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Abro meus olhos com uma enorme dificuldade e me sento na cama vendo a cortina branca fechada e resmungo ao sentir minha cabeça explodir.

Procuro pelo meu celular ao lado da cama e encontro um bilhete com um copo de água e um comprimido juntos.

Boa sorte com a sua futura ressaca, espero que isso ajude pelo menos um pouco. E obrigado pela noite de natal divertida.

chris

Quando me dou conta de todos os acontecimentos da noite anterior após beber o comprimido me desespero, como eu pude confiar nesse moço sem ao menos saber sua índole primeiro?

Obrigada Deus por cuidar de mim, porque nem eu cuido de mim.

Me forço a levantar da cama e enfio a mão no meu sutiã conferindo se a chave do meu carro ainda está aqui, como deixei na noite inteirinha.

Está!

Seguro a chave entre meus dedos enquanto desço as escadas rapidamente.

Pessoas dormiam no tapete, sofá, algumas até em cima da mesa.

Respiro fundo e tento ver se acho o Chris entre algumas elas, claro que não, ele é um homem responsável, deve estar na sua cama bem confortável.

Abro a porta de entrada e finalmente estou livre do cheio e suor e álcool daquela casa.

Entro no meu carro e praticamente deito no volante respirando fundo.

A buzina soa em meus ouvidos e eu dou um pulo assustada. Coloco o cinto e ligo o carro guardando meu celular no porta copos.

— Porra...

Minha cabeça lateja e o calor infernal por conta de bebida me deixa mais estressada ainda.

Paro no sinal vermelho e tiro a ramela dos olhos incomodada.

Meu celular toca e puxa minha atenção, olho para o visor e franzo as sombrancelhas vendo o número desconhecido.

— Olá?

— Oi! Aqui é o Chris.

— Oi, Chris.

— Queria saber como você está...

— Parece que levei uma marretada na cabeça, fora isso, tô bem!  — Escuto sua risada rouca e me dou conta de que provalmente acabou de acordar também.
   — Como conseguiu meu número?

—  Sabe... Você me deu seu número dizendo pra ligar pra transarmos quando não estivesse bêbada.

— Aí meu Deus! — Rio enquanto escondo meu rosto entre as mãos mas sou dispersada do mini surto quando novamente uma buzina me assusta e eu vejo que o sinal abriu.

— Ei! Você tá no trânsito, te ligo depois.

— Tô, mas espera aí!

Diminuo a velocidade enquanto pareio o bluetooth no carro.

— Pronto, sem acidentes. Você tá no auto falante do carro.

Uma noite de natal  - Chris Evans Onde histórias criam vida. Descubra agora