•EVA MOHN•
NORUEGA
Amanhã é o dia que se inicia a tortura, e a minha mãe já quer começar hoje antes do tempo, me levando para o ensaio do desfile da minha irmã. Ela tá me achando com cara de boneco fantoche que tem que ir para todo lugar que ela vai. Isso tudo para eu não me envolver com a dança porque ela odeia tanto o fato de que eu amo dançar e isso não é a coisa que ela queria que fizesse e parece que ela faz de propósito.
Estamos na frente da nossa nova casa e ela discute ao me arrastar para o tal ensaio. Minha nossa o que eu vou ganhar indo nesse ensaio, eu amo a minha irmã e ver ela conquistando o que ela quer, mas não tem o porque eu ir para os ensaios.
Reviro os meus olhos ouvindo minha mãe dizer várias baboseira enquanto me obriga a ir a esse ensaio.
-" Você não precisa ser modelo pra acompanhar os ensaios. Assim você aprende a ter postura e tentar esquecer isso de dançar minha filha, isso não vai te levar a nada. Já conversamos sobre isso, você deveria focar em outra coisa " Diz ela me criticando como sempre.
-"Você não decide o que eu devo focar ou não." Respondo firme e ao mesmo tempo com tom de deboche.
Eu estava pronta para ouvir uma resposta a altura dela, mas vejo um garoto se aproximar e começar a falar com a minha mãe, olhando para mim e minha irmã. Ele era alto, muito bonito não vou negar, mas vejo que ele aparenta se um típico fuck boy.
Ele se apresenta como nosso novo vizinho, Christopher Schistad, minha mãe não estava tão interessada e sim bem desconfiada como sempre, mas assim que ele falou seu nome logo ela se anima. Parece que os pais dele são amigos da minha mãe e do meu pai.
Vejo que a conversa entre eles flui tanto que tento me afastar para fugir da cilada em que minha mãe havia armado pra mim sobre o ensaio do desfile. Mas logo eles me encaram e ouço ele nos convidando para uma festa de volta as aulas. Outro pesadelo meu, eu sou a típica anti social, quanto menos atenção eu chamar mais confortável eu estarei. Mas parece que minha mãe gostou da ideia pois ouço ela dizer ao garoto.
-" Seria muito bom para elas já conhecer pessoas da nova escola." Diz ela encarando eu e a minha irmã.
-" Eu posso deixar o endereço se vocês se decidirem ir só me procurar." Diz ele piscando e deixando um cartão na mão da minha mãe.
Algo me diz que esse garoto não é flor que se cheire. Mas aparentemente mamãe gostou dele, muito provável que devido ao seu sobrenome. Volto dos meus devaneios com minha mãe falando comigo.
-" Oii terra chamando Eva, vamos você não vai fugir de mim." Diz ela já me puchando para dentro do carro.
Isso deveria ser considerado sequestro.
-"O que acharam do vizinho." Diz mamãe interessada em nossas respostas.-"Ele é bonito, atraente e instigante." Diz Manu nos surpreendendo.
-"Achou tudo isso só de olhá-lo alguns minutos." Digo julgando.
-"Ele é de uma família muito importante no mundo dos negócios na Noruega." Diz mamãe já virando o assunto para os negócios.
-"O que acharam da festa? Vocês deveriam ir, se enturmar com as pessoas da escola é bom para começarmos bem por aqui." Diz minha mãe já perguntando e respondendo na sequência a própria pergunta.
-"Eu não sei, não conhecemos ninguém para ir nessa festa." Digo com receio.
-" Vai ser bom irmãzinha, vamos eu cuido de você e você cuida de mim. Diz ela me encarando com uma certa empolgação.
Eu a encaro com uma grande vontade de dizer não, mas considerando seu histórico em festas sozinha eu prefiro ir e cuidar dela.
-"Eu acho que seria bom vocês irem, mas só uma de vocês ir fica chato."Diz mamãe já dando a entender que eu tenho que ir e cuidar de Manuela.
-" Aí tá bom eu vou mas só porque você quer ir, não por livre instantânea vontade. Digo já deixando bem claro.
-" Você é a melhor irmã do mundo." Diz ela me abraçando e animada.
Nos somos tão diferentes uma da outra, mas com uma conexão muito forte. Sei que ela entenderia se eu dissesse não para essa festa. Porém pensar em como ela vive com uma pressão constante da minha mãe e nesse universo de top model as vezes momentos como estes são os que a deixa mais leve por mais que para mim seja uma tortura.
Eu sei que é estranho você pensar em uma garota que ama dançar e odeia holofotes ao mesmo tempo, eu tento mudar isso mas é mais forte do eu. Então eu vou nessa festa para cuidar da minha irmã ela não é boa no auto controle principalmente com a bebida mamãe e papai nem sonham com isso e nem podem.
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AMOR INESPERADO
FanfictionEva Kviing Monh mora em Seattle desde pequena com seus pais e sua irmã Manuela, mas nasceu em Oslo na Noruega quando seus pais ainda terminavam a faculdade. Seu pai Rafael é um cirurgião bem sucedido e sua mãe Elizabeth é dona de uma grande agência...