Prólogo.

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Boa leitura!

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🌓

Após guardar os últimos copos, Jimin respirou fundo e se esticou um pouco, sentindo seu corpo doer por estar há muito tempo em pé. Saiu da cozinha e voltou para o balcão, vendo sua tia Hayun atender os últimos clientes do dia.

Era fim de tarde e já estava quase na hora de fechar a cafeteria, os outros funcionários já estavam indo embora, enquanto Jimin e Hayun terminavam os últimos afazeres.

— Terminei aqui! — Hayun falou, assim que o último cliente saiu da cafeteria.

— Ótimo, porque eu já estou morrendo de cansaço e você também deve estar. — O loiro respondeu, se aproximando da mulher que já arrumava suas coisas.

— Estou mesmo. Hoje o dia foi bem agitado. — Disse ela. — Por que não vai buscar suas coisas? Enquanto isso, vou arrumando o resto por aqui.

— Tudo bem. Obrigado, tia. — Jimin sorriu, logo entrando em uma das portas, que dava em uma salinha onde guardava suas coisas.

Hayun é uma mulher de 39 anos e tia de Jimin. Desde o dia em que Jimin decidiu viajar para outra cidade, Hayun ofereceu sua casa para que ele ficasse até conseguir um lugar para morar. Jimin se formou e começou a trabalhar logo cedo. Depois de um tempo, com a ajuda de sua tia, o loiro conseguiu crescer sua cafeteria, que foi a única coisa que restou de sua mãe.

No começo não foi fácil, afinal, o dinheiro que recebia com seu antigo trabalho não era muito, e o dinheiro que Hayun recebia também não era o suficiente para manter uma cafeteria grande. Mas com um tempo e a ajuda de Hayun, ele foi conseguindo juntar dinheiro e crescer cada dia mais aquilo que sua mãe tanto cuidou enquanto ainda era viva.

— Estou pronto. — O loiro falou, voltando para onde a mulher estava, dessa vez segurando uma mochila.

— Já arrumei tudo aqui, agora sim já podemos ir. — Ela respondeu e eles saíram do local. Depois de garantir que tudo estava devidamente trancado, os dois entraram no carro de Jimin e foram para casa.

Tá aí mais uma coisa que Jimin conseguiu depois de bastante esforço, o carro que tanto queria.


🌓


— Eu tô exausto! — Jimin se jogou no sofá, vendo Hayun trancar a porta.

— Suba pra tomar um banho, vou fazer o mesmo e depois preparo algo para jantarmos. — Ela disse.

— Hm... — Murmurou com os olhos fechados. — Posso pular essa parte e simplesmente dormir?

— Nada disso, garoto. Nem o Tangerino está querendo você, seu fedido! — Falou dramática, fazendo uma careta.

— Meow. — O loiro corrigiu, franzindo o nariz.

Olhou em direção ao corredor e viu o Meow — Seu gato. — deitado, com os olhos fechados.

Sim, ele deu o nome de Meow para seu gato, esse é o nível de criatividade de Park Jimin.

Mas o que ele pode fazer? O Meow adorou o nome que recebeu.

— Ainda prefiro Tangerino. — Hayun falou, subindo as escadas.

— Meow é mais bonito.

— Tangerino combina mais com ele. — Ela gritou do quarto.

E foi sempre assim, desde o dia em que Jimin apareceu com o gatinho de pelos alaranjados em casa. Para ele, Meow combinava perfeitamente com a pequena bolinha de pelos, mas para Hayun ele combinava perfeitamente com o nome Tangerino, visto que, segundo ela, o gato tinha a aparência de uma tangerina.

Jimin acabou soltando uma risadinha fraca ao notar que mais uma vez eles entravam naquela discussão boba de cada dia. Logo levantou e seguiu em direção à escada para tomar um banho, mas o toque alto de seu celular fez ele parar no meio do caminho.

Olhando para o celular, viu um número desconhecido brilhar na tela. Jimin costumava ignorar ligações de números desconhecidos, mas algo dizia que ele deveria atender naquele momento.

Jimin estava com uma sensação estranha, como um pressentimento ruim, e isso não havia começado agora. Desde cedo ele havia comentado com Hayun sobre essa sensação, mas ele pensou que poderia ser apenas um mal-estar, por isso não deu muita importância.

Deslizou o dedo na tela para atender a chamada e levou o celular até o ouvido.

— Alô?

Olá, gostaria de falar com Park Jimin. — A voz do outro lado da linha disse.

— É ele mesmo. — Respondeu, confuso.

Aqui é do hospital Central de Seul, estamos ligando para informar que hoje recebemos um paciente chamado Park Jihoon e esse foi o número indicado para ligar.

— C-Como assim? O que aconteceu com ele? — Jimin gaguejou, sentindo seu coração acelerar só de imaginar algo ruim acontecendo com seu irmão.

O senhor Park deu entrada aqui no hospital depois de ser baleado. No momento ele está na sala de cirurgia. — Ela respondeu.

— Meu Deus! Eu... Obrigada pela informação. — Ele não sabia o que dizer, então só desligou assim que terminou de falar.

Olhou mais uma vez em direção à escada e escutou o barulho do chuveiro. Respirou fundo, sentindo as primeiras lágrimas molharem seu rosto.

Ele estava desesperado.

Seu irmão estava naquele momento em uma sala de cirurgia e ele mal sabia o estado que o outro se encontrava.

Subiu as escadas correndo e entrou em seu quarto. Pegou uma roupa para vestir e alguns documentos.

Depois de tomar banho, Jimin guardou os documentos em sua mochila, voltou para a sala e deixou uma mensagem para Hayun, dizendo que precisaria fazer uma viagem urgente.

Depois disso ele saiu de casa, entrando no carro e seguindo para Seul.

Mal sabia ele que aquele era apenas o começo de uma longa jornada que precisaria percorrer.

The Revenge | JIKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora