The Mentalist (Pós fim da série)

17

"Não estamos conseguindo fazer contato com a equipe de retirada."- disse um dos guardas de John, ele se levantou enfurecido e se levantou Lisbon tentou o acompanhar mas estava algemada.

"Eles devem ter o descoberto."- disse John e Lisbon o olhava preocupada.

"Deixe eu mandar o FBI."- disse Lisbon puxando a cadeira e John negou.

"Sente, por favor, você está com um ferimento na cabeça, não quero piorar as coisas."- disse John passando a mão em sua cabeça.

"Não quer? Você mandou meu marido para o ninho de cobras, por que?"- perguntou Lisbon.

"Por que ele precisava ver com os próprios olhos contra o que eu estou lutando."- disse John enfurecido.

"Se queria Jane ao seu lado por que o tentou matar em nosso casamento?"- perguntou Lisbon e John o olhou.

"Eu não tentei, eu apenas deixei claro que eu poderia...meu plano inicial era o manipular através do medo, através do medo que ele tinha de que tudo se repetisse, mas Alex tem atrapalhado minhas tentativas de manipular Patrick, e você também tem me atrapalhado, então ao invés de o fazer me obedecer por medo, eu sou obrigado a compartilhar com ele minhas motivações, a compartilhar algo que me perturbou por anos, e que eu escondi de todos..."- disse John e Lisbon o olhou confusa.

"E onde Jane entra nisso?"- continuou Lisbon.

"Eu cometi uma atrocidade contra minha própria filha, e enterrei essa mentira e vergonha, e agora tenho que resolver isso...vou ter que usar uma carta na manga."- disse John.

...

Jane estava preso a uma corrente pelas mãos e pendurado em um gancho no teto de uma sala branca e gelada como um frigorífico, ele estava descalço e sem camisa, seus pés não tocavam o chão, e o sangue de suas costas desciam por suas pernas e pingavam por seus pés, eles os chicotearam a ponto de grandes cortes abrirem em suas costas.
Jane tremia de frio e dor, seus olhos estavam fechados buscando forças, e tudo o que ele pensava era que se ele estava ali, Lisbon estava voltando para casa como combinado, e isso o dava forças.
O som da porta se abrindo ecoou, Jane levantou a cabeça devagar e viu a garota entrar mascarada, seus olhos brilharam com a visão de um fantasma, mas algo estava diferente, a garota o olhou de forma fria, se aproximou parando em sua frente e o analisou, como se o tentasse o reconhecer.

"O que eu significo pra você?"- ela perguntou e Jane a olhou sentindo calafrios pelo corpo seguidos de dor.

"T-Tudo..."- disse Jane com dificuldade.

E então ela tirou a máscara e o olhou nos olhos, Jane a olhou de volta com um frio no estômago, e a vida em seus olhos sumiram devagar, Jane via a semelhança com Charlotte, mas...não...não era ela.

"Eu não sou ela...não sou sua filha."- disse ela e Jane engoliu em seco como se toda gota de esperança tivesse sido sugada de seu corpo, uma sensação ruim...amarga, tomou o seu peito, ele queria muito que fosse Charlotte, e ele acreditou que fosse...mas não era ela, seu cérebro o enganou por alguns minutos, e esses minutos foram maravilhosos, mas depois disso...o buraco voltou ao seu peito.

"Eu vejo agora...você tem traços semelhantes a ela, ou como eu imaginei que ela ficaria...ela parecia muito com a mãe... você veio como um fantasma para me assombrar...fiquei atordoado, demorei a cair na realidade...fantasmas não existem."- disse Jane e ela continuava a o olhar com uma expressão fria, ela podia se parecer muito com Charlotte, mas aquela garota era algo totalmente diferente de Charlotte.

"Você não parece grandes coisas, como uma formiga longe do formigueiro, que aparece sozinha e perdida dentro de casa...por que Red gosta tanto de você?"- ela perguntou e Jane a olhou mudando de expressão.