Taxa do irmão mais velho I

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Jason queria o Substituto longe. Muito longe.

Fazia 5 meses que Jason tinha dado uma surra e quase tirado a vida de Tim Drake, fazia 5 meses que Tim deu um um momento de clareza para Jason e então, ele viu que sua forma de ensinar uma lição ao Batman, estava apenas o igualando ao monstro que o matou. Então Jason fugiu, ligou a energia da Torre novamente e deixou uma criança de 14 anos quebrada e sozinha. Fazia 5 meses que Jason fugia, como o diabo foge da cruz, dos Morcegos. Ele se encontrou com Bruce 4 vezes, esse número era demais para ele, e todas as vezes houve gritos, xingamentos e socos. Jason teve o desprazer de encontrar com Dickface um total de 6 vezes, a primeira vez, Asa Noturna colocou o demônio dentro de si para fora e deu-lhe uma surra, por Capuz Vermelho machucar Robin, mas as outras vezes foi um misto de raiva contida, tristeza, decepção e tentativas esquisitas de reconciliação.

Jason não queria nada disso. Ele queria seguir sua vida como senhor do crime, longe daqueles que um dia foram sua família e longe do garoto que era um lembrete de tudo que ele se tornou. Um monstro.

Então, não o entendam mal, ele gostaria de pedir perdão ao pequeno Robin, mas ele não conseguia estar perto do garoto, olhar para ele e não ver verde e o Poço sussurrando que aquele era seu substituto, um Robin melhor e um novo filho de ouro, porquê se antes o menino não era filho de Bruce, agora ele era, afinal, Jack Drake tinha sido assasinado. Bem, na opinião de Jason, caiu bem para o boçal. Bruce não era o melhor pai, mas ele não abandonava seus filhos pelo menos.

Ele abandonou você... O poço fez questão de sussurrar. Definitivamente pensar em papai era algo proibido.

Fazia 2 meses que Robin voltou a voar. E isso enfureceu Jason. Qual era o problema do Batman? Não deveria existir Robins depois dele. Ele morreu com as malditas cores. Robin deveria morrer. Sem crianças soldados na cruzada insana do Batman.
Mas não. Claro que não. Batman precisava de um pássaro para voar e guiar ele pela escuridão, então ele espancar e quase matar a porra daquele adolescente minúsculo não tinha sido suficiente. Bem, Jason ia levar o que era oferecido, fazia 2 meses que Robin voava, mas ele não voava sozinho. Sempre tinha alguém com ele agora, pelo que Jason sabia, na maioria das vezes era o Batman, mas o pequeno pássaro já foi visto com Asa Noturna, Batwoman e algumas vezes com aquelas duas garotas, Órfã e Spoiler. Até hoje.

Fazia 5 minutos que Robin entrou voando no Beco do Crime. Na porra do seu território sozinho. Qual era o problema desse garoto? Ele tinha um desejo pela morte?

Jason a contragosto ia resolver esse problema, Robin não podia ficar perto dele e definitivamente não podia ficar no Beco do Crime sozinho.

Então, apesar de Jason querer o substituto longe dele, Capuz Vermelho precisava ver Robin e expulsar o garoto insolente do seu território.

Agora ele estava aqui parado. Olhando para o passarinho sentado em um telhado, balançando as perninhas alegremente e com um saco colorido na mão. Como uma criança normal e não a merda de um soldadinho.

Jason tirou o capacete, ficando apenas com sua máscara dominó vermelha. Ele não queria desencadear um flashback no passarinho.

"Você tem um desejo de morte ou algo assim?" Jason anunciou sua presença saindo das sombras, mas como bom Robin, o substituto não se assustou.

"Oi, Capuz." Robin disfarçou bem o medo na voz, ele até deu um sorriso educado para Jason. "Estava na hora do meu lanche."

"Então, você resolveu fazer do meu território uma praça de alimentação? Ainda mais sem uma das suas babás?" Robin corou com a provocação de Jason.

"Não tenho babás, inclusive Spoiler é minha namorada! Eles só estavam com medo que me machucasse. Você me deixou parado 3 meses." Robin percebeu sua última frase e travou rapidamente.

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