos os meus pensamentos que, naquele momento, só giravam em torno do João, quanto ouvi um ronco vindo do meu quarto. Era a Lorena, ela capotou ontem a noite, e o menina que ronca!

Entrei na ponta do pé, sem fazer um barulho, e comecei a revirar o meu armário em busca de alguma roupa confortável para poder ir na padaria. A mudança de clima daqui é absurda! hoje o clima não estava gelado, estava confortável.

Então vesti um vestido despojado e uma sandália, e fui até a padaria pegar pães, frios e alguns doces para podermos comer.

João

📍Civitas, Estádio em Madrid

Pleno sábado 8:00 da manhã e eu já estou no CT, eu precisava dar uma resposta urgente para o Barcelona.
É, eles estão interessados em me contratar, e o melhor para mim é assinar esse contrato de uma vez por todas, mas a única coisa que eu lembro é dela.

Antes do treino começar eu fui checar meu celular, e puta merda. ELA ME RESPONDEU????
ela aceitou, finalmente.

A angústia que eu estava, se eu realmente saísse e não pudesse me explicar. Eu não tenho culpa dq aquela louca fez. Pode me odiar um tanto, mas é sério.
Seria coisa de boiola se eu falasse que o treino foi mais leve, e com certeza bem melhor.

Sempre é uma luta sair do CT, fãs ficam na saída querendo tirar fotos, e obviamente eu não vou negar.
Demorou uns 10 minutos para eu oficialmente sair de lá. Estou indo em direção a uma floricultura, a procura da flor perfeita.

Flora

Faltava alguns minutos para eu me encontrar com o João. Eu concordo que eu estou me sentindo meio trouxa, mas a gente não tinha nada, né? Essa é a frase que eu estou repetindo para mim mesma, na intenção de não surtar e desistir de ir, por tanta raiva.

Nós iríamos em um restaurante italiano não tão chique, para ser algo mais privado, pelo o que ele me falou, é perto da casa dele.

Eu estava pronta, usava um vestido verde musgo, com joias douradas e o cabelo em um rabo despojado. Usava um pequeno salto, eu realmente achava que eu estava mais bonita do que nunca.

Não demorou muito para que ele chegasse, ele estava em pé na frente de uma mercedes preta, era bonita, mas ele estava mais.
Ele segurava um buquê de Camélias vermelhas, seu rosto tinha um sorriso envergonhado, transmitindo um nervosismo, o que me fez abrir um sorriso.
Me aproximei, e ele me puxou para um abraço, o que foi um pouco inesperado da minha parte.

— Eu estava com saudades. — Ele falou em meio ao abraço. Seu perfume no pescoço entrava pelo meu nariz, o que me fez ir aos céus em poucos segundos.

— Eu também. — Admiti. Confesso que eu sou uma pessoa orgulhosa, mas com ele é diferente, por algum motivo.

— Vamos? — Ele se separou do abraço e me entregou as flores. Concordei e então ele abriu a porta do carro, me dando passagem para entrar no banco do passageiro.

Já estávamos no restaurante faz tempo, o clima era confortável, e todo aquele silêncio constrangedor que estava no carro se desfez.
Ele acabou não tocando no assunto da festa, e eu confesso que eu preferiria assim. Estava disposta a esquecer o que aconteceu.
Tínhamos acabado de pedir nossa comida, e decidirmos ficar na parte de fora do restaurante, onde também havia algumas mesas, para tomar um ar antes de voltar para parte de dentro e jantar.

Eu estava apoiada no deque que dava vista para uma linda parte da cidade, e então suas mãos entrelaçaram minha cintura e um arrepio subiu pelo o meu corpo. Seu rosto se aproximava do meu pescoço, sua respiração calma e seu hálito de menta faziam minhas pernas tremeres involuntariamente.

Fechei os meus olhos, mas não demorou para que João se afastasse e começasse a falar.

— Nos precisamos conversar, não podemos continuar fingindo que nada aconteceu. — Disse, me fazendo abrir os olhos lentamente, mas ainda não encarando ele.

— Eu sei disso. — Me virei. — E então, o que você tem a dizer?

— Flora, nesses dias eu tenho pensando em mil palavras para te explicar tudo, mas eu falhei. Em pouco tempo você se tornou uma pessoa muito especial para mim, e eu não sei o porquê. O seu jeito é único, e tenha certeza que eu não quero te perder. Naquela noite,  Margarida tentou me beijar várias vezes, e nenhuma teve sucesso, mas a situação saiu do meu controle, e talvez tenha dado outro sentido. Mas Flora — Ele segurou meu rosto — É você quem eu quero, só você. Me deixa fazer tudo diferente, você me dá outra chance? Por favor.

Um nó na minha garganta se formou, não conseguia dizer nada nesse momento, a única coisa que eu fiz foi beija-lo.
Era um beijo cheio de saudades, desejo, era sincero. Ele segurou na minha cintura e aprofundou o beijo, que aos poucos ficou mais selvagem. Assim que separamos, um sorriso estampou no rosto de ambos, e apoiando em nossas testas.

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Dão uma olhada no aviso ✋🏻. Ignorem que eu ainda estou pegando o ritmo dnv
Beijos!! -H
palavras: 977