Já era de noite e Castor e Pollux seguiam pela estrada de terra.
Eram dois rapazes bem parecidos fisicamente.
Os olhos azuis de Pollux brilhavam à escuridão — uma característica notável. Assim como seu irmão, Pollux possuía cabelos loiros, algo que haviam herdado de sua mãe Leda.
Ao contrário de seu irmão, Castor não tinha olhos azuis e sim verdes, assim como seu pai Tíndaro.
O motivo da diferença nas cores dos olhos era que eles eram filhos da mesma mãe, porém de pais diferentes; Pollux era filho de Zeus, e Castor era filho de Tíndaro.
Castor: — "Nesse ritmo, nós vamos demorar bastante para encontrar esse monstro..."
Pollux: — "Ahaha..."
Segundo alguns rumores, a criatura que eles estavam atrás estava na região. O problema era descobrir onde ela estava, ainda por cima à noite, onde as únicas fontes de luz ali eram das duas luas no céu, e das tochas que eles seguravam.
Então, naquele momento, eles avistaram uma carroça ao longe na estrada.
Pollux: — "O que é que aquela carroça está fazendo ali?"
Castor: — "Vai saber..."
Após continuarem andando, eles descobriram o porquê.
Castor: — "Que merda é essa...?"
Um massacre.
Ao redor da carroça, estavam os corpos mutilados de quatro pessoas; estavam totalmente desfigurados, os cadáveres continham cortes extremamente profundos e grandes, fazendo Castor e Pollux se questionarem se haviam sido causados por algum tipo de lâmina.
Pollux: — "Parece que o nosso alvo está perto daqui."
Castor: — "Verdade."
Olhando um pouco ao redor, Castor notou alguns rastros estranhos.
Castor: — "Pollux."
Pollux: — "Também vi."
Seguindo os rastros, eles notaram que levavam para dentro da floresta junto com uma trilha de sangue.
Castor: — "Esse sangue..."
Pollux: — "Talvez ele esteja ferido."
Castor: — "Se esse for o caso, essa é a nossa melhor chance de acabar com esse monstro."
Sem pensar duas vezes, Castor e Pollux adentraram a floresta em busca da criatura.
Quanto mais adentravam na floresta, mais eles escutavam sons estranhos.
Eles ficaram confusos, mas logo descobriram do que se tratava...
Castor: — "Fala sério..."
Diante deles, havia uma criatura enorme.
"Parece um lobo, mas..."
Pollux: — "Isso não parece que vai ser fácil..." — ele disse, desembainhando sua espada.
Castor: — "Verdade..."
A criatura, que rasgava o cadáver de uma pessoa com suas garras e devorava sua carne, ouviu os dois e virou-se para eles, parecendo sorrir para os dois.