Café Cerise - Sasusaku

O homem da cafeteria

Café gelado. Doce. E com muito chantily.

Um pedido horrível, se me permite dizer. E com certeza, muito doce e enjoativo. Tão parecido e tão diferente da sua consumidora.

A mulher de cabelo colorido, que sempre está bebendo algo gelado e que parece extremamente doce, e me atende todo dia no Café Cerise , café cujo é conhecido justamente pelos doces, mas eu nunca os peço.

Eu obviamente deveria frequentar a concorrência, considerando que o café do Cerise é péssimo, mas eu não consigo.

Desde duas semanas atrás, que Naruto quis passar para comprar um doce para sua namorada, e eu vi aquela mulher, não consegui parar de vir aqui.

É como se ela fosse perfeita, a sua existência é simplesmente perfeita. A calma dela e sua alegria são contagiantes, me fazendo julgar minha sanidade.

Eles deveriam pagar um extra para Sakura, considerando que eu gasto um bocado só para ir lá ver ela. Ver aquele sorriso fofo enquanto pergunta o que eu desejo.

Ansioso, olhei o relógio.

22:25

Ela está atrasada quase meia hora.

Tenho certeza de que fui claro com o horário e o local.

Agora, cadê ela? Ela não viria?

Uma insegurança começou a surgir em mim. Várias coisas começaram a passar na minha cabeça.

Céus, eu fui muito invasivo? Ela não gostou?

Ela pode apenas me achar um maníaco stalker que praticamente declarou na cafeteria que comeria ela em todo lugar.

Ok, ela pode ter feito um BO na delegacia. Será que ela se sentiu assediada? Essa com certeza não era a intenção.

Merda. E agora?

Estava me condenando em pensamentos, quando escutei a campainha tocar.

De duas uma. Ou é o Naruto inconveniente que veio me encher, ou é ela.

Céus, seja ela, por favor.

Nervoso, me levantei do sofá, o qual estou sentado vinte minutos antes de dar o horário marcado.

Devagar, mesmo com uma ansiedade do cacete, me levei até a porta.

Assim que a abri, vi o pequeno corpo meio encolhido.

- Oi. – Ela disse baixinho, claramente envergonhada.

Não consegui segurar um sorriso.

- Olá. - Ela ficou mais encolhida. – Entre.

Dei espaço com o corpo para que ela passasse, mas ela apenas ficou parada, hesitando.

Sorri mais ainda.

Ela veio, isso que importa. Ela está aqui.

Ela parecia tentada a entrar, mas era como se uma partezinha da sanidade dela falasse que não deveria, que estava entrando na toca do leão.

Eu conseguia lê-la perfeitamente.

É, Sakura, quando você entrar aqui, não vou deixar sair mais. Vou fazer de tudo para você ser minha para sempre.

Não, você é minha desde que eu te vi pela primeira vez. Mas você não sabe disso ainda.

Não sei como foi sua discussão interna, mas a parte tentada ganhou.

Comemorei internamente quando ela entrou devagar.

- Bela casa. – Falou, estando no meio da sala.

Ela observava cuidadosamente tudo.