capítulo único 🛁

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O vento sopra o rosto de Porsche e seus olhos castanhos observam as estrelas brilhando no céu da meia noite. Apesar do horário, os carros ainda estão em movimento na rua lá embaixo. Porsche afrouxa a gravata, suspirando. O cansaço é perceptível em seu rosto, seus braços e pernas doem e seus dedos estão vermelhos, quase roxos, por causa da pancadaria que ocorreu minutos atrás.

Ele definitivamente odeia acompanhar Kinn em eventos, porque a maioria acaba em confusão como aconteceu hoje. Desta vez, os homens de uma máfia rival decidiram atacar Kinn no final de um grande evento e como sempre, os guarda-costas apenas executaram sua função: proteger o herdeiro Theerapanyakul.

Muitos foram para cima de Porsche, provavelmente sabendo que ele é um novato e pensavam que era uma boa ideia "eliminar" os guarda-costas do mais fraco ao mais forte. Mal sabiam aqueles homens que, apesar de ser novato, Porsche é um ótimo lutador. Ele deixou uns cinco homens desacordados com a força dos punhos, ainda que tenha levado uns socos e chutes.

Talvez se tivesse ficado com Tankhun, seu corpo não estaria doendo tanto. Só a cabeça.

Ao ver que a banheira está completamente cheia, Porsche começa a se despir, jogando num cesto as roupas com respingos de sangue. Ele entra na banheira, se encostando na borda e dando um sorriso de alívio. Uma massagem nas costas seria mais relaxante, mas é isso que Porsche pode ter.

Porsche se espanta ao escutar a porta do banheiro se abrindo, mas é apenas Pete, seu colega de quarto e de trabalho. Ele se aproxima em passos firmes, seus pés já estão sem as meias e os sapatos sociais. A camisa branca está suja de sangue, os cabelos - antes perfeitamente arrumados - estão bagunçados e o terno amassado. Mas ainda assim, ele continua com um gracioso sorriso no rosto, exibindo as covinhas fofas em suas bochechas.

"Posso te fazer companhia?" Pete pergunta olhando para o corpo nu de Porsche dentro da água. É um olhar nada casto, o que faz Porsche se sentir um pouco tímido e se encolher na banheira.

"Claro." A voz de Porsche é baixa, como se não possuísse mais forças para falar.

Ele espera que Pete se sente ao lado da banheira e converse sobre alguma bobagem de um jeito animado, como se fosse algo realmente incrível. Mas não é isso que acontece.

Pete retira o blazer, jogando-o no chão.

Talvez ele só esteja com calor.

Mas não. Porsche acompanha com o olhar o desfazer dos botões da camisa branca com manchas vermelhas. Um por um, de cima para baixo e logo, o abdômen de Pete está exposto. Não é nada que Porsche ainda não tenha visto, mas ainda assim, é hipnotizante. Há hematomas vermelhos pela pele, porque ele acabou levando socos na tentativa de proteger Kinn. Os peitos de Pete são um pouco crescidos por estar se exercitando com frequência, mas têm uma aparência... adorável. Não é másculo, é adorável. Os mamilos marronzinhos estão eriçados e a barriga parece tão macia.

"O que está fazendo?" Porsche pergunta, sem tirar os olhos de Pete por um segundo sequer. É bonito demais para não olhar. Pete apenas ignora-o, com os dedos ocupados em desabotoar a calça escura.

Ele abaixa a calça juntamente com a cueca, mostrando o corpo inteiramente nu, sem timidez alguma.

O olhar de Porsche escorrega pela barriga, pelos quadris, pela tatuagem que ele não consegue ler agora até chegar ao pênis ainda adormecido. É como se cada mínimo detalhe do corpo de Pete tivesse sido feito com extremo cuidado, porque ele é incrivelmente belo da cabeça aos pés.

Pete anda até o lado da banheira onde Porsche está com as costas apoiadas, se ajoelhando no chão e passando as mãos pelos braços fortes do colega de quarto. A mão direita desliza para o peitoral, enquanto a esquerda esfrega o ombro. Pete deixa um selar úmido na nuca de Porsche e lambe, sentindo o gosto salgado do suor.

bathtub - porschepeteOnde histórias criam vida. Descubra agora