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Point of view:Rebeca
O grande dia chegou, hoje era a viajem! Estou ansiosa pra caralho, nunca viajei para fora do país.
—— Você vai fazer falta, não esquece de mandar mensagem, viu? - Samuel falou enquanto se despedia de mim no aeroporto.
—— Nunca vou esquecer de você, até mais. Em breve 'tô de volta. - falei abraçando ele.
—— Vamos, pai? O voo já vai sair.
Eu e meu pai vamos pro avião e partimos, a sensação de estar voando é surreal, para algumas pessoas é algo comum, mas pra mim era bem diferente.
—— Nunca imaginei que um jogador famoso nos ajudaria, pagaria nossas passagens e hospedagem. - Falei.
—— Esse Richarlison é um menino de ouro, viu, já pensou se a gente se esbarra na Inglaterra? - meu pai fala em meio a um sorriso
—— Não viaja, isso nunca aconteceria e- -—— fui interrompida quando percebo meu pai sentir uma grande dor aguda em sua perna esquerda ——pai, tá tudo bem?! —— Pergunto preocupada
—— Tá, tá sim.. Foi só um susto.
—— Sua perna piorou?
—— Na verdade, sim. Não consigo mais mexer os dedos do pé.
—— Não se preocupa, a gente vai fazer a cirurgia e tudo vai ficar bem.. —— Falei tentando aliviar a situação.
—— Espero que sim...
[...]
Nós pousamos e fomos ao hotel em que o jogador nos hospedou, e puta que pariu, aquele hotel, hotel não, "palácio" é incrível!
Pego minhas coisas e guardo no armário, já que vamos ficar um bom tempo aqui.
—— Esqueci de perguntar, você conseguiu contato com os médicos, Beca? —— meu pai pergunta enquanto arruma suas coisas.
—— Já sim, sua cirurgia ficou pra mês que vem.
—— Que ótimo.
—— Você nem fica preocupado? —— perguntei surpresa
—— Porque ficaria?
—— Ainda vai demorar muito, talvez até lá sua doença piore.
—— Não se preocupa com isso, tudo vai ficar bem. O que importa é que temos um ao outro e um teto pra ficar enquanto estamos aqui na Inglaterra. —— Meu pai fala com um leve sorriso —— Inclusive, sabe o que tem hoje?
—— Deixa eu adivinhar.. Jogo do tottenham?
—— Bingo! Vamos assistir juntos?
—— Mas é claro! —— Falo também abrindo um sorriso
As vezes podemos estar bem abalados, mas existem certas pessoas que sempre conseguem tirar um sorriso do nosso rosto, esse é o caso do meu pai e do meu melhor amigo.
Nunca fui de ter muitos amigos, mas com toda a certeza do mundo que essas duas pessoas jamais me abandonariam, não importa qual fosse a situação.
[...]
—— Ah, filha, eu te falei: você é o meu amuleto da sorte!! —— Meu genitor fala eufórico pela vitória de seu time favorito —— Eu 'tava pensando em comemorar com um 'jantarzinho especial, o que acha?
—— Tô descendo já.
—— Negativo. Eu mesmo vou lá em baixo pegar nossa comida.
Meu pai rapidamente se levanta em direção a porta do quarto.
—— Que isso pai, não preci-
Antes que pudesse terminar, percebo que ele já havia saído. Bom, agora é esperar, né? Enquanto isso aproveito e leio as mensagens.
Samuel
|Caralho, fui em uma festa ontem incrível, acabei de acordar |Bebi pra porra.
Não consigo te entender, vc vai em| festas praticamente toda semana, nunca que eu aguentaria isso.
|Igual eu tinha te falado, Beca: Você tem que curtir mais a vida, beber e aproveitar.
Talvez depois, tô preocupada agora| com a cirurgia do meu pai, isso sim.
|Como tá ele? Melhorou mais?
Pra ser sincera, não.| já perdeu o movimento dos dedos e| quase nem consegue movimentar o pé.
|Não se preocupa, vai dar tudo certo. |Você sabe que sempre pode desabafar comigo, né? Vou estar aqui sempre que precisar.
Sabe, o Samuel é um dos meus portos seguros mesmo. Já ia responder a mensagem dele, mas escuto batidas na porta. Meu pai voltou rápido, mas assim é melhor que a gente já come logo.
Será porque ele não abriu logo a porta? Deve ser por causa da bandeja pesada, enfim, vou logo ajudá-lo. Abro a porta e--
Cacete, não era o meu pai. Tô fudida.
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- Desculpa por qualquer erro.
- Não consigo fazer uma cena de mistério que preste, então vcs já devem imaginar quem seria na porta.
